Júlia Guimarães, especial para Escola de Comunicação
22/11/2022 às 15h
Alunos do 4º termo de Jornalismo da Escola de Comunicações e Estratégias Digitais da Unoeste apresentaram na noite de quinta-feira (17/11), no auditório Carvalho, os jornais laboratórios Relicário (@jornalrelicario) e Mãos que falam (@maosquefalam.jornal). Ambos são resultados do projeto interdisciplinar do 4º termo de Jornalismo que envolvem as disciplinas: Redação Jornalística e Laboratório de Impresso (professora Giselle Tomé), Fontes, pauta e apuração (professor Roberto Mancuzo), Fotojornalismo (professora Fabiana Alves) e Produção gráfica (professor Marcelo Mota). A partir de agora, os trabalhos seguem para edição final e impressão.
Este projeto interdisciplinar, que consiste no jornal laboratório, leva o nome de Jornal Ligação e tem como objetivo fazer com que os alunos aprendam colocando em prática o conteúdo ministrado em aula e evoluam em sua experiência profissional.
O jornal “Mãos que falam” enfatizou a inclusão dos surdos na sociedade, desde o seu diagnóstico, prevenções, cotidiano e educação pela Língua de Sinais.
Já o “Relicário” buscou produtos e serviços que, com o crescimento tecnológico, entraram em desuso, mas que ainda assim podem coexistir e trazer o sentimento de saudade, nostalgia.
Amigos, familiares dos alunos e integrantes da Associação de Surdos e Surdas de Presidente Prudente (ASSPP) participaram do evento que contou com o trabalho de intérpretes.
Apresentações
A abertura da noite foi feita pela dupla “Velhos Sinais” formada pelas alunas Lília Cimini e Júlia Guimarães, criada especialmente para a ocasião.
Elas cantaram os sucessos de Alceu Valença com “Anunciação” para representar o jornal “Mãos que falam”, “Relicário” de Nando Reis para o jornal de mesmo nome, e “Apenas Mais Uma de Amor” de Lulu Santos.
Além da apresentação dos jornais realizada pelos dois grupos, a aula pública também contou com o cerimonial das alunas Beatriz Zoccoler e Giovana Cunha. E depois, os professores participantes do projeto Giselle Tomé e Roberto Mancuzo falaram sobre os resultados.
“Foi muito gratificante ver amigos e familiares no auditório para prestigiar um trabalho que foi construído durante todo o semestre. Uma noite muito importante para todos nós que vivemos esse jornal laboratório. Estou feliz com o resultado, com a apresentação e com a dedicação dos alunos e professores”, conta Beatriz Zoccoler, aluna e chefe de redação do jornal “Relicário”.
Experiência profissional
A professora Giselle Tomé, responsável pela disciplina Laboratório de Impresso, conta que foi um longo processo de aprendizado e que, mesmo com as adversidades e os desafios de se trabalhar em grupo e em lidar com os prazos, os resultados contribuíram para o crescimento dos alunos.
“Existem experiências que nos transformam. Isso ocorreu com o jornal impresso. Quando havia pensado em realizar um jornal, parecia algo ultrapassado, por conta das redes hoje serem bem presentes, mas no decorrer do processo, me apaixonei pelo jornal impresso e por como ele traz evolução em nosso trabalho, a forma como ele nos ajuda a pensar em títulos, as linhas finas, a forma como encaixar o texto, isso nos traz a realidade do mercado de trabalho, auxiliando muito aqueles que ainda não entraram ao mercado”, comenta a aluna Caroline Araújo.
Já para Murilo Oichi, aluno e membro do jornal “Mãos que falam”, administrar os prazos foi um grande desafio, ainda mais por ser um grande trabalho e o principal fator no jornalismo diário. E diz que apesar do cansaço, o jornal trouxe ganchos para diversos outros projetos em sua vida pessoal. “Todo o tempo gasto foi de extrema importância para meu amadurecimento, e tenho certeza de que eu era um antes, e neste momento sou uma versão ainda melhor minha após o jornal”, completa.