Artistas locais comentam sobre os desafios e dificuldades no segmento

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

Abner de Souza (editor), Rodrigo Gonçalves (repórter) e Sabrina Vansella (repórter), especial para a Escola de Comunicação
16/05/2022 às 10h

Segundo o Dicionário Online de Português, arte é a aptidão inata para aplicar conhecimentos, usando talento ou habilidade, na demonstração de uma ideia, pensamento ou emoção (Foto: Cedida/Dener Augusto)

Ser artista nunca foi fácil, especialmente quando se mora longe das grandes cidades. O alto preço de materiais, a falta de visibilidade e a desvalorização de artistas independentes são as principais dificuldades enfrentadas por aqueles que praticam algum trabalho artístico. 

Em Presidente Prudente não é diferente. A maior cidade do oeste paulista, mesmo que não possua dados que comprovem, abriga uma grande classe artística. Entre eles existem entusiastas que trabalham pela própria subsistência, por hobby ou porque querem se tornar profissionais. 

O Portal Escola de Comunicação, em matéria especial, conversou com dois jovens artistas prudentinos que praticam suas artes paralelamente a suas formações. Venha conferir!

O design sensibiliza a alma

Dener conta que não se prende a um estilo específico de arte e que constantemente se arrisca em novos traços e estilos (Foto: Cedida/Dener Augusto)

Para Dener Augusto, de 19 anos, trabalhar com arte no Brasil pode ser considerado como algo totalmente desvalorizado. O estudante de Design Gráfico na Unoeste conta que escolheu o curso pois tem o sonho de se tornar um animador. Atualmente, ele trabalha com pinturas e desenhos, mas faz algumas experiências com animação. “Eu pretendo me tornar um profissional ao longo do tempo, mas o que dificulta muito é essa desvalorização da arte no Brasil.” 

Mesmo com tudo isso, a arte é feita de desafios, a cada dia mais o artista aprende coisas novas e enfrenta coisas novas. 

Dener Augusto – Estudante de Design Gráfico
Desenhista, animador e pintor – @denolivr

O que o jovem pondera se fortalece quando o cenário brasileiro é analisado. O país possui uma grande diferença cultural e econômica entre as classes sociais. Dessa forma, a grande parte da população, aqueles que possuem baixa renda, não tem acesso a arte. “Ser artista no país não é nada acessível. A busca por materiais é um desafio, quase não tem materiais com preços ao alcance.”, pontua. 

Outro fator que Dener acredita que desvaloriza a arte no Brasil é a constante comparação entre artistas e estilos de arte. “Sempre te associam a aquilo que consideram arte de verdade e o que foge disso não é levado a sério. Isso sem contar os julgamentos acerca de preços, um desenho pra pessoa deve ser de graça independente de quanto tempo você gastou, só por ser um desenho”, aponta.

Veja uma amostra do trabalho do Dener:

Luz, câmera e mãos à obra

O cinema sempre foi visto com olhos diferentes das demais práticas artísticas. A modalidade que mistura a imagem e o som em um só produto, mesmo sendo considerada a mais nova das sete artes, tem uma longa história. E nesse longo roteiro, que ainda está sendo escrito, encontramos Marco Vinicius, de 21 anos. Ele conta que esse fascínio pela arte começou na escola. “Estava tendo uma peça de teatro na escola e eu olhava e pensava: ‘É isso? E se eu quiser ver de novo?’”, pondera.

Eu acredito que muito desse preconceito que as pessoas têm pelos produtos brasileiros, vêm justamente por se tratarem de problemas brasileiros.

Marco Vinicius – Jornalista
Cineasta – @marco.rop

Marco é jornalista formado da Escola de Comunicação e conta que escolheu o curso devido a grade “flertar” em alguns aspectos com o cinema. Ele declara também que depois se apaixonou pela área e conciliou com sua paixão pela sétima arte. Esse gosto que o jornalista tem pelo cinema, resultou em um dos TCCs mais vistos no canal da TV Escola Unoeste, o documentário “Estrela do Amanhã”, que conta a história do monsenhor Domingos Chohachi Nakamura, primeiro padre japonês a atuar no Brasil.

Entretanto, nem tudo na área, principalmente no Brasil, como pontua Marco ao declarar a falta de reconhecimento do cinema nacional. “Eu acredito que muito desse preconceito que as pessoas têm pelos produtos brasileiros, vêm justamente por se tratarem de problemas brasileiros. Filmes como Cidade de Deus, por exemplo, tratam de problemas reais.” conclui o jornalista. 

Veja o que o Marco produziu para a disciplina de Semiótica na sua época de Escola de Comunicação:

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email
Escola de Comunicação e Estratégias digitais | © 2021 Todos os direitos reservados.​