Facoppiana conta experiência de intercâmbio em Portugal

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23/02/2017 às 10:00 – Atualizado em: 22/02/2017 às 19:54 
Isabela Sanchez

Bruna Sugano, aluna do 6º termo de Jornalismo, acaba de voltar de sua viagem de intercâmbio na Europa. A estudante conversou com o Portal Facopp e comentou sobre a experiência de quase seis meses longe de casa. Entre os selecionados pelo o programa de bolsas Santander, ela partiu para estudar um semestre na Universidade do Porto, em Portugal.

Aos 15 anos, Bruna já tinha o desejo de realizar intercâmbio, mas com poucos recursos financeiros e a não aprovação dos pais por ainda ser muito nova, acabou não fazendo. No segundo ano de faculdade, ela se inscreveu no programa e passou para a segunda fase, mas não prosseguiu com os documentos. Em 2016, ela tentou novamente e após pedir dicas do aluno Gabriel Buosi, que tinha chegado do intercâmbio de Portugal, conseguiu a bolsa e realizou o sonho de viajar para fora do Brasil.

Lá em Portugal

Um dos motivos da escolha de Bruna pelo destino foi a semelhança do idioma falado, que segundo ela, existem muitas diferenças. “Os portugueses usam umas gírias que para nós, possuem outro significado. É menos difícil, mas ainda existe a barreira linguística”. Ela ainda ressalta que a história do país foi outro fator importante. “Portugal é o nosso país colonizador. Acho que todo mundo deveria conhecer um pouco da sua origem. Eu queria saber como era viver lá e conhecer o estilo de vida deles”, diz.

Morando em uma república com meninas de diversos países, Bruna comenta que a língua predominante era o inglês. “Falar somente em inglês me ajudou na compreensão, antes meu nível era intermediário e hoje eu consigo ter uma conversa inteira e entender todas as partes”.

Já nas aulas na Universidade o idioma utilizado dentro da sala de aula era o português, com algumas referências em inglês. Com horários flexíveis e aulas muito teóricas, Bruna estudou três matérias: Assessoria de imprensa, Novas mídias e Estratégia da comunicação. As aulas aconteciam três vezes por semana, alternando-se entre os períodos da manhã e tarde, com aulas práticas e trabalhos em grupos.

Diferenças 

A principal diferença que Bruna percebeu entre a Facopp e a Universidade de Porto foi a relação do aluno com o professor. Para ela, lá eles têm um sentimento muito apreensivo com os professores. “Aqui a gente tem mais liberdade, eles não têm essa proximidade que a gente tem, parece que eles têm certo medo”, diz.

Outra diferença é na estrutura. Na Facopp a partir do 4º termo em Telejornalismo o aluno pode utilizar câmeras e fazer um trabalho, e lá ele precisa ter alguém por perto, um técnico. Segundo a aluna, não há a mesma liberdade para produzir.

A questão da segurança também é muito forte entre as diferenças de países. Ela conta que os vendedores deixam seus produtos expostos nas ruas sem nenhuma supervisão e nos mercados, os próprios clientes passam suas mercadorias pelo caixa, algo que no Brasil dificilmente acontece.

Custos 

Durante o intercâmbio, a aluna teve a oportunidade de conhecer outros países, sendo eles Espanha, França, Inglaterra e Irlanda. Para realizar as viagens, ela se programava e calculava um gasto em torno de €260,00, incluindo passagens áreas, hospedagem e alimentação.

“O bom da Europa é que tem uma companhia aérea que faz muita promoção. Uma “escapadinha de inverno” lá saia €30 passagem de ida e volta, e eu ficava com meus amigos em hostels. Era muito barato”, conta. A proximidade de países, também facilitava o passeio. Uma das cidades que a estudante visitou foi Santiago de Compostela, na Espanha, que fica a três horas de carro de Porto.

Em relação ao país que mais lhe marcou, Bruna conta que foi Londres, na Inglaterra. Ela diz que Londres é um país onde a cultura é muito valorizada e acessível; quase todos os museus são de graça, há muitos monumentos que remetem à história da Inglaterra, as pessoas leem e são distribuídos jornais todos os dias nas portas dos metrôs.

Tudo isso lhe chamou muito a atenção. Ela diz ser uma cultura totalmente diferente e que os londrinos são muitíssimos educados. Segundo ela, eles não jogam lixo no chão e conta que teve um dos países da Europa em que eu viu muita sujeira, como Paris, na França.“Teve um dia em que fiquei mais de 40 minutos com um copo de café na mão. Eu queria jogar no lixo e não encontrava uma lixeira, e pensei  ‘como essa cidade é tão limpa se não tem uma lixeira por perto?’ A educação deles é diferente”, relembra.

Convivência 

A troca de experiências foi o principal ponto que chamou a atenção da aluna. No dia a dia com as outras pessoas, em especial a diversidade gastronômica do país. “O português come muito peixe e os brasileiros também, mas aqui a gente come mais carne vermelha. Eu tomei café turco, ensinei uma italiana a fazer brigadeiro e ela me ensinou a fazer tiramisu, então teve essa troca”, diz.

Segundo ela, a cidade de Porto possui vários restaurantes de comidas de diferentes países: mexicanas, indianas, turcas, entre outras. Além disso, a reitoria da universidade fazia encontros gastronômicos. No natal, eles fizeram uma tarde onde o aluno levava o prato típico do natal do seu país e podia experimentar o dos outros.

“Foi bem legal essa diversidade. Eu percebi que uma turca na semana do natal não estava tão animada como a gente, porque lá no seu país eles não comemoram essa data. Em compensação, a polonesa que morava comigo queria cozinhar praticamente o mês de dezembro inteiro, estava super empolgada”, conta.

Futuro

Sobre futuras viagens, a aluna diz que pretende um dia ainda conhecer a Itália, Suíça, Alemanha, Polônia, Canadá, Índia e Escócia. Já sobre os planos profissionais ele pretende aliar ao que mais gosta de fazer, escrever e trabalhar na TV.

Para os que assim como a Bruna, desejam conhecer outros países e culturas diferentes, ela deixa as seguintes dicas: procurar sempre ter o apoio dos pais, pesquisar o destino de viagem, providenciar os documentos necessários e calcular os custos com despesas. Sendo o mais importante, pensar muito sobre o que deseja fazer no outro país.

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