André Rosa debate desenvolvimento do jornalismo de dados

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11/09/2018 às 08:54 – Atualizado em: 11/09/2018 às 10:06 
Bianca Móra e Luana Souza

Agência Facopp

Vivemos em um mundo digital em que tudo pode ser descrito por números, até mesmo o jornalismo, principalmente o de dados. Essa é uma área dentro da profissão que teve ascensão recentemente, mas já está no mercado há anos. Para falar sobre o assunto, foi convidado o professor André Rosa, que dará início as palestras da 9ª Jornada de Comunicação na terça-feira (11/09). 

MAS, QUEM É ELE? 

André Rosa, jornalista há 20 anos, professor doutor em duas faculdades em São Paulo, já veio à Facopp falar sobre jornalismo esportivo e após 10 anos retorna para falar sobre essa nova área, que muitos comunicadores tentam fugir: os dados.

André trabalhou em várias instituições, entre elas a Gazeta de São Paulo. Ele trabalha com internet desde quando se formou em 1998. “Meu primeiro estágio foi com internet, a minha primeira relação com jornalismo como estagiário foi no núcleo de internet da Gazeta e meu emprego anterior era na área da tecnologia, trabalhava como eletrotécnico”.

O professor sempre se interessou por tecnologia e jornalismo, mas sua relação com dados vem do seu objeto de estudo no doutorado, em 2009. “Eu tenho essa relação histórica com tecnologia, com comunicação e internet, com jornalismo e internet. No doutorado, a minha tese é sobre a utilização da internet como forma de potencializar o jornalismo, mas não observando apenas a notícia ou a história que a gente vai contar, mas entendendo a noticia como se ela fosse um código fonte”.

Para Rosa, essa área de investigação jornalística é algo que o atrai, algo que chama atenção pelo fato de ter uma conexão mais formalizada, mais científica. “Estamos muito acostumados a lidar com o processo de ouvir pessoas, entrevistar pessoas, contar histórias e estabelecer relações a partir disso. Quando a história envolve essa relação com dados percebemos muitas vezes é que se acumula uma quantidade grande de informações que podem não fazer sentido no primeiro momento, como tabelas ou linhas e colunas e, a partir disso, a gente conseguir criar uma forma de visualizar isso, de extrair padrões. Esse universo me deixa muito entusiasmado”, fala. 

Segundo ele, a importância de saber fazer o jornalismo de dados é fortalecer o papel da profissão como um lugar onde é possível observar e criar contextos, como por exemplo, observar e contar uma história. “Sempre terá várias formas de contar a mesma história, com os dados você tem, além de novos caminhos, novos contextos. A importância está ai, em usar outra lente, para enxergar o mesmo lugar. A partir disso ter um olhar para novas pautas”, argumenta Rosa.


NA JORNADA 

Sobre as expectativas para a 9ª Jornada de Comunicação, o professor espera que todos já vão preparados e que ocorra um bate-papo com todos interagindo. “O ideal é que todos pudessem sair dali com algo útil, que dali para frente pudessem criar alguma relação com questões que possam ser úteis no futuro”.

Rosa quer introduzir todos no jornalismo de dados e acredita que para isso acontecer o maior desafio será conduzir a palestra como se fosse uma aula, mas sem parecer ser uma.

“A dificuldade está em sintonizar o discurso para que fique algo que não seja ao mesmo tempo um bicho de sete cabeças, cheio de coisas, situações e observações que não acrescentariam em nada. Ao mesmo tempo em que não fosse uma coisa do tipo: ‘pera lá, esse cara chegou para falar isso aí? Isso eu já sei, isso eu já vi, eu já tive relação com isso'”, afirma. 

Gostou? A palestra do André Rosa acontece hoje (11/09), no Salão do Limoeiro, às 19h. As inscrições podem ser feitas pelo link.
  

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