Anatomia dos jargões: da cabeça à nota pé

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23/04/2019 às 10:00 – Atualizado em: 22/04/2019 às 20:55 
Ana Deak, Bianca Móra, Jennifer Figueiredo, Pâmela Bugatti e Sibeli Santos

Greysson Suzuki

Entenda como os jargões são usados pelos jornalistas

Para um aluno de Jornalismo é importante entender as expressões mais comuns usadas na área, principalmente quando se trata dos jargões. As palavras a seguir são populares e para quem é novo no ramo, pode pensar que este é conteúdo para estudantes de outro curso, mas estão muito enganados. Portanto, atenção futuras focas, vocês precisam conhecer um pouco da anatomia dos jargões jornalísticos.

A diferença dessa anatomia para qualquer outra é que, essa se trata dos jargões mais corriqueiros, usados por jornalistas e que possuem o nome de partes do corpo. Isso mesmo, algumas ações ou características desse meio são batizadas com nomes de partes do corpo humano. E por falar em corpo…

CORPO é fundamental para a nossa vida e por isso, o “corpo do texto” é o elemento principal para a leitura da notícia. Nele é pensado o tamanho da fonte para cada elemento. Aqui no portal, por exemplo, a produção é feita dentro do padrão “Arial 12”. Já em jornais e revistas, os tamanhos geralmente são 10. Vale ressaltar que corpos formados por fontes muito pequenas prejudicam a leitura do texto, desde o título ao pé.

? Exato, o “pé” de uma matéria significa o final de um texto e se for necessário reduzi-lo, as últimas linhas serão eliminadas, portanto, a matéria será “cortada pelo pé”.  Ele ganha outro significado quando falado em um Telejornal. A “NOTA PÉ” é uma nota informada pelo apresentador, que complementa informações da matéria que acabou de rodar. Mas e quando nos deparamos com notícias sem pé, nem cabeça?

Em toda equipe tem sempre uma pessoa que lidera aquele setor, o “CABEÇA”, que toma a frente das decisões. Isso é o que pensa a aluna Ana Flávia, do 1º termo de Jornalismo, a respeito do jargão “cabeça”. Mas na verdade ele tem outro significado.

“Cabeças são os textos que introduzem as matérias. Textos curtos, compostos basicamente do lead, lidos pelos apresentadores”, de acordo com a apostila “Elementos Estruturais do Telejornal” da jornalista e docente Thaisa Bacco. Portanto, em uma redação de TV é muito importante manter a “cabeça” no lugar.

Já o jargão conhecido como “PESCOÇÃO”, não significa que o jornalista se intromete em qualquer assunto. Na verdade, ele é utilizado para denominar aqueles que se dedicam virando a noite para antecipar o material do fim de semana.

Caso seja necessário chamar a atenção do leitor para o texto, utiliza-se o famoso “OLHO”. A docente da Facopp, Giselle Tomé, explica o que fazer quando o editor pede um “olho” em uma reportagem: “O que ele quer dizer? Que não se pode esquecer de ressaltar algo muito importante daquela informação.”

Não foi exatamente isso que veio a mente de Elisangela Lucas, do 1º termo de Jornalismo. A aluna acreditava ser uma expressão relacionada ao instinto do jornalista em perceber os fatos acontecerem à sua volta. “É o repórter ter aquela sacada e já pega o celular, filma e manda para a redação.”
 
Você é daqueles que reclama de barriga cheia? Pois é, no jornalismo quando uma “BARRIGA” acontece, é o momento propício para reclamar. Isso porque essa expressão se refere a uma notícia falsa, segundo o site “Observatório da Imprensa”.
 
Quando um membro da equipe adverte: “Não comete uma barriga!”, segundo a professora Giselle, “significa que não queremos que o jornalista publique uma informação que não seja verdadeira.” Situações assim fazem com que o veículo e o jornalista percam credibilidade.
 
Já ouviu falar em “NARIZ DE CERA”?Tenha certeza que não tem nada a ver com museus ou esculturas. Segundo o “Manual do Foca: guia de sobrevivência para jornalistas”, o termo “nariz de cera” dá nome a introduções de matérias que são muito longas e vagas, sem dados exatos. Basicamente é a famosa “enrolação”.
 
Esses são apenas alguns jargões usados no Jornalismo, gostou? Se ficou interessado e quer saber mais, acesse a biblioteca virtual Pearson para encontrar diversos livros sobre o assunto. Fique de olho também nas próximas matérias com curiosidades sobre os cursos da Facopp. Até breve! 

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