02/03/2021 às 9h55
Júlia Mota e Júlia Guimarães

Na última quarta-feira (25/2), foi realizada uma das cinco séries de mesas-redondas desenvolvidas pelos graduandos do primeiro termo de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, por meio da disciplina Comunicação em Prática.
Para abrir o evento, o tema abordado foi “Felicidade”, um sentimento almejado por milhares de pessoas, o dito ápice da vida, mas o que é? Como conquistar? De onde vem?
O professor e mestre em Arte e Educação, Everton Tomiazzi, juntamente com a professora e Mestre em Psicologia e Educação, Joselene Lopes Alvim, levantaram reflexões para que cada ser possa formular as respostas para estas perguntas de acordo com sua vivência e suas necessidades.
De acordo com Alvim, a felicidade é como uma roupa de uma única numeração, onde nem todos se encaixam e precisam se adaptar a ela. E aprofunda que “as redes sociais causam impacto negativo na sociedade, é preciso mostrar que estou feliz, que tenho uma vida perfeita nas redes”.
“A pessoa corta um momento da vida, e muitas vezes, a foto não representa o estado de ânimo dessa pessoa. É preciso fazer uma avaliação disso, ver se a felicidade digital é verdadeira e não colocar a felicidade do outro como parâmetro, a comparação é muito perigosa, até mesmo maléfica”, acrescenta a professora.
Com a pandemia, iniciada no Brasil em março de 2020, a felicidade se tornou um grande objeto de questionamentos e estudos, uma vez que ainda é um período de isolamento e vulnerabilidade.
Para uma grande parcela da população, isso está sendo um convite para suas inseguranças, visto que “precisamos tomar cuidado com o que levamos para nossa mente, a visão que temos em relação ao que está em nossa volta depende do nosso entendimento e psicológico. Nossos níveis elevados de ansiedade são uma porta para a depressão”, pontua Alvim.
REENCONTRO

Já para outra parcela, este momento serviu para um reencontro e ressignificação do autoconhecimento e da própria felicidade, encontrando novas maneiras e sentidos de se viver em meio à crise.
Tomiazzi, por exemplo, conta que o ano de 2020 foi o de maior reencontro para ele e para sua felicidade. “Consegui cuidar do meu apartamento, da minha saúde mental, entre outros. Me redescobri na pandemia, com 39 anos e com uma vida profissional em ascensão, agora estou seguindo meu sonho em outra profissão. Apesar da parte solitária da pandemia, das preocupações, também é possível se encontrar e ser feliz a partir do encontro pessoal.”
A felicidade não é algo concreto e sim subjetivo, não há receita para a sua existência, como concluído pelo professor Everton: “a felicidade é uma jornada constante, não tem chegada e nem partida. Felicidade são sementes que cultivamos e colhemos conforme nosso caminho da vida. É uma jornada contínua de realização”.
A transmissão da mesa-redonda foi realizada ao vivo pelo canal da TV Facopp Online no YouTube e está disponível para que você possa acessar a qualquer momento.