Estudantes registram histórias dos moradores de rua de Prudente

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19/06/2017 às 09:00 – Atualizado em: 28/06/2017 às 09:40 
Alexandre Carvalho e Sandra Prata

Leonardo Cardoso

Imagem Notícia
O trabalho final contou com 12 histórias e 49 fotografias selecionadas para compor o fotolivro

 A Praça Nove de Julho foi o local escolhido para banca de defesa pública do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos estudantes do 8º termo de Jornalismo Amanda Rocha, Andrey Franco, Camila Rocha e Fernanda Lupion, intitulado “Eu não sou da sua rua: registro e fotografia dos moradores de rua de Presidente Prudente”, realizado na quarta-feira (14/06).
 
O projeto, orientado pelos professores Maria Luísa Hoffmann e Roberto Mancuzo, abordou, através de um fotolivro, histórias de pessoas vivem em situação de desabrigo e necessidades em Presidente Prudente. Os professores Fabiana Alves e Rubens Cardia integraram a banca avaliadora. A apresentação contou ainda, com a presença dos personagens do fotolivro.
 
O livro surgiu como ideia da estudante Amanda Franco, que em conjunto da aluna Fernanda Lupion, sempre se interessaram pelo jornalismo humanizado. De acordo com outro integrante do grupo, Andrey Franco, a principal dificuldade encontrada foi o primeiro contato com essas pessoas. “No começo eles ficaram muito desconfiados, olhavam para a gente e pensavam o que estavámos querendo aqui.”
 
Para a produção do Fotolivro “Eu não sou da sua rua”, Andrey conta que foram mais de 50 pessoas entrevistadas, mas que nem todos quiseram aparecer ou se aprofundar muito sobre a sua vida. Dentre todos os entrevistados e das 4.500 fotos produzidas durante dois meses, foram selecionadas 12 histórias e 49 fotografias. Cada personagem possui quatro imagens e um texto de perfil jornalístico.
 
Em relação aos orientadores, o recém-formado jornalista ressalta a importância deles para a conclusão desse projeto.  “A Malu é minimalista para cada detalhe, o Mancuzo deu uma atenção total e uma visão diferente que ainda não tínhamos. Então a gente tem um pai e uma mãe dentro desse trabalho”, afirma.
 
Segundo Roberto Mancuzo, professor e orientador, é importante levantar discussões sobre o assunto. “Quando nós pensamos no trabalho não queríamos somente documentar a situação mas também mostrar uma realidade muitas vezes ignorada”. Para ele, colocar o jornalismo neste patamar é utilizá-lo como processo transformador.
 
Sensações
 
Um dos personagens do livro é Jerry Souza. O senhor de 45 anos que há três vive nas ruas afirma que o primeiro contato com os estudantes foi difícil. “Pessoas que você não conhece a gente sempre fica com um pé atrás, porque o mundo da rua é traiçoeiro.” Jerry conta também que está muito contente com o resultado final do trabalho. “Se todo mundo pensasse dessa forma, teríamos menos pessoas vivendo assim.”
 
“Nós viemos para a rua e mostramos as pessoas de verdade, teve gente que se emocionou, subiu no palco. Isso é o mais gratificante e estamos nos sentido muito realizados”, conta Andrey que afirma ainda que o jornalismo é dar valor à vida das pessoas.
 
Para o professor Rubens Cardia, membro da banca avaliadora, esse trabalho é essencial, pois mostra a importância da fotografia para o jornalismo como meio de passar informação. “A apresentação em praça pública foi espetacular, esse é o papel social do jornalista e isso está sendo destacado e enaltecido pelo trabalho e pela forma que apresentaram para a sociedade”.

Já para Roberto Rocha, pai da nova jornalista, Camila Rocha, presenciar o fim desta etapa na vida da filha é algo que traz muito orgulho. “Temos que agradecer a Deus, espero que ela tenha sucesso e alcance o que ela sempre quis, ela se encontrou na profissão”. 

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