Da noite em baladas às tardes no parque e às atrações culturais, alternativas acessíveis garantem lazer para todos os gostos
Isabela Vicentin e Yasmin Silva
26/09/2025, às 18h

Há quem diga que o universitário vive sem dinheiro, e não é mentira. Mas você já se perguntou como se divertir sem estourar o orçamento? Em Presidente Prudente, dá sim para curtir sem grandes gastos. Com R$ 50 no bolso, é possível escolher entre se jogar no bar, ir à balada, aproveitar um rolê mais tranquilo ou apreciar uma atividade cultural.
O combo barzinho + balada segue firme no topo da lista dos estudantes. “Com R$50 dá pra se divertir tranquilo! No bar temos cerveja a partir de R$11,50 e espetinhos de R$10. Já na balada, a galera encontra promoções de drinks a partir de R$2,99 em horários especiais”, conta Lucas Noronha, gerente de uma boate e sócio-proprietário de um bar em Presidente Prudente. A estratégia funciona e a galera faz do bar o esquenta antes de cair na noite. Mas também há quem prefira optar por apenas um dos dois. O lema? “Nosso bolso, nosso guia”, brinca Noronha.
Se a ideia é ficar só no bar, a cidade também oferece opções acessíveis. “A gente trabalha com margem menor para atingir mais gente”, explica Laise Rocha, proprietária de uma espetaria.

O que fazer durante o dia?
Se a grana tá curta e a vontade é só relaxar, Prudente também oferece boas alternativas. O Parque do Povo é clássico, dá para reunir a galera, levar uns lanches do mercado e passar horas batendo papo. A estudante de Design, Thalita Quiroz, garante que até sem gastar muito o rolê rende. “Boas companhias não podem faltar. Já me encontrei várias vezes com amigos no Parque do Povo e nos divertimos muito. Com as pessoas certas, até sem dinheiro é bom”, afirma.
Outra opção são as cafeterias da cidade. “Gosto de sair para comer e, com R$50,00 dá pra aproveitar bem. Seja um doce em cafeteria, um açaí ou até comprar algo e levar para uma praça”, conta Jonathan Monari, estudante de Publicidade e Propaganda da Unoeste.

Arte e Cultura
Quem curte atividades culturais pode aproveitar o Sesc Thermas, que oferece teatro, shows e oficinas de arte, muitas delas gratuitas. O Centro Cultural Matarazzo também dispõe de espaços variados para tornar o fim de semana mais atrativo, como cinema, galeria de arte, biblioteca, ateliês, salas multiusos e estúdio audiovisual.
Para Jonathan, que prefere atividades culturais, essa é a melhor opção. “Gosto de apreciar teatro, música, artes visuais. É mágico poder refletir sobre a mensagem por trás de uma obra. Festas e baladas não me atraem, prefiro algo mais calmo”, conta.
Mas por que gastar menos em rolês é necessário?
E esse movimento de procurar programas baratos não acontece por acaso. Segundo dados do Serasa, o Brasil soma hoje 78,2 milhões de inadimplentes e 11,5% deste total tem entre 18 e 25 anos — justamente a faixa etária que mais frequenta bares, baladas e atividades culturais. Para muitos jovens, equilibrar as contas do mês e ainda reservar um valor para o lazer é um desafio.
“A falta de dinheiro ou dívidas atrapalham bastante, porque geram preocupação e fazem eu priorizar contas e responsabilidades ao invés de pensar em lazer. Acabo sentindo culpa ou insegurança de gastar quando tenho outras pendências financeiras. Já deixei de sair ou participar de rolês por falta de dinheiro, pois às vezes não consigo arcar com transporte, alimentação ou entrada, e prefiro evitar constrangimento ou gastar o que não tenho”, conta a estudante de Publicidade e Propaganda, Manuela Amaral. Nesse cenário, alternativas de até R$50,00 fazem diferença, já que permitem aproveitar a cidade sem comprometer o orçamento.
Benefício
Agora vamos aos “refrescos”! Desde o início desse ano, o transporte coletivo de Presidente Prudente passou a ser gratuito aos finais de semana. A medida, criada para facilitar a mobilidade, rapidamente ganhou a simpatia da população e virou um diferencial.
Atualmente, aos finais de semana, funcionam 20 linhas durante todo o dia aos sábados e mais sete linhas que rodam até o horário do almoço; aos domingos, 13 linhas circulam o dia inteiro e outras quatro até o meio-dia.
Na prática, isso significa economia. O dinheiro que antes era gasto com passagem agora pode virar ingresso de cinema, um lanche no fim do dia ou até uma visita a espaços culturais. Famílias, jovens e até turistas de cidades vizinhas passaram a se beneficiar dessa facilidade, deixando os rolês mais acessíveis.





