Essa sou eu: a resiliência diária das mulheres em busca de respeito e equidade

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Rayane Pedroso
08/03/2023 às 14h

Arte: Vinícius Ferreira/Agência Lab

“Quando a gente celebra o dia da mulher, a gente precisa lembrar que a mulher precisa ser comemorada, porque ela não está em equidade com os homens socialmente.”

Esta é a percepção de Fabiana Alves sobre o Dia Internacional da Mulher. A professora da Escola de Comunicação, jornalista e historiadora enxerga a data como uma comemoração, não só por ser mulher, mas pelas lutas e batalhas que ao longo da história foram enfrentadas e não totalmente vencidas ainda. “Não estando em uma situação de equidade, a mulher precisa batalhar mais. Ela tem outros desafios, ela tem outras dores, que a maioria do mundo desconhece”.

A comemoração, reflete Fabiana, passa pela lembrança de todos os feminicídios, pelas violências, pelas lutas no mercado de trabalho, por direitos iguais, pelas mulheres que já batalharam e que representam tanto. “É um dia de comemorar, mas também de não esquecer.” 

Pontuar uma conquista marcante na história da luta feminina é difícil. Fabiana acredita que as conquistas são diárias e a cada simples atitude ou situação em que uma mulher consegue ser reconhecida é mais um passo avançado. “Nem todas as grandes conquistas precisam ser revolucionárias. Em uma redação, você cobrir uma pauta supostamente masculina já é uma conquista”, exemplifica.

A mulher comunicóloga 

Seu maior desejo como mulher na sociedade se resume em respeito. Para ela, o respeito é o primeiro passo para que não só as mulheres, mas todas as minorias, consigam seu espaço, seus direitos, possam se sentir tranquilos em se impor e expor suas opiniões. “Com respeito a gente chega na equidade”. 

Historicamente, Fabiana explica que o papel da mulher na comunicação cresceu, mas ainda é um espaço de conquista. Para ela, o mercado já tem aceitado e trabalhado com mais mulheres, já são mais respeitadas e incluídas. Porém, ainda necessita de luta, por papéis de chefia, salários iguais, mesmo direito a voz. “Temos grandes mulheres, mulheres fortes que vão continuar batalhando para que esse espaço se consolide e se amplie, mas ainda é uma luta contínua, não pode parar.”

O desejo e conselho de Fabiana para as mulheres da Escola de Comunicação é resiliência. Para ela, esta é uma necessidade para a sobrevivência humana. A docente complementa que entender os momentos de sofrimento e respeitar seu próprio espaço é importante, mas levantar e voltar à luta é essencial. 

“Quando a gente celebra este dia de homenagens às conquistas, a gente só pode falar delas porque alguém resistiu, porque alguém se levantou no outro dia e voltou para se impor.”

FABIANA ALVES

Para não esquecer e em homenagem a todas mulheres, especialmente as comunicadoras do Brasil, a equipe do Lab Imprensa produziu um especial com três histórias fortes, que representam, inspiram e marcam vidas. Afinal, hoje é de relembrar suas lutas e comemorar suas conquistas. Confira!

“Eu caminhei por vários caminhos, tudo que eu pensei em fazer, fui fazendo.” 

Nair Benedicto

“Sou rebelde! Ninguém vai me dizer como tenho que viver.”

Glória Maria

“A mulher tem que estar em lugares onde seu protagonismo seja visto e possa ser festejado.”

Joanna Monteiro
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