Docente da Facopp defende dissertação de mestrado sobre inclusão na educação

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02/05/2019 às 17:00 – Atualizado em: 02/05/2019 às 18:33 
João Martins e Larissa Oliveira

A área da educação é muito abrangente e nada é mais inovador do que trabalhar mesclando tecnologia e inclusão. O professor da Facopp, Renato Pandur, recebeu o título de mestre com o trabalho:Indicadores para a construção de REA na educação superior em uma perspectiva de inclusão.

A dissertação tem como objetivo trabalhar com a tecnologia e a inclusão, elencar indicadores para que um educador do ensino superior consiga construir recursos educacionais abertos. “Minha pesquisa é focada no autismo, mas com um olhar inclusivo, ou seja, para todos, não só para o autista”, ressalta Pandur.
 
Segundo ele, a ideia inicial era trabalhar apenas com recursos educacionais abertos no ensino superior, mas pela questão de ter que dar aulas para um estudante com autismo, resolveu mudar o foco da pesquisa.
 
“Eu nunca tinha ministrado aulas para um aluno autista, e, com isso, fui tentar entender melhor esse universo, o que eu poderia fazer para ajudá-lo. Conversei com a minha orientadora e chegamos a conclusão de que poderíamos fazer uma dissertação, utilizando um recurso educacional ligado à tecnologia para auxiliá-lo na faculdade”, relata.
 
Ele comenta que sempre teve interesse na área de comunicação, mas o mestrado em educação fez com que fizesse uma análise comparativa. “Hoje eu vejo que a pesquisa na educação foi de maior relevância, pois potencializou a minha profissão como educador, diferente do mestrado em comunicação, porque me daria uma bagagem mais específica para uma área”, fala.
 
Pandur conta que, com o estudo, pôde ter um olhar mais amplo para desenvolver metodologias, conhecer políticas educacionais, além de entender como funciona não só uma disciplina, mas sua área de atuação.

“O mestrado em educação foi muito valoroso para mim, era uma coisa que eu não tinha muita ideia, então eu fico feliz de ter conseguido entrar e de ter seguido em frente”, afirma.


FORÇA E SUPERAÇÃO 

 
Para realizar grandes trabalhos, é necessário muito apoio de familiares e amigos. O professor explica que teve muita ajuda de sua esposa para desenvolver a pesquisa. “Ela me deu um apoio fundamental, eu falo que esse trabalho é um pouco dela também, pois praticamente escrevia o que eu pensava, já fazendo todas os cortes teóricos. E ela revisava e corrigia o texto, melhorando e colocando de uma forma mais científica.”
 
Sobre as dificuldades, ele diz que no final passou por uma situação muito difícil, já que seu pai tinha uma doença muito grave e precisava de cuidados. Lembra que foram três meses complicados, nos quais precisou dividir seu tempo entre: cuidar de seu pai, trabalhar e escrever a conclusão do mestrado.
 
“Havia dias em que eu ficava com ele e, entre uma troca e outra da alimentação, eu escrevia minha dissertação, tudo isso em casa e no hospital. Foram dias extremamente cansativos, tanto física como psicologicamente. Infelizmente, ele faleceu dia 9 de abril, poucas semanas antes de fazer minha defesa”, relembra Pandur.
 

TRAJETÓRIA E REALIZAÇÃO  

 
O professor Pandur é formado em Publicidade e Propaganda pela Unoeste, com especialização em Cinema e Documentário pela Faculdade Pitágoras de Londrina e é docente na Facopp desde 2002.
 
Entrou no programa de mestrado em Educação na Unoeste no final de 2016. Já em 2017, cursou as disciplinas como aluno regular do programa e, em 2018, desenvolveu sua pesquisa. Em abril de 2019 defendeu sua dissertação.
 
“Eu comecei no mestrado imaginando que era uma titulação comum, mas a ficha foi cair mesmo na minha banca de defesa, quando eu ouvi que estava recebendo o título de mestre. E eu entendi um pouco a importância disso tudo, de tudo o que passei. Me emocionei e fiquei muito contente e realizado”, finaliza.  

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