Alunos retornam e contam como foi a experiência no Estadão

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02/11/2017 às 22:00 – Atualizado em: 03/11/2017 às 01:05 
Adriano Batista, Beatriz Duarte, Maria Eduarda Kato

Maria Eduarda Kato

Facoppianos na sede do Estadão, em São Paulo

Realizado entre os dias 24 e 27 de outubro, a Semana Estado de Jornalismo, um evento organizado pela O Estado de São Paulo, contou com a presença de seis facoppianos: Adriano Batista, Beatriz Duarte, Maria Eduarda Kato, Ingrid Tomimitso, Daniela Oliveira e Elisa Reis. O intuito do evento é promover debates sobre o cenário atual da área e apresentar o que há mais de novo na profissão. Os alunos participantes comentaram suas experiências em um diário de bordo especial para o Portal Facopp.



Primeiro dia

Por: Beatriz Duarte e Maria Eduarda Kato
 
“Chegamos em São Paulo às 5h30, paramos na Estação Armênia e de lá pedimos um Uber para chegar até o apartamento onde estamos hospedadas. Após descansar um pouco, saímos para conhecer um shopping próximo e aproveitamos para almoçar.

Paramos às 14h em frente a sede do Estadão, onde foi preciso encarar uma fila para receber a credencial. Com o grande número de participantes, alguns alunos assistiram às palestras de dentro do auditório e outros em um espaço ao lado, via transmissão em televisões.

O primeiro bloco de palestras teve início às 14h30 com o repórter investigativo Cid Martins. Jornalista da Rádio Gaúcha, em Porto Alegre, Cid discorreu sobre o tema “Regime Sempre Aberto”, uma reportagem desenvolvida como uma crítica ao regime semiaberto. Segundo o repórter, a ideia da matéria veio da conversa com moradores das comunidades.

De acordo com pesquisas apresentadas por Cid, a cada duas horas um detento do regime semiaberto foge, podendo ser recapturado dias ou até meses depois. A matéria veio como uma crítica ao sistema que não funciona.

Em seguida, subiu ao palco Bruno Paes Manso, jornalista do Estadão no caderno Metrópole por dez anos, fundador da Ponte Jornalismo e pesquisador do Núcleo de Estudo de Violência da USP. Bruno apresentou o projeto “Monitor da Violência”, uma pesquisa desenvolvida em parceria com o G1, sobre o alto crescimento de homicídios no norte e nordeste após os anos 2000.

Após a pausa para o lanche, iniciamos o segundo bloco com o tema “Outras formas de levar a notícia”, explanado por Pedro Doria, colunista do Estadão, O Globo, CBN e editor do Meio, uma startup que dissemina conteúdo jornalístico para quem tem pouco tempo para leitura. O jornalista explicou sobre os novos modelos de Newsletter, que compreende os novos leitores de informação.
 
Ainda falando sobre novas formas de levar conteúdo para a população, Luiz Fernando Bovo, jornalista editor de conteúdo do Estadão Digital, falou sobre o “Estadão Manchetes”, através do qual o jornal disponibiliza as notícias mais importantes do dia para o público via WhatsApp. Ainda um projeto novo, foi lançando há um ano e já conta com 13 mil cadastrados e 65% de aprovação.
 
As palestras terminaram por volta das 17h30 e, em seguida, foram distribuídas as senhas para as visitas à redação e para os workshops que aconteceriam no outro dia”.

Segundo dia

Por: Adriano Batista
 
“Comecei a manhã de terça-feira (25/10) com dois workshops. Um sobre a “União Europeia”, com o jornalista Carlo Cauti, e outro com o tema “Internet das Coisas”, com a dupla de jornalistas do Link, Claudia Tozzeto, editora do Link, e Bruno Capelas, seu repórter.
 
Com os jornalistas do Link o debate foi riquíssimo. O leque se abriu para uma enormidade de possibilidades que a “Internet das Coisas” permite devido ao impacto que ela tem causado no mundo. Um dos pontos mais importantes do debate foi a privacidade dos usuários de eletrônicos, tendo em vista o grande número de dados fornecidos a empresas.
 
Após uma rápida pausa, voltei para o segundo tempo do dia às 14h.  Quem deu a partida para falar sobre “Um olhar diferente para as pautas” foi o jornalista editor da revista Vice no Brasil, André Maleronka, que trouxe como abordagem nas matérias dois assuntos difíceis de serem falados em um veículo tradicional: Rap e sexo.
 
O Jornalista Pablo Pereira, uma referência quando o assunto é matéria difícil, falou sobre os “Bastidores de uma reportagem”.  Trouxe um relato de um importante trabalho da década de 1990 feito na selva Amazônica com indígenas, lugar onde ele sua equipe ficaram por três noites.
 
Para fechar o segundo dia em alto nível, se apresentaram dois profissionais incríveis para falar um pouco sobre “Programação e Design Thinking, novas habilidades em pauta”, Pedro Burgos do jornal Gazeta do Povo e ImpactoJor e a jornalista Adriana Garcia do Orbital Mídia e ProJor.
 
Pedro apresentou vantagens da programação aliada ao jornalista, como a organização de informações e a grande manipulação de dados. Por trás dos códigos de programação há oportunidade de facilitar a vida do seu consumidor de notícias. Na mesma pegada, Adriana disse que a prática de explorar dados ganhou força e que agora serve de fonte para exploração, a fim de fazer novos produtos”. 
 
Terceiro dia

Por: Beatriz Duarte e Maria Eduarda Kato

“Levantamos cedo na manhã de quinta-feira (26/10) para conhecer a exposição do Castelo Rá-Tim-Bum no Memorial da América Latina, acabamos almoçando por lá mesmo antes de ir para o Estadão.

Para abrir o terceiro dia de palestras, ouvimos Marta Gleich, jornalista editora-chefe da Zero Hora, que falou sobre sua participação na grande reportagem Universidades S.A, que contou com  a parceria de cinco grandes jornais brasileiros do país para investigação das universidades públicas com questões de fraudes e propinas. Segundo Marta, a grande aposta é o jornalismo colaborativo, principalmente no âmbito da investigação, já que quanto mais unidos, mais profundidade e alcance a reportagem tem.

Já o jornalista Daniel Brumatti, um dos fundadores e atual editor do Estadão Dados, explicou sobre como funciona o jornalismo de dados e qual a importância dele para o cenário atual. Utilizou como exemplo o caso da Panamá Papers, um conjunto de documentos confidenciais de várias empresas.  Ele ainda ressaltou que no país, o acesso a dados ainda é algo muito difícil, mas que muitas pessoas exercem sem saber, como no caso do jornalismo esportivo.

Iniciando o segundo bloco, Paula Miraglia, cientista social, apresentou o Nexo Jornal, uma plataforma que produz o jornalismo explicativo, fundado em parceria com um engenheiro e um jornalista. Segundo Paula, a linha editorial do Nexo não trabalha com as Hard News e sim com o e depois, junto com a profundidade.
Pioneiro nesse modelo de negócios, a redação do Nexo conta com 30 profissionais de diversas áreas, diferenças que Paula aponta como essenciais para fazer o produto funcionar. O site vive de assinaturas, não promove nenhum tipo de publicidade e aposta em formatos inovadores, com destaque para gráficos de assuntos variados.

Seguindo na mesma linha de inovação, Andréia Lago, jornalista da casa durante 15 anos, trouxe seu empreendimento chamado “Éder Content”, um tipo de redação online que produz conteúdo jornalístico independente, para ser licenciado por veículos de comunicação. A jornalista apresentou alguns de seus materiais famosos como Guerrilha Maldita, Mapa da Morte e a À espera do Rio.     

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