Entenda a metodologia do Vira Galo, um dos projetos da Escola de Comunicação

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Rayane Pedroso e Vinícius Antunes
23/06/2022 às 14h

Se você já deu uma olhada nas matérias aqui do site, percebeu que a Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste se desenvolve na prática de trabalhos, projetos e ações no decorrer dos cursos. Essas atividades são fruto da teoria vista pelos alunos, com a oportunidade de conhecer melhor o mercado de trabalho e reconhecer suas habilidades. Um desses projetos é feito em todo 7º termo de Publicidade e Propaganda há seis anos: o Vira Galo. Vamos conhecer?

Como surgiu?

De acordo com a professora e supervisora geral do projeto, Mariangela Fazano, o projeto “surgiu da necessidade de adequar a grade curricular do curso, que era fragmentada e verticalizada, às novas demandas do mundo do trabalho, que permeiam características como capacidade de liderança, capacidade de tomar de decisões, saber trabalhar em equipe, ser colaborativo, empreender ideias e ações, saber se comunicar bem em qualquer situação”. As demandas do mercado profissional da contemporaneidade fizeram que um novo contexto de ensino e aprendizagem fosse desenhado para o 7º termo do curso de Publicidade e Propaganda da Unoeste.

Para iniciar, todas as disciplinas do semestre são envolvidas no projeto:

  • Pesquisa de Mercado e Planejamento de Comunicação, com o prof. Diego Saraiva;
  • Marketing e Marketing Digital, com a profa. Priscila Guidini;
  • Mídia, com o prof. Matheus Monteiro;
  • Criação – Produção Audiovisual, com o prof. Renato Pandur;
  • Criação – Direção de arte, com o prof. Haroldo Filipi; e
  • Criação – Redação Publicitária e Copywriting, com a profa. Mariangela Fazano.

Por que fazer o projeto?

O objetivo do Vira Galo é desenvolver estratégias publicitárias e mercadológicas para problemas de comunicação de instituições do Terceiro Setor, bem como:

  • Refletir sobre uma situação problema relacionando teoria e prática, tendo como base a interdisciplinaridade, a aprendizagem baseada em projeto e a abordagem construcionista, contextualizada e significativa;
  • Integrar conteúdos disciplinares para solução de problemas mercadológicos e comunicacionais; e
  • Promover por meio da investigação de variantes as competências adequadas ao exercício da profissão. 

A professora Priscila Guidini explica que os estudantes passam por sua disciplina no início do projeto, compreendem qual o foco do cliente atendido e o que desejam mostrar para o público, para assim, montar o planejamento que norteará a prática. “Os alunos entendem o posicionamento de marca da empresa, seus diferenciais e definem a estratégia, para então partirem para a comunicação”, afirma.

O professor de pesquisa de mercado, Diego Saraiva, explica que em sua disciplina os estudantes precisam identificar os problemas de comunicação na empresa trabalhada para conduzir todo o planejamento a partir desse ponto. Para ele, é um trabalho muito importante, pois exige interação e união entre teoria e prática.

Saraiva afirma que essa é uma oportunidade de conhecer todos os processos necessários na realidade da profissão. “Isso proporciona uma troca incrível, não somente entre os alunos, mas também os professores, que trabalham em equipe a todo momento”, declara.

Por que Terceiro Setor?

A responsabilidade social e ética das organizações de Terceiro Setor sugere a necessidade de comprometimento dos alunos e possibilitam a eles um contato, crescimento e desenvolvimento pessoal. 

Aluno do 7º termo deste ano e que está contribuindo para o projeto, Maurício Saraiva diz que em Presidente Prudente e região ainda há um certo preconceito em relação ao Terceiro Setor. A Casofa, por exemplo, instituição escolhida para ser trabalhada no projeto de 2022, é mal vista, às vezes, por conta da sua localidade, um lugar onde as pessoas enxergam como violento e perigoso. “Tem também a questão de trabalho voluntário, ao que é gratuito, que pode ser visto como serviço mal feito, o que não é verdade”, aponta.

Ligando também ao seu aprendizado pessoal, Maurício reforça o quanto esse contato traz esperança e motivação para fazer o mesmo e ajudar o próximo.

“Pudemos testemunhar o empenho de muita gente que acorda cedo, que dedica seu tempo, que perde compromissos, por causa do amor. Pessoas que trabalham juntas e buscam o bem do outro, por causa do amor e da caridade“, reflete Maurício

Nesses anos de ação, o projeto já atendeu muitas intituições prudentinas do Terceiro Setor, como:

  • Parque Aquático da Cidade da Criança;
  • Fundação Inova Prudente;
  • Associação Filantrópica aos Cegos;
  • Lar Santa Filomena;
  • Lar dos Meninos;
  • CPIDES (Centro de Promoção para a Inclusão Digital, Escolar e Social), departamento da FTC/Unesp de Presidente Prudente;
  • Sistema Órion da Polícia Militar;
  • Fundação Mirim de Presidente Prudente;
  • Fundo Social de Presidente Prudente, e
  • CASOFA (Casa da Sopa Francisco de Assis)

Resultado

Ao fim de cada ano, o professor Renato Pandur acredita que os alunos saem com a percepção da realidade de mercado. “Neste projeto é muito comum haver mudança de rotas e ajustes durante o processo, o que não é muito diferente de um projeto real de comunicação. Nesse sentido os estudantes podem desenvolver essas habilidades ainda no campo educacional que, para quando estiverem de fato vivenciando uma realidade de mercado, saibam no mínimo receber bem esse tipo de situação e, principalmente, resolver. Afinal, publicitários essencialmente resolvem problemas”.  

O contato com os projetos anteriores, ao ver de Pandur, desafia os alunos a pensar mais, elaborar coisas novas, elevar o nível do trabalho, e isso é o que diferencia o desempenho de uma turma para a outra. 

Sarah Campos, também da turma responsável deste ano, acredita que é muito importante dividir o projeto em várias etapas para conseguir tratar de cada problema e objetivo a ser atingido de maneira específica e certeira. “Como futura publicitária, para mim, é de extrema importância entender todas as etapas que uma agência possui e o que é trabalhado em cada uma”, destaca.

Assim como concorda Guilherme Withana, outro aluno da turma. Ele conta que o Vira Galo é uma oportunidade de colocar os aprendizados em prática, pois aplica os conhecimentos de várias disciplinas em um único projeto, como o mercado de trabalho exige.

Withana relata que o planejamento durante a realização é de extrema importância, pois somente com uma organização clara e objetiva, o resultado será satisfatório. Explica que dificuldades podem surgir quando se envolvem muitas pessoas, mas devem ser superadas. “Conseguimos vencer essas dificuldades com a ajuda dos professores e terminamos o projeto”.

Imagem: Instagram Escola de Comunicação
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