Rayane Pedroso e Vinícius Antunes
11/04/2022 às 15h52
Alunos do 7º termo de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste colocam em prática o Projeto Integrador Vira Galo, desenvolvido todos os anos com o objetivo de dar visibilidade para organizações sem fins lucrativos.
Nesse ano, foi escolhida a Casa da Sopa Francisco de Assis (Casofa) localizada no bairro Jardim Morada do Sol, para que os estudantes colocassem em prática os aprendizados adquiridos durante as aulas. A turma foi dividida em grupos, cada um cuidando de uma área do projeto a fim de observar como a comunicação traz resultados e faz a diferença em uma organização.
Os alunos participaram no último sábado (9/04) de uma das ações realizadas pela Casa, na qual puderam acompanhar e ajudar na montagem e entrega de pizzas que foram vendidas para contribuir no sustento da Casofa.
A professora responsável pelo projeto, Mariangela Fazano, diz que essa é uma oportunidade para os alunos refletirem acerca de discussões feitas em classe, em uma situação real. Explica que os estudantes devem identificar problemas de comunicação e trabalhar para solucioná-los de maneira criativa e inusitada. Para ela, a experiência proporciona o desenvolvimento profissional e pessoal dos participantes, formando profissionais como sujeitos sociais.
O aluno da turma, Guilherme Withana, conta que não conhecia a Casofa, mas gostou de fazer parte do projeto e ajudar outras pessoas. Ele acredita que a experiência traz benefícios não só para sua vida profissional, mas também pessoal, pois contribui para a comunicação com o público e gera empatia ao próximo.
“O trabalho voluntário engrandece o nosso caráter, porque ter contato com o povo te faz mais humano”, afirma Guilherme
Essa opinião é compartilhada por Sarah Campos aluna de Publicidade que também fez parte do projeto. Para ela, participar de uma ação como essa mostra que o publicitário precisa estar próximo das pessoas. “Não é só vender, não é só tentar ganhar o consumidor, mas é você atender a necessidade de quem está precisando”, relata.
Trabalhos voluntários
O administrador da Casa, Carlos Alberto Sacchetin, explica que, assim como ele, existem outros funcionários da organização, bem como equipes e profissionais terceirizados. Além disso, para as ações, vendas e alguns outros projetos, eles recebem ajuda de voluntários que conhecem a ideia, são convidados e se interessam pela ajuda à comunidade.
Marli Cestano mora em Regente Feijó e é voluntária na Casofa há mais de dois anos. Ela conta que sempre quando ocorre um trabalho e precisam de voluntários, sai de sua cidade se prontificando a ajudar. Para ela, o ganho é saber que está fazendo o bem para outras pessoas. “É gratificante, você acordar 6 horas da manhã e vir fazer uma boa ação. É um trabalho de tijolinho”, avalia.
Casa da Sopa
A Casofa existe desde 1991 quando um grupo de pessoas começou a distribuição de sopas nas periferias de Presidente Prudente e com o tempo foram conseguindo, com mais ajuda e recursos próprios, utensílios e mantimentos. Observaram então que o bairro Jardim Morada do Sol necessitava mais que somente alimento físico e passaram a priorizar o local. Levavam alimentos, remédios, faziam brincadeiras com as crianças e jovens.
Em 10 de fevereiro de 1994 construíram com recursos próprios a cozinha do Casofa no Jd. Morada do Sol, para que não precisassem mais levar todo o alimento pronto até o bairro. Depois disso, com o contato mais direto e frequente, perceberam outras necessidades dos moradores locais, principalmente relacionados às crianças.
A estrutura foi crescendo e com o passar dos anos, o foco da organização passou a ser os projetos e atividades com o viés educacional e assistencial.
A Casofa já realizou diversos projetos, como:
- Projeto Leitura Infantil
- Projeto Língua Inglesa
- Projeto para melhor idade
- Curso de formação de Juízo Sócio Moral
- Projeto de informática
- Atendimentos: médicos (homeopatia e ginecológico) e odontológicos
- Parceria com o lar santa Filomena – Projeto pró jovem
- Projeto RAMOS – Grupo de dança e percussão
Hoje a Casofa atende em torno de 100 crianças dos bairros Jardim Morada do Sol e João Domingos, entre 6 e 15 anos de idade. O sustento fica por conta das vendas de pizza, galinhada, troca de nota fiscal, auxílio municipal, doações e ajuda dos próprios funcionário e voluntários.
Para participar, a criança deve ser matriculada e as vagas são limitadas. As atividades são feitas de segunda a sexta-feira, em turnos alternados aos horários de aula, de manhã e a tarde, e atualmente estão disponíveis trabalhos na área de artes, musicalização e judô. Você pode saber mais sobre essa história, conhecer os projetos, fazer doações clicando aqui para acessar o site da organização.