Comunicação e diferenças são tratadas na aula magna

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06/02/2017 às 13:25 – Atualizado em: 07/02/2017 às 10:47 
Beatriz Duarte e Bruna Leite

Na noite de quinta-feira (02/02) calouros e veteranos assistiram à aula magna realizada pelo docente Vagner Matias do Prado, que tem formação em Educação Física pela Unesp, é também mestre e doutor em Educação pela Unesp de Presidente Prudente e atualmente trabalha na Unoeste.

O tema da palestra foi “Comunicação Social e diferenças: uma leitura pós-estruturalista”. O professor iniciou sua fala apresentando aos alunos a corrente de pensamento que constitui o pós-estruturalismo.  Deu exemplos de como a linguagem utilizada pelas pessoas é constitutiva, pois, segundo ele, é a partir do que se diz que ocorre uma materialização. Expôs também a linha de pensamento de Michael Foucault, que trata a aproximação dos pensamentos com a realidade.

Vagner mostrou como algumas mídias tratam as minorias. “São construídas estratégias para abordar temas que ainda são tabus de uma maneira mais leve, sensível, pois o público em geral ainda está se iniciando dentro desse tipo de discussão”, explica.

Segundo o professor, no caso de um documentário, mesmo que seja um tema polêmico busca-se mostrar algo mais real, mas no caso das propagandas ele explica que é algo que exige uma boa estratégia para ganhar a simpatia dos telespectadores. “A Comunicação Social precisa apresentar aos poucos certos assuntos e assim acaba gerando empatia em relação ao público que é leigo e desconhece essas discussões”.

No decorrer da apresentação, foi mostrado que existe uma problematização no modo em a mídia mostra e trata certos temas. “Temos a padronização estética dos corpos, a necessidade de ter pele clara, isso é um contraponto, pois vivemos em meio a uma população miscigenada”.
De acordo com Prado, os profissionais de Comunicação assim como qualquer outro profissional deve ter em mente que enquanto formador de opinião é preciso criar formas de chamar as pessoas para debater esses assuntos que fazem parte do cotidiano.

“É através do diálogo que as pessoas percebem o nível do conhecimento que tem sobre determinado assunto e isso pode ser o ponto inicial para que se procurem mais informações”, afirma.

Novos olhares

O aluno Leonardo Rampasso Batista, do 5º termo de Publicidade e Propaganda, avalia de forma positiva a palestra. Segundo o futuro publicitário, é interessante ver como as a sexualidade pode ser tratada como algo normal. “A Comunicação Social atinge muitas pessoas principalmente por meio da televisão e se for feito um trabalho correto é possível que essas minorias ganhem visibilidade e igualdade”, refletiu.

Já para a caloura Jhenifer Rodrigues de Almeida, do curso de Fotografia, tudo o que foi dito despertou a curiosidade e vontade de conhecer ainda mais sobre o tema. “Achei muito legal, por que na escola não tem espaço para essas discussões, não se fala abertamente, gostei desse olhar para a mulher negra e o feminismo”.

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