Diário de bordo: saiba como foram os três dias de Intercom 2022 

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Abner de Souza, Rodrigo Gonçalves e Sabrina Vansella, especial para a Escola de Comunicação
14/06/2022 às 11h

Ao todo, sete trabalhos da Escola de Comunicação participaram da edição de 2022 do congresso, entre eles TCCs, trabalhos de disciplina e projeto integrador (Foto: Assessoria de Comunicação da Unoeste)

O Intercom Sudeste pode ter acabado, mas o Portal Escola de Comunicação tem mais uma surpresa para você! Preparamos um diário de bordo com cobertura completa e exclusiva sobre tudo o que aconteceu durante os três dias de congresso. Quem escreveu para a gente foram os finalistas do Expocom na categoria de fotojornalismo: Abner de Souza, Sabrina Vansella e Rodrigo Gonçalves, do 5º termo de Jornalismo. Vem conferir!

Primeiro dia – Apresentação do Fé-ito à Mão para o Expocom

Foi mais difícil do que imaginávamos colocar em palavras três dias de emoções e correria (muita!), mas é mais gratificante do que esperávamos representar a Escola de Comunicação e Estratégias Digitais. Mesmo sendo recente, o sentimento de nostalgia já começa a tomar conta de um momento que passou e não vai mais voltar. 

Se enganou quem imaginava que ir para Poços de Caldas (MG), poderia render uma calmaria e um descanso entre o fim de mais um semestre. Após muitos desencontros e falta de fé (logo nós que fizemos um trabalho sobre crenças) chegou o momento de entrarmos todos para a van no Campus 2 da Unoeste em Presidente Prudente (SP) e aguardar aproximadamente oito horas para chegar ao destino.

A caravana saiu de Presidente Prudente às 21h30 e chegou em Poços de Caldas às 6h do outro dia. Ao todo, o percurso levou cerca de oito horas de viagem (Foto: Cedida/Giovana Cunha)
A entrada da cidade mineira é demarcada por uma pequena construção (Foto: Matheus Santiago)

Antes disso, não poderia faltar uma despedida com o coordenador Tchiago Inague Rodrigues e um abraço da nossa orientadora professora Fabiana Alves, que conseguiu transmitir admiração e confiança antes mesmo de saber que nos tornamos finalistas na categoria de Fotojornalismo. 

Assentos escolhidos, cintos colocados e tanque cheio: hora de ir! Foi uma viagem tranquila com conversas empolgadas e alguns cochilos mais pesados, que foram interrompidos pela estrada sinuosa, com neblina e luz solar da manhã de um dia que prometia ser cheio e corrido. 

O check-in no Hotel Plaza estava marcado para o meio-dia, mas chegamos às 7 horas da manhã e precisávamos lavar o rosto e nos prepararmos para as primeiras apresentações. A ansiedade começava a tomar conta, mas o cansaço falava mais alto no caso de alguns. Após uma maquiagem improvisada para as meninas, uma passada de mão molhada no cabelo no caso dos meninos e uma roupa não tão ideal para aguentar o frio de 8ºC, chegou o momento de todos irmos até a faculdade PUC Minas Poços de Caldas e buscarmos as nossas credenciais para o evento.

Existe uma distância considerável entre o hotel até a faculdade PUC Minas Poços de Caldas, que é localizada em um alto morro. Por isso, o trajeto dentro da van proporcionou um pouco de cidade com arquitetura antiga em alguns prédios, praças, carruagens para turistas e pinheiros.

Debates sobre inclusão, fake news, extremismo político, entre outros são comumente pautados no congresso (Foto: Abner de Souza)

A apresentação do Fé-ito à Mão estava marcada para às 11h30, então, antes disso, tivemos a honra de assistir a palestra da jornalista Cristina Serra que compartilhou pensamentos importantes sobre a imprensa sob ataque da extrema direita. Logo após a palestra, chegou o momento de nos dispersarmos e ir em busca das salas para apresentação do Expocom. A regra era clara: quem não iria apresentar em determinado horário deveria dar um apoio para o colega. E assim fizemos até o horário da nossa apresentação ficar cada vez mais próximo.

O campus da PUC Minas Poços de Caldas é dividido em dois prédios, por isso foi necessário ter atenção e senso de localização para não se perder entre ele e, claro, andávamos como uma caravana!  

O nervosismo começou a tomar conta até entendermos que a apresentação era válida somente como classificatória para a final e não acrescentaria nenhuma nota ao trabalho. Após entrar na nossa sala de apresentação, vimos os principais concorrentes e seus trabalhos com discussões e ideias relevantes para nós, afinal, falávamos todos a mesma língua de comunicólogos.

Segundo dia – Oficinas, palestras e muito aprendizado

O segundo dia já começou como aquela expressão no “220 voltz” e não é uma hipérbole. Uma de nossas colegas de viagem acabou por perder o óculos durante uma sessão de fotos. Isso fez com que todo mundo se mobilizasse para encontrar o objeto, inclusive a professora Thaisa Bacco, que quase chegou a virar uma cama para conferir se lá estava. Por fim, infelizmente, não o encontramos e seguimos para a PUC mesmo assim, rezando para que isso não afetasse o desempenho da jornalista.

Chegando na universidade, nos dividimos em duas turmas, enquanto três alunos foram assistir uma palestra sobre marketing pessoal, o restante de nós fomos para a oficina intitulada de “Como criar histórias interativas”, ministrada pelo professor da PUC Minas Belo Horizonte, Marcelo La Careta. Lá aprendemos, resumidamente, como contar narrativas não-lineares que se alteram a cada escolha do usuário (basicamente, é a fundamentação para RPGs de mesa e games como Until Dawn e Life is Strange).

Além da internet, as narrativas interativas também estão presentes em livros, como explicou Marcelo (Foto: Marcelo La Careta)

Depois, no período da tarde, houve as apresentações teóricas dos três TCCs submetidos: o Margaridas, livro-reportagem que aborda temas relacionados à presença feminina nas redações do oeste paulista; o Religare, websérie sobre a adaptação das igrejas com a comunicação no período de pandemia; e, por fim, o Estrela da Manhã, documentário biográfico sobre o monsenhor Domingos Nakamura, que atualmente está em processo de beatificação. 

Durante as apresentações, frequentamos também uma oficina sobre narração jornalística e publicitária, como o também professor da PUC Minas de BH, Getúlio Neuremberg. Lá tivemos exercícios como aqueles que todos os jornalistas da Escola de Comunicação vão ter no terceiro termo. Aquecimento vocal, desaquecimento, melhor flexibilidade das palavras, entre alguns novos e outros que não vamos dar spoilers. Também fizemos alguns exercícios práticos que estimulavam tanto nossa memória quanto a prática com a improvisação. 

Terceiro dia – Tic-tac, o grande dia chegou

Bom dia, Poços de Caldas! Levantamos mais cedo que de costume nos últimos dois dias e acredito que não seria diferente devido às circunstâncias, tomamos aquele café da manhã reforçado, check-out feito, partimos novamente para PUC Minas.

Manhã de premiação, cidade da qual nunca havíamos vindo antes, dá para perceber que o nervosismo ia ser inevitável, né? A cada categoria e nomeação de vencedores, o frio na barriga aumentava, sabíamos que estávamos um passo mais próximo do veredito final.

A cada comemoração dos alunos de universidades diferentes, a tensão aumentava, mas a situação piorou quando vimos alguns trabalhos como “Estrela do Amanhã” e “Infância Roubada” não sendo os escolhidos. Isso mexeu muito conosco, pois sabíamos que eles tinham condições de vencer, eles mereciam, e mesmo assim não foi esse o resultado.

WikiPet foi um site colaborativo feito pelos alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, em 2021, durante o segundo termo do curso (Foto: Giovanna Guessada)

No meio de todo esse cenário, o momento mais fofo foi ver o “WikiPet” saindo vitorioso, foi merecido pelo empenho que cada um teve na produção e o resultado final foi perfeito.

Depois de várias categorias apresentadas, chegou a nossa vez, parecia que o tempo havia parado, estávamos confiantes, sabíamos que era possível vencer. Mas, em questão de segundos, o nervosismo foi embora e a decepção veio logo em seguida, não havíamos sido vitoriosos. A notícia demorou para processar em nossas mentes, cada um reagiu de uma maneira, mas o sentimento era o mesmo. 

Nossa Oferta foi um trabalho realizado na disciplina de Documentário, que está presente na grade do curso de Jornalismo (Foto: Giovanna Guessada)

No entanto, como um sopro de ânimo e esperança, o grupo da “Nossa Oferta” foi escolhido e a alegria tomou conta de cada um de nós. Gritamos por todos que não conseguiram. Vibramos como se a vitória fosse e era nossa. Afinal, vestimos a camisa por cada um que estava ali conosco. Somos Unoeste, somos jornalistas, somos os “elfos” (como diria o Tchi), somos vitoriosos. Depois de sessões de emoção que não paravam, a cerimônia de premiação, enfim, acabou.

Ao todo, a Escola de Comunicação conseguiu classificar dois projetos para a final nacional que ocorrerá na Semana da Pátria, sendo sediada em João Pessoa (Foto: Abner de Souza)

Posteriormente, resolvemos dar uma volta e conhecer alguns cantos da cidade. Primeiro fomos almoçar, precisávamos de energia para o restante do dia, era ainda 12h. Barriga cheia, ânimo revitalizado, embarcamos para a Fonte dos Amores, um lugar lindo, cheio de belezas naturais. Tiramos fotos, respiramos  ar fresco, demos muitas risadas e ainda paramos para fazer compras na lojinha local, com direito a uma paradinha no mercado municipal onde compramos diversos produtos da culinária local (queijos, pimenta, rapadura), simplesmente deliciosos. E não paramos por aí, o pessoal teve energia o suficiente para subir o morro, ir até o Cristo, tirar diversas fotos com uma vista paradisíaca.

Mas como toda boa história, tem que sempre ter um fim. Próximo às 18h, resolvemos embarcar de vez para o nosso querido oeste paulista, todos já estavam muito cansados, só queríamos chegar na nossa terrinha e tirar um sono bem reforçado. Durante a viagem de volta, muitos nem viram o trajeto, a cada piscada estávamos 60 a 100 quilômetros mais a frente. Algumas paradas aqui, outras ali, enfim chegamos em Presidente Prudente aproximadamente às 2h da manhã.

De modo geral, a experiência que tivemos foi algo sem igual, cada lugar, cada troca de ideias, cada esquina vislumbrada foi tudo necessário para nossa evolução como aluno, profissional e principalmente como pessoa. Sentimos honrados por ter tido essa oportunidade, esperamos que em um futuro próximo possamos ir novamente, juntos como sempre estivemos, representar a universidade mais uma vez e, dessa vez, trazer o prêmio para onde ele merece: para nossa casa.

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