De colegas a melhores amigas, descubra a força de uma união formada na faculdade

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

Caroline Araújo (repórter), Inês Becegato (repórter), Lorrayne Rosseti (produtora) e Vinicius Dalama (editor), especial para Escola de Comunicação
09/10/2023 às 19h

Milena, Helen, Ariane, Bruna e Isabela se conheceram durante a faculdade de Jornalismo em 2017 e até hoje são muito próximas (Foto cedida) 

Na vida acadêmica, frequentemente nos concentramos em notas, projetos e metas para ser atingidas. Entretanto, existe um elemento que muitas vezes é subestimado, mas que desempenha um papel crucial em nossa jornada educacional: a amizade. Na busca pelo conhecimento, não estamos sozinhos, os nossos amigos e colegas são uma parte valiosa durante essa fase. Que tal conhecer a importância da amizade no meio acadêmico? E em como ela pode contribuir para a vida pessoal e profissional? 

Os relacionamentos na faculdade são inevitáveis. Os trabalhos em grupo vão existir, o temido TCC vai chegar, e muitas outras coisas, mas com amigos essa experiência pode se tornar mais fácil. Como é o caso do grupo “Winx” ou “Mancuzetes” como se intitulavam as amigas Ariane, Bruna, Helen, Isabela e Milena, que se conheceram durante a faculdade de Jornalismo pela Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste em 2017. O que parecia algo comum, se tornou em uma amizade forte e que realmente iria seguir a famosa frase clichê “da faculdade para a vida”.

Você deve estar se perguntando o porquê do apelido de ‘Winxs’ ou ‘Mancuzetes’? Ficou curioso? Bom, a Milena Bispo explica que o nome veio graças ao professor Mancuzo, já que todas adoravam as aulas dele. 

O começo da amizade

Cinco meninas, mas cada uma com uma opinião diferente. Uma conexão que começou desde o início da faculdade, muito por se sentarem perto uma da outra ou pelo “destino” de as colocarem juntas nos trabalhos em grupo. O fato que ninguém discorda é o carinho e amor que sentem uma pela outra e como a amizade foi importante. 

“Sentávamos próximas umas das outras. A princípio eu tive mais contato com a Helen, que sentava na primeira carteira e eu atrás na segunda. Depois fui me enturmando com a Bruna e com a Milena. Por último, foi a Ariane porque ela entrou na faculdade um pouquinho depois que nós”, conta Isabela Souza.

Amizade que ultrapassou as paredes do quarto piso e se estendeu na vida pessoal de cada uma. Frequentando o mesmo curso e sendo da mesma sala, as meninas faziam as atividades mais diversas juntas, seja quando iam às festas, estudavam juntas, frequentavam as casas umas das outras, ou até mesmo nas reuniões de TCC, mas isso já conta outra parte da história. 

A Helen Gallis acredita que a amizade ficou ainda mais forte quando o grupo levou para fora da ‘facul’. “Com isso, nos tornamos uma família umas das outras, principalmente para as que moravam sozinhas.” 

Juntas no TCC

Agora vamos falar do famoso TCC e os conselhos que receberam dos professores que as alertaram e contaram sobre as possibilidades que o TCC em grupo de amigas poderia acarretar na amizade delas, já que todas são de personalidades fortes e algumas opiniões divergentes, mas que mesmo sabendo disso, preferiram correr o risco do que realizar o trabalho separadamente. Como diz Ariane Balbino: “nós fomos teimosas (rsrs), e no final, acabamos ficando ainda mais próximas e admirando ainda mais umas às outras”. 

Para aqueles que ainda não começaram os projetos de término de curso, ele é um projeto grande e que pode causar discussões, estresse e brigas, às vezes, irreparáveis. Mas apesar dos pontos negativos que poderiam ocorrer, Milena Bispo explica que “discutimos algumas vezes, mas a gente sabia que isso iria acontecer durante o processo, então sempre tivemos um diálogo aberto”.

“Quando ficávamos chateadas com algo, logo após a aula já mandávamos no grupo, engraçado que começava sempre do mesmo modo ‘gente, fiquei chateada com tal situação hoje’ e assim a gente se resolvia”, salienta Bruna Bonfim.

E foi com muito diálogo e respeito com cada uma, que o grupo entregou o TCC  “Elas que Lutam”, que se mantém vivo nas redes sociais até hoje. Esse foi um momento muito importante na vida delas, como diz Bruna. “A pré-estreia dos episódios do TCC, foi um momento em que representou o sucesso da nossa parceria, seja na amizade ou no campo profissional.” 

Força da amizade 

Helen diz que a importância das meninas em sua vida foi ‘ímpar’, já que se mudou para Presidente Prudente no segundo ano de faculdade para fazer estágio, enquanto sua família morava em Rancharia. “Minhas amigas viraram minha família. A família delas me acolheu e fez toda diferença para mim. Querendo ou não na vida acadêmica a gente tem vários altos e baixos, tem dias que a gente surta. Hoje somos formadas, eu sou casada, elas são minhas madrinhas de casamento, agora vou ser mãe e elas continuam acompanhando e vivendo tudo comigo.”  

Ariane explica que mesmo cada uma vivendo uma realidade diferente em suas profissões, no final, fazem parte de uma coisa só, já que sempre que podem conversar entre si e entender o que a outra está passando. “Eu duvidava que as amizades da faculdade fossem para a vida toda, mas hoje não vejo minha vida sem as meninas.”, conta Ariane. 

Já Isabela acredita que o grupo criou um laço forte que foi muito além do esperado, pois a maioria das amizades que tinha antes da faculdade não existem mais. “Com as meninas eu continuo tendo contato até hoje, participo e vibro com cada conquista delas. Tenho certeza de que será uma amizade para a vida toda, já até casamos a Helen e vamos nos tornar titias da Cecília [filha da Helen].”  

A amizade foi tão forte que o grupo se reúne em eventos, como no casamento da Helen (Foto cedida) 

Dica para futuras amizades 

E para quem deseja ingressar no ensino superior e sente um certo medo ou nervosismo por não conseguir fazer amizades, o grupo tem dicas para você.

Para Ariane e Isabela é simples: seja você e confie em si mesmo e no que está reservado para sua vida. As duas explicaram que também tinham o medo de não se sentirem parte de algo, além de se importarem em querer ser aceita pelas pessoas.

“Eu entendi que ser eu mesma me aproximaria de quem realmente importa. São muitas pessoas diferentes, de lugares diferentes, que vivem realidades diferentes, mas que, no final, buscam o mesmo propósito e, às vezes, estão vivendo até as mesmas dores que a gente. Sou grata a Deus todos os dias pelo meu grupinho que a faculdade aproximou e que hoje também faz parte da minha família”, diz Ariane. 

A Isabela procurou trabalhar a autoaceitação e pensar ‘quem tiver que estar comigo, vai estar’. “Então, você tem que confiar porque é assim que pessoas boas vão aparecer e assim se tornarem essenciais e presentes para o resto da sua vida. As meninas foram um presente na minha, e sou muito grata a Deus por ter colocado pessoas tão boas no meu caminho.” 

Já para Helen e Milena, é importante ficar tranquilo, pois sempre vamos achar alguém que curte as mesmas coisas. “Isso vai te fazer ter mais facilidade na hora dos trabalhos acadêmicos, podendo virar uma grande amizade”, diz Helen. 

“A faculdade é um lugar incrível se você tiver pessoas verdadeiras ao seu lado”, completa Milena. 

Para os que pensam que amizades na faculdade podem ser difíceis, Bruna diz: “confia no seu coração e tenta ser o apoio que você gostaria de ter para alguém.” 

Compartilhar as emoções da faculdade com alguém é bom, pois você terá uma pessoa nos momentos de glória ou nos perrengues, porque neste período que passamos as amizades que construímos podem ser levadas além das paredes do campus e depois dos quatro anos, elas ainda podem fazer parte de sua vida. 

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email
Escola de Comunicação e Estratégias digitais | © 2021 Todos os direitos reservados.​