Cantando junto? A importância das músicas nas partidas esportivas

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

Ana Laura Rena, Rayane Pedroso e Sara Sant´ Anna Silva
18/12/2022 às 11h

Arte: Matheus Rossetto

Você gosta de esporte, assiste jogos e grita na euforia do momento? Quem vive neste meio sabe o quanto esses instantes são embalados sonoramente, em especial pelas músicas. Algumas como “É uma partida de Futebol” da banda Skank, que marcou a Copa do Mundo de Futebol de 1998, “Waka Waka” da Shakira, na Copa de 2010 ou “We are one” performada por Cláudia Leitte, Jennifer Lopez e Pitbull na Copa de 2014, marcaram as partidas e ficam ainda na memória de muitas pessoas.

Para o músico e produtor musical, Junior Coelho, as músicas são importantes para complementar as sensações do que é assistido no momento, servindo como uma forma de memória afetiva. Ele destaca que em tais momentos são exploradas a combinação de três funções dos acordes musicais: a preparação, que introduz o ouvinte para o momento de tensão, segunda função citada, quando a música fica tensionada e o ouvinte pressionado em suas emoções, causando por fim um relaxamento, que leva a um ambiente confortável para emoções humanas.

Tendo um artista feito sucesso no meio esportivo, de acordo com o produtor, sua música alcançará diferentes locais e passará, então, a ser mais conhecido profissionalmente, como, por exemplo:

País do Futebol, resultado da parceria de Mc Guimê e Emicida, lançada em 2014, e que tocou em todas as rádios durante a Copa do Brasil.  

Wavin’ Flag de K’naan, lançada em 2009, fez sucesso ao ser escolhida pela Coca-Cola para trazer um sentido de nacionalismo ao balançar as bandeiras e enaltecer as nações!

Billie Jean de Michael Jackson, lançada em 1982 e performada na final da NFL em 1993, pouco depois da introdução de shows musicais no evento.

O Tik Tok pode ajudar?

Júnior comenta que a rede social Tik Tok pode beneficiar na publicidade desses artistas, mas também descartar rapidamente “pílulas”, pedaços musicais descartáveis e substituíveis que unicamente ganharam fama, como uma “produção de esteira, de fábricas, que vai caindo tudo dentro de uma caixa”. Assim, reforça que, nesse ambiente, dentro de um ano as músicas são esquecidas e substituídas. 

No entanto, os artistas sabem desse fato e aproveitam, afinal, segundo Junior, quando um músico lança um trabalho, ele irá focar em uma música para divulgação, o direcionamento da campanha será para uma composição específica. Ele lembra que em tempos distantes, antes do Spotify e do Youtube, existia o fenômeno do CD e, quando produzido com treze ou quatorze faixas, os artistas sabiam quais seriam as mais escutadas, em que deveriam investir. 

Produção audiovisual televisiva 

Paralelamente, reforçando as palavras de Coelho, Thaisa Bacco, professora dos cursos da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, fala sobre a relação da musicalidade com as finais de campeonatos, copas mundiais, chamadas e aberturas. Para ela, áudio e vídeo são complementares na produção audiovisual televisiva. Contudo, quando não são usados em sincronia, levam o espectador a mudar de canal ou simplesmente mudar sua atenção, portanto, para uma boa audiência, uma narração bem produzida deve estar presente.

Thaisa explica que no Brasil não há necessariamente uma prioridade de partidas com apresentações musicais na TV, mas que em outros países isso é fato.

“Já assisti a jogos de basquete da NBA presencialmente nos Estados Unidos. A abertura dos jogos, com os shows musicais e torcidas é simplesmente contagiante. Não tem como não curtir.” 

Além disso, eventos como esse geram benefícios para a própria emissora, como a NBC, emissora que recepciona a final da National Football League (NFL), que segundo a CNN, em 2022, arrecadou uma grande audiência com cerca de 100 milhões de telespectadores, além de 7 milhões de dólares faturados com a venda de vários anúncios de 30 segundos. 

Pois é, nessa parceria todos os lados podem se beneficiar, inclusive telespectador, afinal, a música é uma boa companhia em todos os momentos. O que você achou das apresentações da Copa do Mundo deste ano? Algum conseguiu superar o Waka Waka?

Relembre algumas músicas que marcaram no esporte ao longo dos anos:

Veja outras matérias da série “Esporte na tela”:

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email
Escola de Comunicação e Estratégias digitais | © 2021 Todos os direitos reservados.​