Alunos do 3º termo de Publicidade produzem curta-metragem para disciplina de Audiovisual

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Ana Laura Rena e Sara Sant´Anna Silva
14/06/2022 às 10h30

Reprodução YouTube TV Escola Unoeste

Tem coisa boa rolando por aí! Os alunos do 3º termo de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste produziram na disciplina de Produção Audiovisual, ministrada pelo professor Renato Pandur, um curta-metragem chamado “Almir e a Mancha”. Os alunos se dividiram nas funções necessárias e conduziram toda a produção com a orientação do professor.

Vamos entender mais sobre o processo?

O curta, de acordo com o professor Pandur, que ajudou também na pós-produção, é resultado da sua disciplina na qual tiveram contato inicialmente com a teoria sobre a produção de roteiros e storyboards. Depois, com a prática, colocaram a mão na massa e desenvolveram os argumentos para história, o storyboard, o plano de filmagem, a gravação e a cenografia. Posteriormente, lidaram com a edição e sonorização. 

Segundo Lilian Medeiros, aluna do 3º Termo de Publicidade e Propaganda, Pandur apresentou os quesitos da produção do curta-metragem e divulgou para a sala um questionário contendo as funções para a realização do projeto, no qual cada aluno selecionou a área de seu interesse.  

Erick Silva, designer gráfico e também aluno da turma, foi responsável majoritariamente pela direção e assistência de roteirização do curta. Ele contou que a concepção da ideia do roteiro se deu quando teve contato com a filosofia de Albert Camus, filósofo e dramaturgo, que defendia em suas obras o existencialismo humano. 

Roteirização

O curta tem base na releitura feita por Camus ao mito grego de Sísifo, um “malandro” grego que por diversas vezes engana aos deuses e que, por fim, recebe, como castigo, a penitência de levar ao topo de uma montanha uma pedra, que novamente volta ao ponto inicial quando chega ao final do percurso. O material audiovisual também se apropria de Tempos Modernos, de Charlie Chaplin, que traz a crítica ao trabalho monótono cansativo do proletariado. 

Com tais referências, o curta foca, então, no setor terciário do mercado de trabalho. De acordo com Erick, “a gente dentro da luta operária esquece muito que ‘esses’ trabalhadores também passam por esses processos de trabalho tediosos e que afligem não só a dor física, mas também o psicológico”. Por fim, o estudante lembra da obra Can’t Help Myself, exposta aos visitantes na Bienal de Veneza em 2019, também foi utilizado como referência.

3, 2, 1! É hora de começar…

Em sala, após a roteirização e definição de “Almir e a Mancha”, Lilian Medeiros ficou responsável pela produção do storyboard, um esboço sequencial para pré-visualizar o curta. Ela o apresentou ao professor Pandur, que deu fez seus apontamentos sobre o trabalho. Então, os alunos buscaram definir os atores e responsabilidades destinadas a cada um. 

André Burani, aluno da sala e amante da moda, ficou encarregado da figuração do curta que se passa nos anos 70. Ele se inspirou em suas experiências com o estilo vintage, apoiando-se na sustentabilidade de brechós e, especialmente, em uma amiga que cursou moda na época escolhida para o filme. Vale observar que André levou para a produção roupas de seu acervo. Segundo o estudante, “o figurino principal foi EU, minhas roupas”, afirma, afinal é ele conhecido pelo seu estilo retrô nos corredores da faculdade. 

Rodrigo Araújo elaborou o plano de filmagem, com takes, ângulos, movimentos de câmera. Ele conta que as gravações saíram conforme o desejado, com eventuais obstáculos. “Tiveram coisas que a gente pensou para o plano de filmagem, que a gente usou, que seguimos totalmente à risca, mas também tiveram algumas cenas extras que, sim, foram legais”, lembra ressaltando que não foi necessário restaurar a ideia inicial, mas a implementaram.  

O dia da filmagem 

Segundo Lilian, Pandur disse em aula que “o câmera tem que estar esperto para capturar coisas a mais” e, em prática, ela capturou uma senhora em sua caminhada e a mulher achou incrível. Neste tempo, Lilian nem imaginava que Erick iria se atrasar e a câmera ficaria em suas mãos. Ela diz que a energia estava ótima e em harmonia, mas que encontrou problemas com o reflexo em vidros e com carros em movimento.

“Tivemos um problema com um ator que não pode ir e ficamos sabendo em cima da hora, mas no final tudo foi muito importante para conseguir pensar em outros planos”, conta Beatriz Jaques, auxiliar na câmera. Ela explica que a experiência serviu como uma grande oportunidade de conhecer todas as fases e funções de um audiovisual. Mesmo os problemas foram necessários para prepará-los para o mercado de trabalho, onde tudo pode acontecer. “Foi bem desafiador, mas é incrível ver o resultado depois”, destaca.

Pós-produção

A edição ocorreu tranquilamente e a pós-produção ficou a cargo do professor, que lidou com o tratamento de imagem e complementações. O curta está disponível no canal do YouTube da TV Escola Unoeste. Você pode conferir mais sobre os bastidores assistindo ao vídeo de Making of no canal ou no Instagram da Escola de Comunicação (@comunicacaounoeste)

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