Alunos desenvolvem projetos autorais de fotografia

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12/06/2017 às 13:00 – Atualizado em: 14/06/2017 às 10:53 
Anne Abe

Gabriela Simone

Imagem Notícia
A atividade é fruto da disciplina de “Projetos Autorais” e conta com 24 trabalhos realizados

Com o objetivo de promover a personalidade de cada fotógrafo por meio de suas próprias fotos, os alunos do 3º termo de Fotografia produzem trabalhos na disciplina de “Projetos Autorais”, ministrada pelas professoras Maria Luisa Hoffman e Fabiana Alves. Ao todo, foram 24 trabalhos produzidos de forma individual, que estão sendo disseminados em foto-livros, pela internet e em exposições pelos corredores da universidade e até pela cidade.
 
Segundo a professora Fabiana Alves, foi proposto aos alunos que eles produzissem um projeto fotográfico de forma que conseguissem expressar a sua própria marca, linguagem e estética. Diferente das imagens noticiosas, que documentem ou registrem um fato, este trabalho tem a função de trazer a pessoa que está por trás da câmera. “Essa é a ideia do trabalho, ser autoral. Então, o objetivo dessas fotografias é marcar o autor,é fazer com que cada fotógrafo consiga mostrar, por meio das suas imagens, um pouco da sua personalidade, com temas que tocam a sua vida e que querem discutir melhor”, explica.
 
Com o intuito de trazer algo presente em sua vida, o aluno Guilherme Martins expôs pelos corredores da Facopp o projeto “Dentro de mim”, que aborda a homossexualidade e os preconceitos ao redor do assunto. O estudante conta que a ideia surgiu após perceber que era algo pouco tratado na faculdade e que ninguém havia feito nada a respeito. “A ideia foi criar uma rede, literalmente, porque os cordões ligam uma foto à outra. Tentei expor isso de forma que mostrasse o sofrimento de cada um. Cada um falou a frase que queria em sua plaquinha, mas todos eles falaram coisas que eu já passei, então, por isso chama “Dentro de mim”, porque todos eles me representam”, declara.
 
A respeito das produções em geral, Fabiana destaca que neste semestre a maioria dos trabalhos produzidos foram voltados a internet, o que mostra que os alunos compreenderam o potencial da plataforma digital, sobre tudo, das redes sociais para a disseminação de trabalho, debates e ideias. A professora ainda diz que os alunos precisam começar a enxergar essa plataforma como um espaço para se mostrarem profissionalmente. “A internet acaba facilitando a disseminação da fotografia, o que com os outros suportes eram difíceis e caros. Por isso, precisam pensar na internet não só como entretenimento, mas também como ferramentas de debates e de trabalho, como um ferramenta profissional”.
 
Pensando nisso, Gabriela Simone usou o Facebook para apresentar seu projeto “Alma de Dançarino”, em que retrata o amor que possui pela dança, após quatro anos de jazz, por meio de pessoas comuns na rede social. “São fotografias artísticas que trazem o sentimento e a alma de pessoas comuns, mas que também são fantásticas”. Ao todo, 43 pessoas foram selecionadas a partir da pergunta inicial: o que você sente ao dançar? Dessas, 10 foram fotografadas.
 
Gabriela conta que escolheu essa plataforma, pois é onde se encontram seu público-alvo, que, muitas vezes, não possuem tempo para ir a uma exposição ou comprar um foto-livro. “O Facebook faz uma ligação. São fotografias artísticas que trazem o sentimento e a alma de pessoas comuns, mas que também são fantásticas”. A página do projeto está no ar desde o dia 16 de maio e já alcançou 110 curtidas, até o momento, sendo que a foto com maior alcance atingiu mais de 772 pessoas.
 
Já a aluna Márcia Takana, produziu o “Bailarinas: um palco chamado ruas”, que já foi exposto em quatro lugares diferente: Matarazzo, Parque Shopping, nos corredores da Facopp e do curso de Artes visuais, além de estar previsto para ser apresentado na Apea, durante as férias. A futura fotógrafa explica que, com o projeto, quis tirar as bailarinas do palco, de onde sempre as imaginam, e levá-las para as ruas, lugares inusitados, aproximá-las das pessoas. “É interessante que, conforme foi andando o projeto, eu acabei conhecendo o que era o balé, como eram as bailarinas, e assim, comecei a ter uma linguagem melhor nas fotografias. Então, as últimas fotos que eu fiz já estavam bem mais encaminhadas e, por isso, refiz algumas fotos”, destaca.
 
Uma das modelos de Márcia foi a bailarina e professora de balé, Marcela Paschoal, diz que participar da sessão foi algo novo e muito interessante, que ainda ajuda a aumentar a autoestima, após ver o trabalho finalizado e um resultado bem feito. “A dança é quem eu sou. Não consigo e não me vejo ficar sem dançar. A minha vida é dançar e acho que as fotos conseguiram passar um pouco desse sentimento”, afirma.
 
Em homenagem ao centenário de Presidente Prudente, o aluno Fábio Tanaka elaborou o projeto “Postais: uma nova leitura dos postais de Prudente”, no qual buscou mostrar a sua visão da cidade, ao refazer os postais clássico e até criar outros com novos pontos turísticos. Para isso explorou outra plataforma de disseminação, que iniciou como um foto-livro e acabou virando um álbum. “Foi um processo bem manual e eu gosto e coisas assim, foi bem artístico. Não foi apenas ir à loja e mandar imprimir. Teve todo o trabalho de ir às papelarias, identificar o papel próprio, comparar folha de seda, medir, recortar e fazer a montagem. Então, ficou diferente do que imaginávamos na época em que seria um foto-livro e ficou uma coisa prazerosa de fazer”, finaliza. 

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