Museu e Arquivo Histórico reúne mais de cem mil arquivos sobre a história de Presidente Prudente

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Além de obras fixas do acervo, local também recebe exposições temporárias de artistas da região

Dablio Jordani e Júlia Fatinansi
19/09/2025, às16h

Museu e Arquivo Histórico “Prefeito Antônio Sandoval Netto” comemora 50 anos (Foto: Júlia Fatinansi)

Há 50 anos era inaugurado o Museu e Arquivo Histórico de Presidente Prudente “Prefeito Antônio Sandoval Netto” (MAH). O acervo do local conta com mais de cento e vinte mil exemplares. Segundo a diretora do Museu, Valentina Romeiro, são cerca de cem mil documentos históricos da cidade, além de fotografias, discos de música, plantas e mapas. 

Além de tudo isso, o MAH ainda conta com todas as edições dos jornais que circularam em Prudente desde 1926. Entre os modelos disponíveis no acervo estão os jornais: A Voz do Povo (1926 – 1978); Correio da Alta Sorocabana (1955 – 1986); Oeste Notícias (1995 – 2013); e O Imparcial (1939 – atualmente).

Para Valentina, o ambiente é o guardião de toda a história de Presidente Prudente, do início, da sua formação, da história dos coronéis e da vida do povo prudentino. 

Museu surgiu no ano de 1944 com o antigo Prefeito Domingos Leonardo Cerávalo, no entanto, o local só foi inaugurado oficialmente vinte anos depois, em 25 de agosto de 1975, pelo Prefeito Antônio Sandoval Netto. Inicialmente a sede foi um prédio na região central da cidade e posteriormente, todo o acervo foi transferido para as instalações atuais, onde funcionava o antigo matadouro do município. 

“O museu não conta só a história da formação da cidade, mas ele conta a história do povo Prudentino, você sendo Prudentino ou não, nascido aqui ou não, mas que construiu a sua vida aqui, tem um pedacinho seu lá no museu”, avalia Valentina. 

Exposições

Após oito meses de revitalização, concluída há dois anos, o museu passou a sediar exposições de diferentes estilos e vertentes artísticas. Entre os nomes em destaque está a artista prudentina Carmo Malacrida, que trabalha a partir da investigação de memórias familiares. 

Sua instalação atual convida o público a um mergulho intimista, estruturado a partir do acervo deixado por seu pai, Felino Malacrida (1926–2017). Fotografias, roupas, móveis e ferramentas ganham novas leituras por meio da reorganização feita pela artista, ativando camadas de tempo e identidade. 

“Cada intervenção que eu faço é uma forma de edição, eu vou ativando novas leituras, novas memórias, não é apenas material, mas para mim também é conceitual, é ele que conecta memória, tempo e a imagem no meu trabalho”, diz Carmo.

Roupas usadas por Felino Malacrida, pai da artista, Carmo Malacrida (Foto: Dablio Jordani)

Além dela, outro artista que expôs suas obras foi Roberto Bertoncini, autor de uma série de 49 colagens, que reúnem fragmentos da vida cotidiana com um toque de humor e ironia, desde objetos reconhecíveis, como uma ficha de telefone ou pedaços da fachada do antigo Cine Presidente, até restos de livros das décadas de 1940 e 1950. 

Para ele, a construção da história nunca para. “As pequenas coisas, só por permanecerem, nos legam o direito de saber construir o futuro”, explica.

Apesar de trajetórias distintas, tanto Malacrida quanto Bertoncini convergem na mesma ideia: a de que a memória, seja familiar ou coletiva, não pertence apenas ao passado. Ao ressignificar objetos, fragmentos e lembranças, eles revelam que o cotidiano e a história continuam vivos, encontrando na arte um caminho para permanecer e se renovar.

Colagem explicando a exposição “Ocorrências”, que aconteceu durante a comemoração do aniversário de 50 anos do Museu (Foto: Júlia Fatinansi)

Serviço

O Museu pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. 

Com estacionamento disponível, a entrada é gratuita e os agendamentos são necessários apenas para grupos grandes. É possível entrar e contato com o museu pelo telefone (18) 3223-9404 ou através do e-mail preservacao@cultura.pp.gov.br 

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