Alunos da Facopp lançam documentário sobre a Lúmen et Fides

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06/06/2017 às 10:00 – Atualizado em: 08/06/2017 às 09:13 
Bruna Leite, Alexandre Carvalho e Sandra Prata

Beatriz Vitrio

Imagem Notícia
Vídeodocumentário foi exibido no Auditório Azaléia

Na noite da quarta-feira (31/05), os estudantes do 8º termo de Jornalismo, Sorrayla Duda Attar, Wesley Murici, Rafaela Garbal e Weverson Nascimento, lançaram no Auditório Azaléia o vídeodocumentário“Sonhos de Maio”. O audiovisual começou a ser exibido por volta das 20h, e estiveram presentes funcionários, pais, pacientes da Lúmen, amigos e familiares do realizadores do documentário, professores e alunos da Facopp também prestigiaram a produção.
 
Weverson Nascimento conta que a ideia da equipe sempre foi fazer um vídeodocumentário por causa do gosto em comum por esse tipo de produto. “A Lúmen et Fides foi uma sugestão da nossa orientadora, mas, quando entramos em contato com eles, nós nos apaixonamos”.
 
De acordo com a docente Thaísa Bacco, o trabalho tem nove meses de pesquisa e primeiro foi feito todo um estudo referencial sobre o gênero documentário. Depois realizaram de forma bastante intensiva, a pesquisa de campo na entidade, então, durante quinze dias os alunos ficaram na instituição, desde o período de janeiro a fevereiro, nesse tempo o grupo acompanhava e observava o funcionamento do local.
 
“Só depois que eles conheceram todo o funcionamento da entidade, as pessoas, os funcionários e as famílias, enfim, é que se iniciou efetivamente o trabalho de pré-produção, que foi a conversa com as fontes, a localização das pessoas, as pré-entrevistas, para só depois ter as gravações da produção e por fim, a pós-produção. Foi um trabalho bastante minucioso”, conta Thaísa.
 
O documentário
 
“Sonhos de Maio” leva esse título porque é justamente neste mês que a Lúmen faz aniversário e a instituição também comemora diversas outras datas. A produção audiovisual retrata o preconceito vivido, mostra o atendimento na área de saúde, na área da educação, e como é o dia a dia de uma pessoa com deficiência, tal como acontece. Porém também trata de forma emocionante o amor e o respeito com qual são tratados todos aqueles que frequentam a Lúmen.
 
Para Weverson, o principal objetivo de “Sonhos de Maio” é disseminar informações, porque segundo o estudante muitas das vezes a pessoa com deficiência intelectual ou física, passam despercebidas.  “Hoje em dia você vê na mídia a pessoa com deficiência ser tratada somente no dia da deficiência e não em assuntos diferentes que mostrem o cotidiano dessa pessoa, então o foco do nosso projeto é justamente esse de mostrar as questões a respeito da inclusão na sociedade”, conta Weverson.
 
A professora Thaísa explica que “Sonhos de Maio” é um trabalho que revela a realidade até então não conhecida pela população. “O documentário não diz como a gente pensa que é ele mostra exatamente como é, na principal entidade da cidade, que atende 150 crianças. Ele trata de um mundo real, então essa é a relevância social do trabalho, porque ele traz questões sociais arraigadas na sociedade, que a gente não discute, por meio de uma realidade da entidade propriamente dita”, conclui a professora.
 
E a produção dos facoppianos já circula fora do país. Sorrayla Duda conta que ocorreu um pré-lançamento do vídeo e um dos entrevistados do documentário foi o engenheiro Dalton Melo, ele solicitou a autorização para levar o filme a uma expedição na Europa. A intenção é divulgar o trabalho em instituições filantrópicas.
 
Gratidão
 
A dona de casa Greciele de Jesus Ferraz é mãe de Enzo de seis anos e Jessé de onze anos. Segundo ela, os filhos estão na Lúmen há quatro anos e tiveram uma evolução muito grande. “A Lúmen para nós representa realmente uma família, foi uma benção, eles conseguiram interagir, eles conseguiram uma recuperação. Eu diria que eles são crianças que estão prontas para viver na sociedade numa boa, porque eles estão superando suas limitações e podem muito mais do que a gente imagina”.
 
Como mãe de dois atendidos, Greciele se emocionou com o documentário. Para ela, houve por parte dos estudantes da Facopp uma relação de amor e carinho em razão de tudo que foi feito. “Eu achei um máximo o documentário realizado pelos alunos, foi uma relação de amor pelas nossas crianças, um interesse por elas, eu achei muito importante, pois a sociedade não se importa muito, foi bonito de ver eles fazendo isso. Eu defino como uma conquista, como um projeto de amor”.
 
Perla Oliveira é diretora pedagógica da Lúmen e avalia de forma positiva o trabalho. Ela explica que pela divulgação realizada pela Facopp mais pessoas procuram por eles. “Mostrou-se a importância do atendimento especializado, do tratamento terapêutico e também da inclusão”, analisa.
 
A orientadora do grupo afirma que “Sonhos de Maio” é um filme surpreendente no sentido de que ele toca a essência da pessoa humana. “Você pode não ter nenhum envolvimento com a causa da pessoa com deficiência, você pode nunca ter pensado sobre isso, mas, quando você assiste o “Sonhos de Maio”, ele revela esse mundo tal como é. Principalmente ele faz a gente pensar sobre esse mundo e não só sobre o mundo da pessoa com deficiência, mas também o mundo nosso que a gente constrói, o mundo nosso que a gente vive e as coisas do nosso dia a dia, então eu acho que esse que é o valor principal do filme”, avalia.

“Ver essa quantidade de pessoas que vinheram nos prestigiar é muito bom, ver que o nosso trabalho foi muito bem aceito é algo que não tem preço”, concluiu Weverson. Para o futuro jornalista, a palavra que defini tudo o que foi realizado é simplesmente gratidão.

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