As novas possibilidades de transmissão por apps e plataformas de streaming

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Ana Laura Rena, Rayane Pedroso e Sara Sant´ Anna Silva
18/12/2022 às 11h

Arte: Matheus Rossetto

Reunir a família em frente a TV para assistir uma partida de futebol ou ouvir histórias dos pais e avós que ouviam os jogos no rádio é clássico, não é? Hoje em dia as possibilidades aumentaram, desde o YouTube às plataformas e aplicativos privados, a internet possibilitou que cada vez mais partidas possam ser transmitidas e re-assistidas quando quiser. 

Roberto Mancuzo, professor dos cursos da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, explica que sempre houve um acordo entre emissoras, clubes e nem sempre é vantajoso para ambos os lados. As novas plataformas oferecem possibilidades de eliminar esses acertos e cada “grupo” faz o que for mais vantajoso para si.  

“A internet quebra esse monopólio e abre novos espaços de produção e novos espaços de transmissão, de apresentação desse conteúdo, e isso aconteceu em vários setores. O futebol era um setor muito fechado e muito monopolizado pelas emissoras, mas já era previsto que iria acontecer”, pontua. Com isso, uma das principais consequências foi na parte financeira, anúncios e comerciais, sendo a TV obrigada a economizar de alguma forma e pensar em outras alternativas de produção. Além disso, Mancuzo também fala sobre a perda de repórteres e apresentadores em campo ao vivo, dando lugar a gravações em estúdio que acabou sendo ruim.

Para o professor, quem mais ganha com tudo isso são os espectadores, com a oportunidade de ver e rever quando quiser, por mais que, brincando, diz que não vê graça em assistir uma partida depois que ela já aconteceu. Porém, destaca também que em um futuro muito próximo, o consumidor irá ser cobrado para conseguir acessar esses conteúdos, diferente do que acontecia na televisão. 

Jornalismo Esportivo

O jornalista João Paulo Tílio, que realiza coberturas esportivas da região para a TV Fronteira, explica que essa transição dos jogos na TV para outras plataformas de streaming é uma transformação, comum em todas as áreas, que precisa de adaptação, mas não devem ser vistas como algo negativo. “Essas transmissões não vieram nem para privatizar, nem para democratizar, mas para abrir mais possibilidades”.

João Paulo destaca que é importante lembrar que os canais de televisão são empresas, que precisam pensar em lucros e melhorias para se manter. Assim, saber distinguir o que agrega ou não ao ser transmitido faz parte desse processo. “Nem todas as partidas são transmitidas na TV. Você não consegue assistir todos os jogos do seu time pela televisão como essas outras plataformas disponibilizam”, complementa. 

Outra possibilidade que a internet introduziu são as transmissões em tempo real, onde as pessoas podem ficar sabendo dos acontecimentos e resultados de onde estiver, é uma prática feita por Tílio em coberturas de esporte. O jornalista reforça que esse tipo de transmissão vem ganhando cada vez mais espaço e, assim como podcasts por exemplo, está ampliando os leques. 

“O jornalismo esportivo vai continuar existindo, achando seus caminhos para levar as notícias até o torcedor”, afirma João Paulo.

Tílio reforça a ideia de que todos esses meios de transmitir o esporte não são algo ruim, mas, pelo contrário, são uma forma de cativar mais pessoas para a área. E aí, qual o seu preferido? Qual você acha que vai crescer mais nos próximos anos na cobertura esportiva?

Veja algumas plataformas disponíveis para consumo esportivo:

Star Plus

Premiere

Globo Play

HBO Max

YouTube

Amazon

Veja outras matérias da série “Esporte na tela”:

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