Empreendedorismo jovem cresce no país mesmo no cenário de pandemia

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14/05/21 às 16h35
Elisangela Lucas e Graziela Moitinho, especial para Escola de Comunicação

 “A partir do momento que eu inspiro uma outra pessoa a lutar por algo assim como eu estou lutando isso me torna um empreendedor”, afirma Juan (Foto: Cedida/Juan Gonçalves)

De acordo com dados da Carta de Conjuntura divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2020, os trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos foram os que mais perderam seus empregos no cenário da pandemia no Brasil. Em contrapartida, os dados mostram também que nunca se registrou tantos empreendedores. Aproximadamente, houve um crescimento de 15% em comparação ao ano anterior, com destaque principalmente para os jovens.

Nesse contexto, pode-se pensar o quanto é importante o empreendedorismo na vida de um desempregado, pois, além de iniciar um novo negócio e uma renda, ajuda também na percepção do mundo socioeconômico.

O aluno Juan Gonçalves, do 7º termo de Jornalismo, ainda lembra do dia que foi mandando embora de seu estágio com o motivo da crise da pandemia. Contudo, ele não abaixou a cabeça e começou a pensar numa nova forma de ganhar dinheiro. Com inspiração em seus pais que já foram comerciantes, resolveu montar uma marca de roupas masculinas.

“Lembro que fui na loja de tecido e escolhi um tecido preto para fazer uma regata, pra ver se ficaria bom. Aconteceu que, graças a Deus, deu tudo certo e comprei mais sete cores e diferentes de tecido. Fiz oito regatas ao total e essas foram as minhas primeiras peças fabricadas. Aí montei uma coleção com o nome ‘Urbano’ que foi a minha primeira coleção de verão”, conta.

Juan conta que não foi fácil – e que ainda não é – ter o seu próprio negócio, pois fabrica todas as suas peças do zero. “Desenho da peça, escolha do tecido, depois o corte, costura, pregar o brasão, fazer fotos, então tem todo um processo, que no caso não são fáceis por trás de cada peça fabricada”. No entanto, ele se sente realizado com seu novo trabalho. “Com toda certeza eu me vejo feliz nesse novo trabalho, porque é algo que eu sempre quis fazer, que era vender, empreender, criar peças para o público masculino.”

DICAS

Sentiu-se motivado a começar empreender? Aí vão algumas dicas que Alexandre Bertoncello, PhD em Economia e professor da Unoeste, dá para quem quer dá o primeiro passo em um novo mercado:

  • Não se arrisque ou não invista naquilo que você não conhece.
  • Estude bem o setor que você quer entrar, antes de empreender.
  • Observe o rendimento e o retorno desse negócio.
  • Perceba como se comportam os consumidores e os concorrentes desse empreendimento.
  • Note tudo que é feito e faço algo novo. As chances de sucesso são maiores.

Bertocello também explica que há quatro tipos de empreendedorismo. Existe o clássico, aquele que o indivíduo cria algo novo. O intraempreendedorismo, segundo o professor, é o mais comum para jovens, uma vez que ele parte de um crescimento dentro da própria empresa em que ele trabalha, partindo de uma atitude proativa. “Entrar numa empresa e não dá o máximo por não ter a visão de crescer na empresa, pode ser um grande problema”, explica.

Já o empreendedorismo de necessidade é aquele que a pessoa perde o emprego e precisa empreender para ter um novo ganho. Como exemplo, Bertocello cita empresas que apareceram no país fazendo marmita. “Não é que as pessoas tinham o sonho de fazer a marmita, mas simplesmente era o modo mais fácil de elas conseguirem criar algum tipo de renda”, expõe.

Por fim, há o empreendedorismo por oportunidade. Este parte de pessoas que conseguem ter uma visão acima da média, observam problemas que ainda não foram resolvidos na sociedade e investem para conseguir melhorar aquela condição, criando assim grandes empresas. “Assim aconteceu com o grupo Pão de Açúcar, com o Bradesco, com a Latam.”

IDEIA DA REDAÇÃO

Para você que ainda se sente um pouco perdido e não tem uma ideia muito concreta de como começar, vale a pena assistir o Programa Shark Tank Brasil. Ele apresenta empreendedores, principalmente jovens, que querem conseguir um sócio para suas ideias e negócios. Contando com a participação de João Apolinnário, dono da Polishop, Caito Maia, proprietário da Chilli Beans, Camila Farani, a maior investidora anjo do país, entre outros.

O programa vai ao ar toda sexta no canal Sony às 22h e também no Youtube a partir do canal “Shark Tank Brasil”.

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