Fotógrafo instiga alunos sobre o mercado de fotografia gastronômica

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10/05/2017 às 22:30 – Atualizado em: 10/05/2017 às 22:37 
Isabela Sanchez e Paulo Ribeiro

Leonardo Cardoso

Imagem Notícia
“O tema ficou elitizado, mas o profissional é o mesmo”, aponta Brunelli

O fotógrafo Tadeu Brunelli despertou a atenção dos facoppianos nesta quarta-feira (10/05), no auditório Azaléia, com o tema da palestra “A evolução da foto de comida na área da gastronomia”. O profissional atua na área de fotografia há 20 anos e em fotografia gastronômica há 15. Houve a participação no evento de alunos dos três cursos: Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Fotografia.
 
Tadeu é formado em Direito pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), mas nunca atuou na área, pois sempre se interessou por imagem. Atualmente, dedica-se à área de fotografia de comida. Já trabalhou como fotógrafo publicitário e fotojornalista em jornais impressos como O GloboFolha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
 
O convidado começou a palestra comentando sobre sua trajetória, como iniciou a carreira fotografando casamentos, aniversários e formaturas, e em seguida trabalhou para jornais e revistas. Ele conta que sempre teve vontade de trabalhar em veículos de comunicação e que encontrou nas revistas a chance de ingressar no mercado internacional.
 
Mais tarde, entrou para a área da gastronomia. Para ele, ter a chance de trabalhar com esse tipo de fotografia fez com que aprendesse de fato sobre essa área e com isso, foram surgindo novas oportunidades. “Não tinha o menor interesse em fotografar comida, achava difícil, mas surgiu a oportunidade de fazer uma foto, peguei referências, estudei e fiz”, conta.
 
Depois das revistas, ele começou a produzir fotos de alimentos para campanhas de restaurantes, indústrias alimentícias, com marcas como Polenghi, Batavo e Sadia. De acordo com ele, esse tipo de trabalho é totalmente diferente. Quando começou a trabalhar para agências de publicidade, surgiram as oportunidades em empresas que contratavam esses serviços, como as diretorias comerciais e de marketing.
 
Tadeu também explicou a evolução da fotografia, os tipos de equipamentos, esquemas de luz, direção de cena e os valores de mercado. Segundo o fotógrafo, antigamente as imagens eram todas feitas em estúdios e demoravam cerca de 40 minutos para serem produzidas. Atualmente, ele vai até o local para fotografar, nos restaurantes e bares, e todo o processo é feito em menos de cinco minutos com as câmeras digitais.
 
Conhecimento novo
 
Washington Júnior, aluno do 3º termo de Publicidade e Propaganda, fez questão de participar da palestra do fotógrafo. “Gosto muito de fotos, e esse conhecimento da fotografia de culinária vai servir como bagagem para minha carreira”, afirma.
Júnior ainda lembra que na disciplina de Fotografia Publicitária, ministrada pelo professor Paulo Miguel, havia sido apresentada essa teoria e o que ouviu do palestrante fixou o que aprendeu em sala. “Tive a oportunidade de ver na prática a utilização das técnicas, de equipamentos e luz. Foi muito bom.”
 
Já o calouro de Jornalismo, Jeferson Santos revela que não tinha conhecimento sobre a fotografia gastronômica e foi uma novidade ouvir a respeito. “Parecia algo muito fantasioso, diferente. Não imaginava que pudesse ter um resultado como as fotos que foram apresentadas. Despertou algumas sensações em mim. É aquela coisa: primeiro nós comemos com os olhos”.
 
O professor do curso de fotografia, Rubens Cardia destacou a importância do início da carreira do palestrante no Jornalismo. “Ele tinha o know how do fotojornalismo hard news, a correria do dia a dia. Ele acabou se especializando e a migração profissional foi natural”.
 
Cardia ainda afirma que essa migração pode ser considerada uma tendência. “A foto gastronômica tem características da foto editorial, por isso a raiz no fotojornalismo pode ser um diferencial ao profissional que busca essa especialização”.
 
Chamado carinhosamente por Tadeu de “nosso amigo oriental”, Fabio Tanaka, do 3º termo de Fotografia, fez um balanço positivo daquilo que ouviu. “É muito interessante verificar a compatibilidade do ensino na faculdade com a prática do mercado. Ver como funciona na vida real foi muito proveitoso e o contato com profissionais desse gabarito é fantástico”.
 
Sobre a interação dos alunos e a palestra, Tadeu diz ter atendido todas as suas expectativas e ter conseguido transmitir um pouco do seu conhecimento para os estudantes. “Achei bastante interessante. A minha ideia era passar um pouco da vivência e no que eu tive dificuldade para entender como funcionava. Acredito que consegui, pois o pessoal fez perguntas bem pertinentes”.
 
Ele ainda dá alguns conselhos para os alunos, como ter ética e saber que todo fotógrafo deve valorizar sua fotografia, ao não entregar material de graça e aplicar cada vez mais o seu conhecimento. “Você precisa pensar para fazer uma foto, você tem que ter a sua ideia e usar a câmera como um pincel”, conclui.  

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