Games podem beneficiar o comportamento dos jogadores?

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Allana Gomes,  Fernanda Claro  e  Jaqueline Félix, especial para Escola de Comunicação
15/03/2022 às 15h50

A melhora das habilidades cognitivas é um dos benefícios da prática de jogos eletrônicos (Vídeo: Jaqueline Felix)

Os games estão cada vez mais presentes na sociedade, principalmente entre os jovens.  A Pesquisa Game Brasil (PGB) faz um levantamento anual sobre todas as informações dos games no país e, na edição de 2021, aponta-se que 72% da população brasileira jogam digitalmente. É comum ouvir que os jogos eletrônicos são um vício, que influenciam os jovens e não trazem nada de bom, mas será que é realmente assim? De acordo com especialistas, isso não é bem verdade.

“Para aqueles que mantêm uma saúde mental mais estável, os jogos podem ser uma maneira de descontrair ou até mesmo transferir seus conteúdos internos de modo saudável”, afirma a psicóloga Luciana Veiga (Foto Cedida/Luciana Veiga)

A psicóloga Luciana Veiga acredita que os games trazem sim muitos benefícios. Eles aumentam as habilidades cognitivas, proporcionam ambientes agradáveis de socialização e ajudam a desenvolver o raciocínio lógico, pois cria situações em que o jogador tem que buscar uma melhor resolução de problemas. Luciana também conta que os jogos fazem com que os jovens tenham mais concentração,“pois o cérebro, ao ser exposto aos jogos (que cada vez mais a tecnologia virtual tem tornado a experiência mais realista), estimula as conexões neurais, aumentando a capacidade de tomada de decisão.”

Em contrapartida, a psicóloga afirma que os games podem também trazer malefícios se consumidos em excesso, tanto é que hoje a OMS (Organização Mundial da Saúde) já considera o vício em jogos eletrônicos como uma doença. Com dois anos de pandemia por conta do Covid-19, os gamers estão passando cada vez mais horas do dia jogando, segundo a pesquisa da PGB.

Luciana tem uma dica de como não deixar os games ou qualquer outra atividade não se tornar um vício e desfrutar dos todos os benefícios proporcionados: basta estipular um horário limite para ficar jogando e acrescentar outras atividades para ocupar o tempo ocioso.

Confira mais influências positivas dos jogos

“Jogo aos finais de semana, que são os dias em que consigo tempo livre”, conta Júlio Martinelli (Foto Cedida/Júlio Martinelli)

Apaixonado por videogames desde de criança, o publicitário Júlio Martinelli, egresso da Escola de Comunicação, foi introduzido nesse ambiente por influência de sua família. Ele conta que por jogar desde muito novo, isso auxiliou em seu aprendizado, como trabalhar a lógica e principalmente a desenvolver habilidades na língua inglesa. Diante de algumas frustrações, Júlio via os jogos como uma válvula de escape, pois era jogando que ele encontrava uma forma de fugir do mundo material e do estresse da rotina.

Por outro lado, Júlio fala que houve momentos em que não conseguiu se concentrar em algo importante do dia a dia, pois só pensava em voltar para casa e continuar jogando. O publicitário também conta que é sim possível perceber se alguém está viciado. “Quando alguém deixa sua vida de lado pelo videogame é um indício de que há um vício”. Porém isso nunca aconteceu com ele, pois, apesar de adorar jogar, nunca desmarcou um compromisso por causa disso. “Para mim não há nada melhor do que um momento com meus amigos. Talvez dê para mesclar os dois? Seria perfeito. Jogar com os amigos presencialmente”, avalia.

“Eu acredito que o game seja algo para fugir da realidade, mas, como qualquer outro entretenimento existente, tudo que ultrapasse essa barreira precisa ser analisado, tratado e corrigido, caso haja a necessidade”, pondera Saxi Bueno (Foto: Cedida/Saxi Bueno)

O publicitário Saxi Bueno, formado pela Escola de Comunicação, conta que é um gamer de carteirinha desde os seis anos de idade. “Eu acho que me ajudou muito em inúmeras coisas, principalmente no raciocínio, pois todo game tem aquele puzzle [quebra-cabeça] que você precisa pensar muito para resolver. Além disso, os games também me ajudaram no inglês, na minha carreira na publicidade, me ajudaram a pensar estrategicamente, a tirar carta, entre outras coisas”, comenta.

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