05/05 às 08h47
Lívia Alves
O TeleJovem (TJ) é um webtelejornal criado dentro da disciplina de Telejornalismo, comandada pela professora Thaisa Bacco. Ele foi criado em 2009 a partir de um TCC de Jornalismo. Produzido como prática laboratorial pelos alunos do 5º termo, o TJ já está em sua 58ª edição. Nesse ano tiveram três edições e terá mais uma ainda no mês de maio.
O jornal online feito por jovens não é muito comum, porém ele é necessário para esclarecer alguns assuntos. O webtelejornal acadêmico é produzido por jovens, mas foi feito para o público de todas as idades, pois tem diversidade de temas. As editorias das edições deste ano são: cultura, esporte, política e saúde.
Por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e do isolamento social, a professora e os alunos envolvidos tiveram que se reinventar no modo de fazer telejornalismo. Algumas reportagens estão sendo gravadas de forma remota e outras in loco, seguindo todos os protocolos de segurança determinados pelo Ministério da Saúde.
“A adaptação foi difícil, mas necessária. Os alunos entenderam a necessidade da mudança e a importância do telejornalismo nesse novo contexto”, comenta a professora e diretora de jornalismo do TJ, Thaisa Bacco.
Todas as etapas do Telejovem são feitas conforme cronograma e dedicação dos alunos. “O trabalho em equipe é um desafio, porque todas as tarefas dependem uns dos outros. Colocar o telejornal ao vivo no ar também é um grande aprendizado”, aponta a professora;
PRÁTICA
A repórter de VT, Ana Flávia Martin, que também já foi repórter de link, cinegrafista e editora do VT de cultura, conta que demora, em média, três dias para produzir a reportagem, desde a montagem do relatório de reportagem, até a formulação de perguntas e depois entrevistas. “A pressão para mim é em relação ao prazo, porque temos que seguir o cronograma do TJ”, comenta.
A partir das editorias diversificadas, Ana fala qual reportagem mais gostou de produzir: “Eu gostei de noticiar sobre o ciclismo, porque ele está sendo um esporte em alta durante a pandemia. Além disso, eu pude fazer entrevistas externas, que contribuem bastante na prática do jornalismo televisivo”.
O chefe de produção da 2ª edição, Caio Gervazoni, relata sobre a melhor parte de produzir o TeleJovem: “Do meu ponto de vista, a melhor parte de produzir um telejornal é reproduzir as funções que cada um vai fazer, igual acontece numa emissora de televisão e também colocar em prática todo o conhecimento adquirido ao longo do curso, saber trabalhar esses conhecimentos”.
“É uma simulação prática de como funciona uma emissora de televisão e também é uma forma de nos preparar para lidar com situações como essa. Saber ter uma performance diante do vídeo, saber como direciona a mensagem de forma mais clara e objetiva no sentido da apresentação ou da reportagem, trabalhar com a imagem junto ao áudio, e é bom termos experiências como essa para poder exercitar isso”, explica Caio sobre a importância de produzir um telejornal na faculdade.
EXPERIÊNCIA
O aluno Leonardo Bosísio, que já ocupou a função de editor-chefe na 1° edição, conta um pouco sobre como foi: “A experiência foi assustadora, porque apesar de não ser um cargo tão impossível de ser feito quanto as pessoas acham, era a 1ª edição e ninguém sabia de nada. Mas foi muito gratificante ver o jornal ir ao ar tudo bonitinho e também por saber que fiz um bom trabalho”.
Leonardo também compartilhou sobre as funções que executou e o que mais gostou de fazer: “Como era a 1ª edição, as coisas ainda não estavam bem divididas e acabei fazendo bastante coisa. Eu era responsável por cobrar os grupos e saber como estava a produção. Juntamente com alguns da sala, fizemos o script da escalada, da chamada interblocos e do encerramento. Também fui responsável por fazer o espelho do jornal. Durante a exibição, eu era o responsável por coordenar o diretor de TV, falando o que entrava ou não e na hora que entrava. O que eu mais gostei foi realmente essa última parte de decidir o que entra e o que não entra, e o espelho do jornal também foi muito legal”.
A aluna, editora de vídeo, coordenadora de Social Media e ex-apresentadora Nathalia Salvato, que também já foi produtora da 1° edição e cinegrafista de social media na 2° edição, contou um pouco sobre como se sentiu: “Foi uma experiência muito interessante. Dá para sentir um pouquinho de como é a correria nos bastidores da TV… o show tem que continuar estando pronto ou não”.
Sobre aplicar a teoria na prática, a aluna acrescenta: “Bem diferente e muito legal. Eu sou uma pessoa mais da prática, então sair da rotina teórica foi bem empolgante para mim”.
“Acredito que a minha maior dificuldade seja falar tudo o que planejei sem nervosismo e ansiedade. Às vezes elaboramos a passagem ao vivo com um texto, não temos como decorar tudo e precisamos improvisar para passar a informação correta”, afirma Ana Flávia.
E aí, ficou interessado em acompanhar o trabalho dos alunos? A nova edição do TeleJovem vai ao ar dia 25 de maio, às 20h30, no canal TV Facopp Online no YouTube. Vale ressaltar que as outras edições estão salvas na plataforma.