Estudantes e profissionais de comunicação apostam no trabalho freelancer

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11/05/2020 às 09:30
Izabelly Fernandes e Noemi do Prado

Mesmo empregado, Luciano ainda faz alguns trabalhos freelas como forma de complementar a renda (Foto: Cedida/ Arquivo Pessoal)

Você já ouviu falar sobre o freelancer? O termo vem do inglês para definir o profissional que fornece serviços de modo autônomo para diferentes empresas ou pessoas, por determinado período de tempo e sem vínculo empregatício. Ele consegue guiar os trabalhos com a precisão e de acordo com as demandas dos próprios clientes. Diferente do profissional autônomo que não necessita de formação na área que atua e trabalha com o conhecimento prático, o freelancer na maioria das vezes deve possuir diploma de ensino superior, ou cursos de qualificação.

Com base nos dados do levantamento nacional sobre o mercado freelancer feito pela empresa de marketing de conteúdo Rock Content, dos 4.290 participantes da pesquisa, 71,9% já foram ou ainda são freelancers, sendo 34,6% pertencentes às áreas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Comunicação Social.

Caroline diz que uma das desvantagens do trabalho freelancer é a concorrência (Foto: Felipe Piquione)

De acordo com a jornalista e ex-facoppiana Caroline Luz, que trabalha produzindo conteúdo para web, os profissionais e os universitários investem em freela (apelido conhecido popularmente no Brasil) por dois motivos: para aprimorar o portfólio no início da carreira e para complementar renda. Ela acredita que essa é uma boa oportunidade de crescimento, mas que só funciona quando se trabalha ao lado de alguém que possa orientar. “O freelancer pode criar uma rede de contatos muito boa que pode durar a vida toda. E se ele realiza um bom trabalho, as pessoas passam a indicá-lo”, defende.

Caroline ainda explica que uma das vantagens do trabalho freela é uma maior liberdade em consideração às relações empregado/empregador, além de que o profissional pode precificar o próprio trabalho. No entanto, como desvantagem, ela destaca que, sem dúvidas, é a concorrência.

Na prática

Isadora afirma que o freelancer é uma forma de renda mas que mantém o profissional atrás dos holofotes (Foto: Cedida/ Arquivo Pessoal)

Para a fotógrafa autônoma e facoppiana, Isadora Crivelli, o freela é, antes de tudo, um ótimo espaço para quem está ingressando na área que deseja. “Fotógrafos mais experientes precisam de assistentes para otimizar o seu tempo de produção. Quem não tem espaço precisa aprender que só assim começa criar seu nome no mercado, o que é demorado e difícil, tanto no repertório quanto no aspecto econômico”, orienta.

Isadora diz que esse espaço é ótimo para experiências e aprimoramento do portfólio, porém não gera muito reconhecimento. “Nenhum fotógrafo se mantém como freela a vida inteira, pois não é gratificante. É uma forma de renda, mas que neste caso te mantém atrás dos holofotes”, complementa.

O assistente de arte e facoppiano do curso de Publicidade e Propaganda, Luciano Vieira, diz que a expectativa quanto ao trabalho freelancer não pode ser considerado um escape, pois aquilo que para algumas pessoas é apenas um acréscimo na renda, foi o que o manteve durante dois anos. Hoje, ele está empregado em uma instituição de ensino privada, dentro da área que está se profissionalizando, mas continua oferecendo serviços freela para clientes.

“É uma rotina cansativa sim. Para quem estuda, mais ainda. Tem muita coisa que você pode viver que é boa, mas também tem muita coisa ruim”, afirma Luciano. Ele completa dizendo que o trabalho freelancer pode ser incerto, mas, em comparação, um trabalho registrado também pode ser considerado dessa forma, pois a diferença é que, quando o trabalhador se desligar da empresa, ele terá um acerto em relação ao tempo trabalhado, diferente do freelancer.

Dicas

A jornalista Caroline Luz orienta sobre alguns pontos que podem ajudar na boa atuação do freelancer:

– Compromisso com os prazos estabelecidos;

– Formação continuada com cursos online (há diversos disponíveis e gratuitos);

– Ter flexibilidade e conhecimento sobre a área que pretende atuar, além da pró-atividade de pesquisar sobre aquilo que não conhece;

– Autovalorização do trabalho que realiza;

– Não tentar abraçar o mundo, saber seus próprios limites;

– Organização;

– Manter contato com o cliente, solicitar feedback.

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