Ansiedade afeta jovens no ambiente acadêmico

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

08/04/2020 às 09:30
Bárbara Munhoz, Giovanna Guessada e Noemi do Prado

A estudante Hellen Gallis (segunda da esquerda à direita) foi diagnosticada com distúrbio de ansiedade há três anos, o que não a impede de participar de eventos como o Colóquio Facopp (Foto: Cedida)

Hoje em dia é comum ouvir sobre ansiedade. Segunda dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), replicados no site da revista Exame 2019, o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas no mundo, cerca de 9,3% da população. Nesse grupo, encontram-se aqueles que se sentem nervosos ao apresentarem trabalhos acadêmicos, por exemplo.

É o caso da estudante do 7º termo de Jornalismo da Unoeste, Hellen Gallis. Diagnosticada com distúrbio de ansiedade há três anos, ela conta que, embora tenha aprendido a lidar melhor com os sintomas físicos da doença ao apresentar os trabalhos, ainda fica nervosa. “Já são praticamente quatro anos cuidando disso, fazendo acompanhamento psicólogo, mas mesmo assim quando eu vou apresentar, eu dou aquela…né?”, completa.

“Em meio a tanta correria, é difícil ficar ileso à ansiedade ou nervosismo”, analisa a psicóloga Joselene Alvim sobre o transtorno que tem se tornado comum, não apenas entre os jovens, mas entre todas as faixas etárias.

Já para Hugo Monteiro, aluno do 5º termo de Publicidade e Propaganda, a ansiedade surgiu há seis anos, enquanto ainda cursava Arquitetura e Urbanismo. Para além dos muros da faculdade, o rapaz, que também trabalha como freelancer, relata que até mesmo na apresentação de projetos para seus clientes sente-se nervoso.

Hugo enfrenta nervosismo na apresentação de trabalhos acadêmicos e de projetos aos clientes (Foto: Bárbara Munhoz)

Ainda de acordo com ele, o contato com os amigos e pessoas da universidade pode ajudar, mas ainda há dificuldade. “Eu estou aqui, tentando me formar em um curso de comunicação e não consigo passar a mensagem que quero. É uma coisa que acaba me atrapalhando”, afirma.

“Sozinho, o jovem dificilmente conseguirá superar”, comenta a psicóloga. Para Joselene, é necessário o apoio dos pais e professores, pois, devido à condição, cria-se a autocobrança de realizar tarefas corretamente, conseguir boas notas, pertencer a um grupo na sala, dentre outros aspectos que influenciam negativamente a personalidade dos mais novos, afetando o desempenho na aprendizagem e até mesmo na autoestima.

Dicas da psicóloga

Procurar ajuda especializada, como psicoterapia, para melhorar a autoestima por meio do reconhecimento de suas qualidades, além de compreender quais crenças negativas potencializaram a ansiedade.

Autoconhecimento é de grande importância no processo de identificar potencialidades e limitações.

Planejar o dia, concentrar-se em uma tarefa por vez, além de atividades físicas e técnicas de relaxamento, ajudam no controle da ansiedade.

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email
Escola de Comunicação e Estratégias digitais | © 2021 Todos os direitos reservados.​