Comunicação, tecnologia e inovação são exploradas em palestra da Digitalk

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09/10/2020 às 11:30
Jady Alves, especial para o Portal Facopp0

Durante a palestra, a jornalista afirma que agora tem três fontes de renda: o trabalho como palestrante, o marketing e o trabalho como repórter (Foto: Captura de Tela)

Após quatro dias de palestras com alunos egressos dos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Fotografia, a Digitalk – Semana de Comunicação 25 anos Facopp chegou em seu último dia da 24ª edição.  A primeira palestra da noite (09/10) ficou por conta da jornalista Maria Ferri, esta que já atua no meio jornalístico há 20 anos.

A profissional deu início a conversa sobre “Comunicação, tecnologia e inovação” contando que ingressou na faculdade de Comunicação para experimentar o curso e que, na primeira semana de aula, apaixonou-se pela área. Inicialmente, sua vontade era ficar na parte de Publicidade e Propaganda e isso a fez estagiar por quase um ano no departamento de marketing da TV Fronteira.

Entretanto, após ser convidada para estagiar durante um mês no setor de jornalismo, encontrou o que realmente queria fazer. Ainda na mesma emissora, Maria estagiou por mais um tempo e, quando se formou, conquistou o próprio programa de entretenimento. “O palco é muito grande, cabe muita gente, tem espaço para você. Você não precisa brilhar sozinho”, disse ao afirmar que há um lugar no mercado de trabalho para todos.

Maria trabalhava como repórter local do Correio Brasiliense, em Brasília, e, após quatro anos, recebeu um convite para ser coordenadora de produção na TV Record, onde ficou por dois anos. A jornalista decidiu voltar para a reportagem, pois sentiu que seu lugar era nas ruas. Trabalhou no período na madrugada por um tempo, até que conseguiu emplacar uma reportagem em jornal nacional e virou repórter nacional por cinco anos.

Questionada sobre as maiores dificuldades de migrar da atuação local para a nacional, Ferri contou que teve muita dificuldade para entender de política e economia. “São assuntos que não tinha estudado até então. Para superar esse desafio, lia mais jornais impressos, ouvia comentaristas econômicos e de política para aumentar o meu conhecimento. Deu certo! Com a leitura e a persistência, consegui entender os assuntos e escrever as matérias com mais facilidade”.

MÍDIAS SOCIAIS

A jornalista contou que devido a um problema de saúde, pediu demissão do emprego em que estava e ficou afastada da profissão por um ano. Quando decidiu voltar, teve dificuldades de se recolocar no mercado, e, nesse período, as mídias sociais estavam em alta. Entretanto, o que era par ser um problema, acabou se tornando um incentivo, já que a partir disso, Ferrer decidiu se reinventar.

Maria fez diversos cursos e, entre eles, estudou neurociência dentro do marketing. Devido à facilidade com produção de texto, criação de conteúdo e posicionamento frente às câmeras, se especializou na administração de Instagram. A jornalista disse que é o profissional precisa ter conhecimento sobre todas as áreas, porém é preciso trabalhar focado em apenas uma, pois é a partir disso que ele ganha autoridade e executa trabalhos que dão resultados.

“As redes sociais são uma ferramenta que pode e deve ser usada em prática jornalística. O diferencial do jornalista nas redes sociais está na qualidade da mensagem, pelo bom texto e pelo compromisso social pautado na ética”, afirma o professor Homéro Ferreira.

Com as redes sociais, vêm a responsabilidade de uma boa administração das contas e, quando isso não acontece, o profissional pode ter a imagem manchada. Isso faz com que a situação não consiga ser totalmente revertida. “Sempre terá prejuízos à imagem e existem diversos advogados atentos para processar tanto empresas jornalísticas como jornalistas e influenciadores que não apuraram a matéria antes da publicação”, comenta Maria.

As inovações digitais trouxeram e ainda trazem possibilidades que ajudam a otimizar o tempo dos profissionais e torna o jornalismo mais dinâmico. Antes, o repórter ficava restrito à câmera do cinegrafista, mas agora passagens e entrevistas podem ser gravadas de qualquer lugar, basta ter um celular e uma conta numa plataforma de videoconferência. “Antes dessas ferramentas, tínhamos a limitação da distância, do deslocamento. Isso acabou”, acrescenta Maria.

MERCADO DE TRABALHO

Um dos pontos que mais foi citado no decorrer da palestra, foi o mercado de trabalho. Para alcançar a posição tão desejada, é preciso ter uma base teórica. Um bom profissional é aquele que, mais do que dominar a prática, tem ética.

“Acredito que a teoria aliada à prática seja o grande trunfo para a inserção no mercado de trabalho. Historicamente, os alunos com maiores índices de presença e com participação mais efetiva nas aulas são os que se dão melhor no mercado de trabalho”, pontua Homéro.

Em determinado momento, o estudante do 7º termo de Publicidade e Propaganda, Vinícius Meneguetti, perguntou o que um recém-formado precisa ter para ingressar no mercado profissional. Ferri respondeu que são necessárias duas coisas: network (ter uma rede de pessoas que atuam no mercado, tentar estágios, vagas, pequenos bicos) e mídias digitais fortalecidas (é necessário encontrar um propósito, algo em que a pessoa seja influência nessa geração e divulgar conteúdo). “Muitas empresas, no Rio de Janeiro, contratam ao olharem as mídias sociais das pessoas”, conclui a jornalista.

Por fim, Maria conta que foi uma honra contribuir para o crescimento profissional dos alunos e professores. “Nossas experiências sempre são códigos poderosos para mudar realidades, inspirar pessoas. Sei que a minha dificuldade ou sucesso podem servir de exemplo e inspiração para outras pessoas”.

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