Jurados apontam aspectos positivos sobre as imagens ganhadoras

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09/11/2018 às 22:10 – Atualizado em: 10/11/2018 às 22:01 
Heloísa Lupatini e Larissa Biassoti

2º Prêmio Facopp de Fotografia não desafiou apenas os participantes do evento, mas também os seis jurados que selecionaram as melhores fotos anunciadas no evento da noite de sexta-feira (09/11).  O Teatro César Cava, no Campus I, ficou movimentado tanto pelo público que veio prestigiar a cerimônia como também pelo tema das fotografias, a Mobilidade Urbana, que trouxe muita ação nos registros.

Simonetta Persichetti, durante 20 anos, teve experiências em redações como IstoÉ, Editora Abril, Nova Cultural e SBT, é crítica de fotografia e colaboradora do Caderno 2 do jornal Estado de S. Paulo desde 1996 e, desde 2008, da revista Brasileiros. Uma das juradas da segunda edição do Prêmio, ela deu sequência à abertura feita pelas coordenadoras do curso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, Carolina Mancuzo e Larissa Trindade.

No evento, Simonetta agradeceu o convite da Facopp por ser mais uma vez jurada no Prêmio e compartilhou a importância da fotografia para a sociedade. “Fotografar faz parte da arte que é comunicar por meio dos registros, da documentação, do ato de guardar memórias por meio da imagem, mostra lugares onde não podemos estar, mas acima de tudo tem objetivo de contar histórias”, fala.

A crítica de fotografia comenta que atualmente dois milhões de fotos são tiradas e compartilhadas nas redes todos os dias e que não vê como um problema, pelo contrário, é esse momento dos fotógrafos se destacarem, pois a qualidade estará acima da quantidade.

“O profissional tira o verdadeiro, ele é sensível, enxerga além de ver e atualmente quem não souber ler uma fotografia está perdido, pois ela é uma metáfora, não mostra aquilo que se vê em primeira mão”. Simonetta completa que é preciso questionar, pois a foto é um posto de vista que não deve ser aceito passivamente, sempre deve gerar questionamento.

Em seguida, a convidada especial recebeu uma placa de homenagem da coordenadora de Publicidade de Propaganda Larissa Trindade e uma lembrança da Murakami Joias.

Além da avaliação de Simonetta, os profissionais Thales Trigo e Adriano Kirihara foram os jurados das fotografias profissionais entre as 188 fotografias dos 59 inscritos. Já a seleção das fotografias da categoria amador foi feita por Anselmo Ueti, Sinomar Calmona e Andrey Torres.
 

AMADORES 

As 13 fotos melhores escolhidas na categoria amador foram apresentadas ao público. Sobre as três premiadas, os jurados falaram por meio de vídeo suas considerações sobre cada imagem.

Quem levou o primeiro lugar foi Flavio Benedito Conceição, com a foto intitulada de Londrina. O publicitário e fotógrafo Andrey Torres levou em consideração a composição imagética para chegar a sua escolha final. “A regra dos termos foi bem trabalhada, a fotometria estava um ponto mais o que me agradou, eu gosto da claridade e também foi usada as linhas condutoras que encontramos em vários tipos de fotografia como na urbana e no fotojornalismo”.

Lílian Freire Noronha ficou em segunda colocação com a fotografia Mude a sua perspectiva! que foi analisada pelo fotógrafo Anselmo Ueti. “Confesso que a princípio eu achei a imagem despretensiosa, mas o legal da fotografia é isso, ela me gerou surpresa, porque foi trabalhado uma nova prática das bicicletas de aluguel, junto com o ônibus que é algo comum, então gera uma reflexão”, afirma.

O colunista Sinomar Calmona comentou sobre a foto Caminhos de Henrique Hokamura que ficou em terceiro lugar. “O registro foi a forma do autor se expressar em relação ao tema, que usou a casualidade e sua a perícia. O enquadramento foi bem executado, assim como teve um boa iluminação e é bem focada”.

 
PROFISSIONAL 

Na categoria profissional, os jurados também comentaram as três melhores imagens. As outras 10 foram apresentadas ao público.

Simonetta Persichetti fez suas considerações sobre a foto de Alexsandro Silvestre Gonzaga, que ficou em primeiro lugar na categoria profissional com a foto O Motociclista. “A temática é muito fácil e eu acho que a pessoa justamente tem que sair fora do óbvio, da calçada, coisa e tal, e tentar entender que mobilidade urbana é um assunto muito mais amplo e isso foi feito, foi trabalhado textura, contra luz, reflexo, gerou desconfortou para quem olhou, foi preciso olhar mais”.

Idas e Vindas foi o registro feito por Bruno Fernandes que recebeu a segunda colocação do Prêmio. A imagem que trouxe diversos elementos, como pessoas, meios de transporte, faixa de pedestre, a locomoção da vida urbana de forma geral foi registrada com a longa exposição. O professor de fotografia Thales Trigo foi o responsável por fazer os apontamentos positivos da foto.  

Quem levou o terceiro lugar foi Marcel Freitas Sachetti, com a fotografia Sombra da Igualdade. O jornalista e fotógrafo Adriano Kirihara comentou de aspectos que chamaram sua atenção. “Tinha dois veículos de mobilidade em uma única imagem, a luz estava a favor e ele usou a faixa de pedestre como forma de conduzir o nosso olhar”. 

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