Comunicação é peça-chave na política contemporânea

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19/04/21 às 16h23
Leonardo Bosisio e Nathalia Salvato, especial para Escola de Comunicação

Ive Caroline, ex-aluna de jornalismo da Unoeste, atuou diretamente na campanha eleitoral do atual prefeito de Presidente Prudente. (Foto: Cedida/ Ive Caroline)

Impeachment, processo eleitoral, disputa de poder, afastamento de profissionais que ocupavam cargos no governo, contratação de novos políticos e grande quantidade de fake news é o combo político que tem consumido as preocupações da população.

A política é a forma do cidadão exercer seus direitos em assuntos públicos, manifestando sua opinião e voto. A transmissão da mensagem em prol da população, em dar voz a ela, defendendo a verdade, é o que move o jornalismo. Porém, como esses dois assuntos, juntos, movem uma sociedade?

O professor da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste e jornalista Homéro Ferreira defende que a política e a mídia são indissociáveis, embora cada uma tenha sua forma de atuação.

“Para o jornalismo, se há poder, a consequência é a de que existe dever. Quem dá o poder é o povo. Quem cobra o dever é a imprensa, a serviço desse mesmo povo”, discorre o docente.

Homéro já passou por diversas áreas da comunicação associadas ao governo. Trabalhou como repórter de editoria geral, na cobertura de eleições, esteve em eventos de posses de governadores, em encontros com Ulysses Guimarães, Mário Covas, Almino Afonso, Paulo Maluf, Geraldo Alckmin, FHC, Lula e Antônio Carlos Magalhães. Atuou ainda como correspondente de O Estado de S. Paulo, como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo e também como Secretário Municipal de Comunicação em Presidente Prudente.

Para Homéro, a comunicação é essencial para mostrar o certo e o errado, para cobrar o dever de quem está no poder e para empoderar as pessoas, dando para elas voz e vez. A neutralidade é um dos princípios que deve acompanhar os profissionais. “O jornalista pode contribuir com muitas transformações, sejam pequenas ou grandes, mas centrado na condução do seu ofício que exige isenção. Paixão política, cor partidária e ideologias políticos partidárias não cabem ao jornalista.”

A comunicação na prefeitura

O secretário de comunicação da Prefeitura de Presidente Prudente, Iury Greghi, ex-aluno de Jornalismo da Unoeste, conta que sua rotina de trabalho é intensa. “Preciso atender mais de 20 clientes, entre secretarias e coordenadorias, buscar divulgar ações de relevância para sociedade e cultivar a credibilidade da prefeitura. Nesse período de pandemia, esse trabalho ganhou um peso ainda maior, por informar os boletins diários e informações sobre a atuação da prefeitura no decorrer dessa fase”, ressalta.

Ele acredita que a política está em todos os âmbitos da comunicação. Ainda que o profissional atue como jornalista esportivo, por exemplo, em algum momento ele precisará ter conhecimento político para desempenhar sua função.

“Infelizmente ainda há muitos órgãos da administração pública e do poder legislativo que não conseguem ver e sentir a importância da comunicação nessa área. Muitos projetos que são desenvolvidos pelo poder público não teriam o impacto que tem na sociedade se não fosse o profissional de comunicação”, pontua Iury.

A assessora de imprensa da Prefeitura de Presidente Prudente, Ive Caroline, também compartilha que a política e a comunicação são inseparáveis, especialmente na era midiática e tecnológica em que se vive. Ela também foi aluna de Jornalismo da Unoeste, e trabalhou na comunicação da campanha eleitoral do atual prefeito de Presidente Prudente, Ed Thomas.

“Somos nós que ‘traduzimos’ as informações e levamos à compreensão do público. A percepção das pessoas é muito moldada pelas formas com as quais o veículo reporta as notícias e apresenta os fatos”, avalia Ive.

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