Games e comunicação: profissionais falam sobre vivência e mercado de trabalho

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

20/04 às 13h06
Jady Alves

Imersão das marcas nos games deve ser estudada e não atrapalhar a usabilidade (Foto: Reprodução do YouTube)

Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste transmitiu uma live sobre o universo game na comunicação, na noite da última segunda-feira (19/4). Dois profissionais participaram: Leonardo Bianchi, que é jornalista e jogador profissional, e o internacionalista e head of media do Grupo Boticário, Célio Guida. 

Muitas pessoas sempre têm algum tipo de jogo instalado no celular, jogam online ou nos consoles e é por isso que as marcas devem sempre explorar esse mercado. Entretanto, isso não é algo que acontece comumente e, quando acontece, é de forma intrusiva por meio de propagandas. 

Para que uma marca consiga entrar de forma eficiente nos games, é necessário que elas estudem sobre. Foi o que aconteceu com o Boticário, quando pensaram em desenvolver algo no universo game. Célio conta que os jogos de disputa, naquele momento, não eram o que eles procuravam, mas que depois de muitas pesquisas, chegaram no jogo Avakin Life, que é um mundo virtual 3D. 

“A gente começou um processo para criar uma loja e fazê-la parte daquele jogo e que fosse alguma coisa interessante. Não foi só criar a loja, a gente teve que pensar em como encaixar aquilo dentro do jogo sem atrapalhar a vida das pessoas”, conta Célio. 

No jogo existia um concurso de beleza e nas lojas você, como avatar, conseguia comprar produtos do Boticário que te davam um poder a mais na disputa. Além disso, era possível interagir com outros jogadores. No espaço da loja tinha locais para cafés e fotos instagramáveis.  

“Tudo isso foi pensando em fazer algo que fosse nossa vontade franca de nos conectarmos com o público gamer e não só uma maneira de nos impormos em uma janela de oportunidade”, explica o internacionalista. 

PANDEMIA 

Investimento das empresas é maior em anúncios, pois o patrocínio dos campeonatos é bem mais caro (Foto: Reprodução do YouTube)

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e, consequentemente, com o isolamento social, as pessoas tiveram que deixar de sair de suas casas, quando não era necessário, e isso influenciou no mundo dos games. 

O jornalista e jogador profissional Bianchi afirma que por conta do cancelamento de muitos campeonatos de modalidades tradicionais, os esportes coletivos, de contato, praticamente acabaram. Eles ficaram paralisados boa parte do tempo. Então, o dinheiro da mídia, que seria investido no marketing do esporte tradicional, ficou parado também e, como as marcas precisavam aparecer de alguma forma, foi quando os esportes online se beneficiaram. 

“Por causa da quarentena, eu tive mais tempo, então eu consegui jogar bastante, mais do que eu jogava quando estávamos em tempos normais. Eu tenho mais de 20 horas jogadas no Among Us”, relata a estudante de Publicidade e Propaganda, Andressa Passos. 

O gamer está acostumado a jogar da maneira dele, por isso as marcas têm que tomar cuidado em como vão se inserir, pois pode atrapalhar os jogadores, afetar a usabilidade e fazer com que eles desistam do jogo. Pode até mesmo prejudicar a marca. 

MERCADO DE TRABALHO 

Todas as profissões que têm dentro da área da comunicação existe dentro do esporte eletrônico, principalmente as funções ligadas à tecnologia e redes sociais. “A gente precisa muito de pessoas que tenham versatilidade no trabalho. Alguém que saiba editar, que de repente mexe com photoshop, que entenda um pouco de fotografia, que saiba trabalhar com a câmera”, pontua Bianchi. 

Quanto ao retorno financeiro, o Bianchi conta que vale mais a pena na comunicação gamer, do que no jornalismo tradicional. “Como eu faço três, quatro atividades, consigo pegar valores menores, mas na somatória, eu consigo fazer mais dinheiro, tenho mais liberdade para fazer o que eu quero, isso que é a melhor parte. É uma tendência para o futuro”.

Uma dica é que os estudantes trabalhem seus portifólios e redes sociais, pois estas são as portas de entrada para o mercado de trabalho. 

“Eu vejo que tem muitas marcas que dá para nós [alunos] fazermos um plano estratégico para entrar nesse mercado, pois é algo que seria muito viável e visível. Na faculdade, elaborando uma pesquisa exploratória ou fazendo um TCC sobre, é uma oportunidade de ganhar visibilidades das marcas e talvez até ser contratado”, finaliza Andressa. 

Para quem quer viver de game, estudar comunicação é um pé na frente, pois o profissional já entra no mercado com algumas ideias e habilidades. “É batalhar. É um mercado novo. Eu acho que se eu fosse começar a minha carreira hoje, eu certamente iria para o esporte eletrônico. […] insistir vale a pena!”, incentiva Bianchi. 

E aí? Ficou curioso para saber mais sobre o bate-papo? Não perca tempo e acesse a gravação da live no canal da TV Facopp Online no YouTube ou no perfil da Escola de Comunicação no Instagram

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email
Escola de Comunicação e Estratégias digitais | © 2021 Todos os direitos reservados.​