Alunos de Jornalismo criam canal no YouTube para o Hospital do Câncer

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10/12/2018 às 16:51 – Atualizado em: 12/12/2018 às 19:16 
Heloisa Lupatini, João Lucas Martins e Larissa Biassoti

Jhenifer Rodrigues

Na penúltima noite de apresentação dos TCCs, os estudantes da Facopp Amanda Amaral, Karine Silva, Maicon Santana, Victor Gomes e William Asaph expuseram a produção Canal no YouTube como ferramenta corporativa: Experiência piloto de produção jornalística para o Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente.
 
A banca examinadora foi composta pelo professor Roberto Mancuzo e professora Giselle Tomé. Quem orientou o trabalho dos recém-jornalistas foi a professora Thaisa Bacco.
 
O grupo propôs a criação de um canal no YouTube para o Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente, em que a intenção era fazer jornalismo a serviço do público sobre os atendimentos de radioterapia, quimioterapia, ambulatório e diagnóstico de câncer de próstata que são feitos no local.
 
“20 milhões de pessoas são atingidas pela doença no mundo, este ano no Brasil foram registrados 60 mil casos de câncer. Sejam os pacientes ou os familiares, dúvidas surgem sobre causa, sintomas, tratamento, enfim e eles precisam de uma informação de qualidade”, afirma Maicon Santana, que ainda fala que, além de informar, a intenção do grupo era de contar boas histórias.
 
A orientadora Thaisa Bacco explica que o trabalho resultou em duas horas de conteúdo. “O terceiro setor coloca os alunos em contato com um mundo não necessariamente que eles vivem, o hospital trata de doença grave, com diagnósticos preocupantes, eles passaram da técnica jornalística e tiveram o olhar do compromisso com a profissão.”
 
A visão que os estudantes tiveram foi também influência do próprio hospital segundo William Asaph, já que os funcionários e voluntários trabalham de forma humanizada. “Esse tratamento mais empático faz com que diminua o estresse, diminua a tensão dos pacientes e nós trazíamos essa realidade para a nossa produção, para os nossos vídeos, porque é o que acontece lá”, conta William.  
 
 
CONTEÚDO 
 
Para o desenvolvimento da TV HRCPP, a estudante Amanda Amaral contou durante a apresentação que a equipe analisou o panorama brasileiro dos canais corporativos dos hospitais. “Ao todo encontramos 306 canais, mas fizemos observação direta com 66 deles. Nós fizemos também a visita no Hospital Israelita Albert Einstein e no A.C.Camargo Câncer Center para compreender de que forma eram produzidos os conteúdos”.
 
Após feitas as análises, o grupo dividiu o canal do YouTube em quatro playlists com 35 publicações no totalCâncer: saiba mais é direcionada para as dúvidas, explicações sobre os diversos tipos da doença, prevenção, mitos e verdade. Já a Olhar humano é uma série desenvolvida para falar sobre o trabalho dos voluntários”, explica Karine Silva.
 
Há também a playlist Quem faz o HRCPP que traz um pouco sobre como funciona algumas áreas do hospital, a importância da segurança no trabalho no local e como são feitos alguns tratamentos. Por fim, a playlist Notícias HRCPP trata sobre os assuntos factuais que ocorrem, como eventos que são realizados e doações.

Amanda Amaral conta que a produção informativa no YouTube é algo recente, já que a plataforma é mais utilizada para o entretenimento. “Nós percebemos que só o canal não se sustenta sozinho, então nós aliamos a outras mídias, como o Facebook e o Instagram e também enviamos releases para a grande imprensa.”

Sobre a integração de outras redes, o membro da banca Roberto Mancuzo afirma que é preciso entender qual é a necessidade de cada organização. “Cada mídia tem a sua característica, seu público específico e objetivos diferentes, quando temos uma ação conectada em rede significa que estamos aproveitando o potencial de cada uma por meio da comunicação”.

Apesar de a questão mercadológica ser importante, Mancuzo ainda fala que a intenção não é vender nenhum produto ou causa, somente produzir conteúdo informativo que ligue o hospital ao público.

“A gente propõe que o YouTube também faça parte da comunidade jornalística, porque as instituições podem ver que além de tratar de questões de logística, de publicidade, a informação sempre tem espaço e eu acho que vai crescer muito”, fala o jornalista William Asaph.

O diretor da comunicação e voluntário do HRCPP Sinomar Calmona parabeniza o grupo pelo trabalho inovador feito no hospital. “Todos ficaram satisfeito com as produções e é algo a prosperar, nós queremos que essa mídia continue dentro do hospital, porque o próximo ano ele vai crescer muito, vai atender mais pessoas, então cabe bem a TV”.

William Gomes, irmão do Victor Gomes que fez parte do grupo de TCC, lembra que acompanhou a correria desse período de conclusão do trabalho e fica contente com o resultado, pois para ele um legado foi deixado para a Unoeste.

“Eles foram pioneiros, saíram da zona de conforto e buscaram algo diferente na faculdade e para o Hospital do Câncer eles plantaram uma semente da comunicação lá dentro, de como é importante saber se comunicar e se expressar para a sociedade, tirar dúvidas sobre a doença e mostrar que o jornalismo corporativo pode gerar frutos”, fala Gomes.  

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