Livia Alves (editor), Karina Ferreira (pauteira) e Milena Santos (repórter), especial para Escola de Comunicação
08/04/2022 às13h05
Com a volta das aulas presenciais, a Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste recebe os novos ingressantes dos cursos de Marketing e Publicidade e Propaganda.
Normalmente, grande parte dos calouros acaba de se formar no ensino médio quando adentra ao mundo universitário. Mesmo que possuam objetivos semelhantes, os dois ambientes são bem diferentes, sendo necessária uma adaptação dos novos alunos, além, é claro, da vivência de algumas “lendas universitárias”.
EXPECTATIVAS E MITOS
A expectativa de poder estar logo no ‘curso dos sonhos’ – na Escola de Comunicação, claro! – é tão grande, que pode-se acabar esbarrando com mitos que só poderão ser quebrados quando de fato se vive o momento.
Esse é o caso do calouro de Publicidade e Propaganda, Leonardo de Oliveira, de 19 anos “Eu tinha medo de não conseguir fazer amizades”. Ele comenta também sobre uma temida experiência: o uso do celular. “Peguei o celular para mexer e não fui repreendido, isso foi legal!”, mas acrescenta que é importante ter consciência no uso.
Emanuelle Ribeiro, 17 anos, terminou o ensino médio no ano passado e neste semestre ingressou no curso de Marketing.“Minhas expectativas eram altas e baixas, pois é um lugar novo, você não sabe quem vai te dar aula”. Ela ainda ressalta como a área da comunicação a auxiliou com os vínculos. “Existem pessoas tímidas e outras mais extrovertidas, o que dá uma união perfeita. Eu sou uma pessoa comunicativa e isso me ajudou bastante”, conta.
A caloura da Escola de Comunicação relata que não sabia da possibilidade de estagiar já no início da faculdade e que outra coisa que a surpreendeu foi a relação com os professores. “Eu achava que tínhamos um difícil acesso a eles, mas percebi que é bem tranquilo”, revela.
PROFESSOR E ALUNO
A universidade, assim como a escola, deve ser um lugar agradável para alunos e professores. Para isso, é necessário construir uma relação de confiança entre eles.
Wagner Caetano, de 43 anos, é professor em escolas particulares e no ensino superior, e conta sobre a relação com seus discentes. “Eu me importo com meus alunos, no sentido de me aproximar, eu quero que ele tenha confiança enquanto estiver conosco, que tenha prazer”, afirma.
O docente fala sobre a diferença de sua postura no ensino básico (ensino médio) e na universidade. “No ensino superior, o controle [citando Foucault, sobre a ideia da escola como mecanismo de controle] tem que ser substituído pela ideia de autonomia, então a linguagem é mais incisiva, ela pode ser muitas vezes coloquial, no sentido de provocação. Enquanto no ensino básico, ainda seguro um pouco”, explica.
Caetano ainda ressalta que nos termos iniciais, muitas vezes é necessário realizar intervenções para igualar o nível cultural dos alunos, que tiveram diferentes tipos de ensino em suas respectivas escolas.
MUDANÇA DE METODOLOGIA
A diferença entre o ensino médio e o ensino superior, que é mais independente, faz o jovem se deparar com um choque de metodologias na transição entre as duas etapas.
A professora e coordenadora do curso de Pedagogia da Unoeste, Danielle dos Santos, comenta sobre o processo de adaptação. “Para esses estudantes que vêm de uma formação com menos autonomia, a não ter uma vivência de adulto, o processo de adaptação é mais complexo, o que não quer dizer que em poucos meses ele não consiga perceber que já está no ensino superior”, declara.
Danielle elenca algumas estratégias de conhecimento e adaptação ao ambiente universitário:
- Visitas às universidades durante o ensino médio;
- Participação de feiras de profissões, e
- Compartilhamento sobre experiências universitárias da parte do professor de ensino médio aos alunos.
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