04/06/2019 às 23:00 – Atualizado em: 11/06/2019 às 12:53
João Martins e Larissa Oliveira
Pedro Rotta
O lançamento do webdocumentário “Fitas de Histórias”, que retrata como era o processo de produção da notícia televisiva de 1994 a 1997 na cidade de Presidente Prudente, ocorreu nesta terça-feira às 20h no Auditório Buriti, no piso 4, Bloco B3 da Unoeste.
Na cerimônia, os alunos também apresentaram uma exposição com 15 equipamentos analógicos televisivos jornalísticos que foram doados à universidade. Segundo a integrante do grupo, Thaís Santos, realizar esse trabalho foi uma tarefa bem difícil, pois no começo, não tinham ideia da contribuição que o tema traria para a sociedade.
“Nós estávamos lidando com assuntos que tratam do telejornalismo regional analógico de 94 a 97, e nós também não tínhamos tanto acesso ao material daquela época. Tivemos que recorrer às entrevistas, já que a própria emissora não tinha conteúdo necessário para passar para gente”, conta Thaís.
O lançamento foi planejado em partes, de acordo com Thais. As primeiras orientações foram para criar um plano de comunicação que envolvesse a elaboração de releases da divulgação para a imprensa, como o cerimonial e o que seria mostrado na apresentação. “Tivemos que pensar até mesmo na decoração do Buriti, na lista de convidados que iriam prestigiar o evento hoje e as pessoas em geral”, comenta.
Os episódios exibidos foram baseados em relatos dos profissionais que trabalhavam na época. Todos os episódios contam histórias e as transformações do telejornalismo local de 1994 a 1997.
Todo material foi dividido em cinco episódios e em cinco categorias como: a história, a produção, a reportagem, a cinegrafia e a edição. Ao todo, foram 24 horas de gravações brutas, sendo 190 horas de edição, que resultaram em aproximadamente uma hora editada de webdocumentário.
EVENTO
O evento contou com a presença de alunos, professores, familiares e entrevistados que participaram do webdocumentário. Uma das convidadas presentes foi a jornalista Bete Gasperi, que trabalhou na TV Fronteira, e contou sobre os desafios que eram enfrentados no tempo no qual só existia a TV analógica.
“Naquela época a gente tinha mais dificuldade tecnológica, porque não existia celular para levantar as informações com agilidade, então isso dificultava a apuração de uma matéria. Mas por outro lado, era desenvolvido um vínculo muito grande com a sua fonte, porque era um trabalho artesanal para garimpar a notícia.”
Para ela, relembrar o passado da TV Fronteira no webdocumentário é contar a história da cidade, das pessoas que viveram nessa época e contar a sua própria história. “A gente tem que olhar para o passado, para a gente ter a referência para seguir em frente”, destaca Bete.
De um grande trabalho à recompensa! O pai de Thaís, Romualdo da Silva, fala do orgulho ao ver todo o esforço da filha. “Foi muito importante, a gente como pai, como família, a gente tem que dar toda atenção e tudo que pudermos ofertar para os filhos é de grande importância. A gente sabe que é difícil, é uma luta, e é uma conquista muito grande” conta.
Para ele, presenciar o lançamento do webdocumentário da filha foi de muita importância, pois ela pôde conquistar mais uma etapa de sua vida. “A família tem que estar apoiando, precisa estar junto para poder dar carinho, afeto, e como pai, eu sinto orgulho e tenho certeza que minha esposa também sente. Ter uma filha formada em Jornalismo é de grande importância, já que ela vai contribuir para o nosso Brasil”, completa Romualdo.
