Exposição fotográfica retrata a beleza da mulher negra

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30/11/2018 às 13:53 – Atualizado em: 05/12/2018 às 18:35 
Larissa Biassoti

Amanda Rodrigues

O piso 1 do Campus II da Unoeste é um local que, diariamente, diversas pessoas passam às pressas pelas catracas para realizarem suas atividades, entretanto, do dia 26 a 30 de novembro, o espaço ganhou mais vida com a exposição fotográfica Novos olhares: a visibilidade da mulher negra por meio da fotografia.

O projeto de extensão foi desenvolvido no segundo semestre de 2018 pelos estagiários do laboratório de Fotografia da Facopp Altemar Ribeiro e Jhenifer Rodrigues, orientados e supervisionados pela professora Dra. Maria Luisa Hoffmann.

Com referência da etnia africana Efik, que fica no sudeste da Nigéria, nove funcionárias da universidade foram maquiadas de acordo com a cultura do país que considera a pintura facial uma forma de expressar feminilidade, pureza e amor.

As fotos retratos tinham como objetivo, segundo Jhenifer Rodrigues, trabalhar com a autoestima das mulheres negras. “Algumas estavam com vergonha, falavam que não eram fotogênicas, mas a forma como elas nos permitiram registrar uma beleza que às vezes elas não veem por uma construção social foi muito legal, porque elas disseram que não imaginavam que não eram tão bonitas”, conta.

Jhenifer ainda falou que os visitantes da exposição perguntaram de onde eram as mulheres que foram registradas e que alguns até identificaram os lugares em que elas trabalham, o que a deixou satisfeita, já que as pessoas passaram observar os corredores.

A orientadora e supervisora do projeto Maria Luisa Hoffmann fala que a contribuição social foi poder estimular a representatividade dessas mulheres. “Os alunos perceberam logo quando fizeram o convite para elas que já se sentiram lisonjeadas, tiveram uma melhora na autoestima. Passeando pelo bloco, elas vão se ver e ver as outras que participaram também.”

“Olhar forte, sorriso mais exposto, aparência sensível, risada mais tímida, maquiagem e cabelo bonito”, essas foram algumas definições colocadas pela estudante do 4º termo de Psicologia Pietra Soriano que parou para ver as fotografias.

As mulheres são tratadas como minorias na sociedade, de acordo com Pietra, e as negras também são atingidas. “É muito importante fazer esse tipo de trabalho, porque aqui na faculdade mesmo as pessoas não dão nem bom dia para essas mulheres, elas acabam sendo invisíveis e temos que mudar a visão nesse sentido, elas não estão numa condição menor pelo trabalho ou pela cor da pele”, afirma.

Dayane Melo é auxiliar de biblioteca na Unoeste e foi uma das fotografadas. Para ela, foi uma honra fazer parte desse projeto. “Eu farei de novo com toda certeza, foi ensaio muito divertido, a pintura me surpreendeu e o resultado das fotos mais ainda.”

Os comentários positivos do público deixaram Dayane feliz, pois sente que a mulher negra a cada dia ganha mais espaço, é mais vista e valorizada.

 
DATA COMEMORATIVA 

Além dos dias 26 a 30 de novembro, a exposição fotográfica foi colocada no piso 1 do Campus II da Unoeste, no Dia Nacional da Consciência Negra (20/11). A data é uma homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares de 1695, líder do Quilombo de Palmares que lutava contra expedições das quais o intuito era escravizar novamente os negros que fugiam.

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