03/09/2018 às 15:48 – Atualizado em: 06/09/2018 às 12:16
Larissa Biassoti
Marlene Reverte
Assuntos atuais, diversas visões sobre um único tema e desenvolvimento da criticidade. Esses foram pontos trabalhados pelos estudantes de Publicidade e Propaganda no bate-papo conduzido pela pedagoga e doutora em Educação, Danielle Santos sobre diversidade no dia 14 de agosto.
A conversa foi direcionada aos alunos do 7º e 8º termo do curso, já que este ano vão realizar o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e também aos estudantes do 2º termo, pois vão ser os próximos a fazer a avaliação. Entretanto, o Auditório Buriti estava aberto a todos que tivessem interesse em participar.
O debate era livre, apenas estava dentro do contexto de uma portaria que o Enade divulga de temas transversais que possivelmente pode cair na prova, de modo que foi aproveitado o assunto que é pertinente para gerar discussões.
O diálogo foi feito entre as professoras da Facopp, Mariangela Barbosa Fazano, Priscila Guidini, a convidada da noite e os discentes presentes.
“A Danielle trouxe um conteúdo sobre inclusão e diversidade bem abrangente e nós trouxemos o contexto que ela propôs para a Publicidade, principalmente nas campanhas, as que são bem sucedidas e outras que são mal sucedidas por usarem as diferenças apenas como uma tendência”, fala Mariangela.
A professora fala também que o publicitário é um formador de opinião, porque ele é produtor de conteúdo, então a mensagem publicitária reflete na sociedade, o que se faz necessário ter cuidado, saber tratar desse assunto que sempre existiu, mas não era tão falado, com coerência.
PARTICIPANTES
“O bato-papo por ser descontraído, tira a ideia de obrigatoriedade em aprender sobre o tema sem que deixe de ser tratado com seriedade e respeito. Torna mais íntima a relação de troca de conhecimento e ajuda a melhorar na interação o que prende a atenção”, defende Karen Fernanda Fernandes, que está na reta final da graduação. Para ela, é de extrema importância discutir a diversidade dentro da Publicidade.
Tudo que é produzido dentro da profissão se baseia no argumento dos publicitários, de modo que reflete na imagem, contexto e comunicação. Segundo Karen, por isso a aluna acha necessário que haja o entendimento de que cada pessoa é diferente, para que assim seja possível lidar com elas de maneira inclusiva.
João Victor Santos também está no 8º termo e fala que quanto mais o público se reconhecer nas campanhas, mais apresso elas vão ter, porém deve se ter um limite. “O discurso precisa ser verdadeiro é relevante, até porque a audiência está cada vez mais crítica e exigente. Se uma marca entra nesse modismo de diversidade de forma ‘forçada’, automaticamente o público a rejeita”, afirma.
Já para a aluna do 2º termo Fernanda Simões, o mais interessante desse tipo de conversa é que vai além de dados e gráficos. “Nós vemos fatos reais, histórias, o que existe por trás daqueles números, nós sabemos que muitas pessoas sofrem bullying diariamente ou já sofreram, mas isso às vezes não impacta a sociedade, quando você o que ela sente, pensa e passa, a gente se coloca no lugar o outro, aprende como humanizar e leva isso para a vida”.
E O ENADE?
Expectativa alta, ansiedade, tranquilidade e medo. Todos esses sentimentos fazem parte dos discentes que se preparam para realizar o Enade, mas que apesar de tudo, veem como uma oportunidade.
Karen Fernandes para resumir o que pensa sobre essa avaliação cita o escritor Peter Drucker: “O maior benefício de treinamento não vem de se aprender algo novo, mas de se fazer melhor aquilo que já fazemos bem”. Para ela, se preparar para gerar bons resultados é fundamental.
A estudante acredita que fazer a prova é uma forma de relembrar tudo o que foi visto durante o decorrer do curso e que isso a faz estar mais preparada para o mercado de trabalho.
Já Fernanda demonstra satisfação por poder participar dos bate-papos, pois pode se familiarizar com as temáticas que são abordadas atualmente. “O Enade pode nos ajudar até mesmo em processos seletivos, porque o conteúdo vai estar fresco na memória e é muito provável que saibamos responder a qualquer coisa que for perguntada”, comenta.
Adquirir mais aprendizado é o foco do João, tanto conhecimento profissional quanto técnico da área. “Vou fazer o meu melhor e torcer por um bom resultado!”