ExPP é marcado por exposição de APPs de inclusão, análise fenomenológica e estudo de caso

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01/12/2020 às 17:11
Izabelly Fernandes

Quatro trabalhos foram apresentados com pressupostos teóricos e mercadológicos. (Foto: Agência Facopp)

E os trabalhos de conclusão de curso já começaram a ser expostos, e quem deu início a esse processo foi a graduação de Publicidade e Propaganda na primeira noite da 5º edição do ExPP (Exposição de Projetos da Publicidade e Propaganda). Sendo transmitido pela segunda vez através do canal do Youtube da TV Facopp Online, foram apresentados quatro trabalhos com pressupostos teóricos e também no modelo mercadológico. A exposição contou com a presença da coordenação e corpo docente do curso, além de convidados e, como espectadores, amigos e familiares dos alunos também puderam acompanhar o evento.

O corpo docente também determinou que os melhores expositores das duas categorias serão premiados com troféus de primeiro, segundo e terceiro lugar ao final  do segundo dia do ExPP. No início da apresentação, a coordenadora da graduação de Publicidade e Propaganda, Larissa Crepaldi, parabenizou os alunos pelo empenho e garra que tiveram neste semestre e agradeceu por terem confiado na formação da Facopp. “Eu sou muito grata por a gente poder fazer parte da vida deles e quero desejar muita força e sucesso no mercado de trabalho. Sobretudo, também parabenizo os professores por terem conseguido cumprir os trabalhos nesse momento tão difícil”, acrescenta.

Marielle Franco, o fenômeno midiático

Este foi o projeto apresentado pelo aluno Matheus Ribeiro Damazio e orientado pela professora mestra Mariangela Fazano. O estudante fala sobre como a vereadora, socióloga e ativista dos direitos humanos, que foi assassinada em 14 de março de 2018, se tornou um fenômeno midiático. Além disso, o projeto busca demonstrar a dimensão da representatividade de Marielle como uma mulher preta, periférica, feminista e LGBTQIA+ na sociedade.  

“A importância de falar sobre quem foi Marielle Franco e qual magnitude da sua imagem na sociedade se deve muito ao cenário atual, pois falando dela a gente consegue falar sobre a minoria e tudo aquilo que ela defendia, pois o corpo político dela abrange todas essas lutas de forma significativa”, explica Matheus.

Diante disso, Matheus teve o objetivo de descrever como a representação da vereadora se transformou num signo de luta e compreender os pensamentos filosóficos que construíram o pensamento político dela. Além disso, ele propôs entender como os movimentos sociais aderiram às imagens e ações de Marielle, assim como ela se transformou em um signo midiático. “Muitas pessoas se engajaram em lutas das quais ela defendia. Além disso, é importante lembrar que nós do interior não conhecíamos Marielle antes dela ser assassinada e é por isso que ela se tornou nesse fenômeno midiático”, afirma Matheus.

O aluno diz que é importante lembrar que o Brasil é um dos países mais perigosos em se defender direitos humanos e a impunidade contra crimes a defensores desses direitos reforça a manutenção desse quadro. “Todos aqueles que defendem os direitos humanos no país sofrem atentados diariamente e a execução de Marielle foi uma forma de silenciar tudo e todos que de alguma forma lutam por esses direitos”, finaliza Matheus.  

Elos: Um layout de aplicativo para o ensino de libras para crianças ouvintes e surdas

Neste projeto, as alunas Beatriz Helena Chagas, Marcela Ragassi e Talita Pachu criaram um template de um aplicativo do ensino de libras para crianças ouvintes e surdas. O trabalho também foi orientado pela professora Mariangela Fazano, juntamente com o professor especialista Haroldo Oliveira Filippi. “No Brasil a gente vê que o público surdo é deixado de lado. Percebemos isso quando a gente assiste um jornal, alguns são tão famosos, mas não possuem um intérprete de libras ou até mesmo em aplicativos como Instagram ou Tik Tok, que possuem pouco conteúdo para surdos”, justifica Talita.

A aluna Marcela enfatiza que na comunicação a mensagem deve ser entendida pelo receptor e que, quando se trata da comunicação entre ouvintes e surdos, ainda há um grande ruído. Para ela, uma forma de apoiar essa interação entre ouvintes e surdos é o incentivo desde a infância. “Esse é um dos principais motivos que nos estimulou para a realização de uma possível solução para amenizar o problema de comunicação entre essas pessoas, criando o aplicativo infantil para ensinar libras de uma maneira divertida e educativa”, explica. Por isso, o grupo explica que o APP vai possuir diversos jogos e atividades educativas que vão ajudar a desenvolver o aprendizado e, por consequência, a integração entre as crianças.

Convidada para comentar este projeto, a professora doutora Eliza Tomoe o reconheceu como de “altíssima qualidade” e que pode impactar muitas pessoas. “Isso é muito importante principalmente quando se inicia com as crianças, pois podemos transformar a nossa sociedade em bilíngue. Além do trabalho que tiveram em pensar no protótipo e em toda a arte, também pensaram na divulgação, o que para mim deve ser o principal. Eu tenho certeza de que as alunas podem mudar a história e unir publicidade e educação, coisa que poucas pessoas conseguem fazer”, elogia.  

Umaps

Apresentado pelas alunas Amanda Silva Nunes, Nádia Marra, Pamela Caroline Gonçalves e orientado professora mestra Fernanda Surtkus de Oliveira Melo, o trabalho consiste em um aplicativo de geolocalização do campus 2 da Unoeste chamado Umaps.  “A geolocalização tem ajudado muitas pessoas e com essa ferramenta elas se locomovem sem precisar usar os mapas gigantes de papel como antigamente. Então, por que não ajudar as pessoas na universidade? A gente sabe que o campus 2 é imenso e, por isso, com esse sistema as pessoas vão poder caminhar de forma independente e conhecer lugares novos”, conta Pamela.

Para a aluna Amanda, a ideia do projeto surgiu de uma inquietação pessoal.  “Quando eu fui fazer vestibular, Enem ou até mesmo no primeiro dia de aula na Unoeste, eu me perdi. Eu não sabia chegar na sala e muito menos no bloco, por isso eu sempre tinha que perguntar para várias pessoas como chegar em determinado lugar. Diante disso, eu pensei que poderia haver uma maneira melhor da gente se locomover dentro do campus”, explica Amanda. Partindo desse pressuposto, as alunas aplicaram uma pesquisa com os alunos da Unoeste e esta apontou que 90,5% teriam interesse em um aplicativo de geolocalização.

O aplicativo também traz um sistema de acessibilidade para pessoas com deficiência. As meninas explicam que ao chacoalhar o smartphone, o APP ativa a função de áudio descritivo, além disso, possui recursos de libras inseridos nas telas de maneira fácil e em forma de vídeo explicativo. “Sobretudo, a interface do aplicativo foi pensada para que ela pudesse ser acessada de forma simples e rápida por qualquer pessoa, em qualquer lugar”, finaliza Pamela.  Importante lembrar que o aplicativo já está pronto e disponível para download pelo Play Store.

Quem foi convidado para comentar o projeto foi o analista de sistemas Fernando Levandoski, que inclusive as ajudou a desenvolver o aplicativo. “Esse trabalho é algo muito importante, pois proporciona a facilidade da comunidade ter acesso ao campus e ao mesmo tempo consegue incluir e disponibilizar isso para todos. Diante de toda falta de inclusão no dia a dia, a ideia que as meninas trouxeram foi deixar que tudo seja acessível para todos. Me sinto realizado de ter participado desse projeto”, completa Fernando.

A influência da marca: um estudo de caso da Amazon

Esse trabalho optou por falar da Amazon, uma empresa que cresceu consideravelmente durante a pandemia e foi justamente por esse motivo que os alunos Rafael Leite Alves e Yasmin Tainá Garcia, orientados pela professora mestra Priscila Guidini e pelo professor especialista Dhiego da Silva Saraiva, resolveram falar sobre o assunto. “Diante da pandemia, com muitas empresas fechando, a Amazon conseguiu triplicar a sua receita e até mesmo contratar mais funcionários em um cenário completamente desfavorável”, explica Rafael. Por isso o trabalho é pautado em um estudo de caso que busca demonstrar a força que a marca tem, além da relação e o poder que ela exerce diante dos consumidores.

A dupla teve como objetivo saber quais estratégias foram adotadas pela marca e verificar como ela se adaptou diante da crise econômica causada pela pandemia. Os estudantes também buscaram entender o comportamento de consumo ligado à influência da marca. “Uma das principais estratégias da Amazon era o investimento intenso em tecnologia. Além disso, o criador acreditava que entender o consumidor aproximava ela dos seus hábitos e dava mais poder de influência, sempre disponibilizando grande oferta de produtos, preço baixo, entrega rápida e assistência de alto padrão no atendimento. Resumidamente, o resultado da pesquisa foi bem desafiador, porém foi muito satisfatório”, afirma Rafael.

Diante da mudança no perfil de consumo das pessoas durante a pandemia, que passaram a optar pelo e-commerce, os alunos verificaram que a Amazon adotou uma estratégia de enfrentamento rápido, priorizando a entrega de produtos essenciais. “Isso prova que com boas estratégias a Amazon obteve um grande sucesso em um cenário onde grandes empresas enfrentavam desafios para se manter. Por conclusão, o que torna a Amazon uma grande influência é a confiança que a marca gera através de informações que possam melhorar a experiência de consumo”, completa Yasmin.

E amanhã tem mais projetos importantes como este! Então não deixe de acompanhar a 2º noite do ExPP às 19h pelo canal do YouTube da TV Facopp Online!

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