O papel do jornalista no atual cenário imposto pelo Covid-19

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05/05/2020 às 09:30
Bruna Evelyn, Karoline Kol, Mayson Martins e Milene Gimenez

(Foto: Banco de Imagens/ Unsplash)

O papel do jornalista é, acima de tudo, praticar o compromisso de levar a informação bem apurada ao público. Diante da realidade que o mundo enfrenta por causa da pandemia do novo coronavirus, o jornalismo tem enfrentado o desafio de explorar um território desconhecido e cheio de opiniões divergentes.

A dificuldade e a responsabilidade do profissional que leva a informação às famílias aumentam ainda mais quando o discurso do Presidente da nação é contrário ao da OMS (Organização Mundial da Saúde), no que diz respeito às orientações de prevenção e contenção ao Covid-19.

De acordo com a professora doutora do curso de Jornalismo, Thaisa Sallum Bacco, os veículos jornalísticos vivem um momento de extrema valorização, pois estão impedindo que um pensamento radical impere. “A fala do presidente mostra o quanto a imprensa é importante, pois é o único poder que o enfrenta, que o questiona. É o que ele teme, pois sabe que os jornalistas não vão aceitar passivamente tanta arbitrariedade e absurdo”, ressalta.

A profissional ainda eleva a área mesmo diante dos problemas diários. Para ela, essa crise fortalece o jornalismo e o torna cada vez mais fundamental para o exercício pleno da democracia. “Não consigo imaginar a sobrevivência da nação na atualidade sem a imprensa atuante”, finaliza Thaisa.

O aposentado de 63 anos José Antônio Martins procura sempre ver as notícias sobre o coronavírus em uma emissora confiável. “Eu prefiro ver a Globo e acompanhar lá o Ministro da Saúde, são verdadeiros e sérios. Em termos de WhatsApp só vejo muita informação que acaba sendo mentirosa”, conta Martins sobre a grande disseminação de fake news que aborda questões da pandemia.

O desafio do jornalista em noticiar a divergência de posicionamento entre as autoridades da saúde, como a OMS e o posicionamento da Presidência em relação ao isolamento social, o professor do curso de Jornalismo Tchiago Inague ressalta que pode ser uma linha tênue. “Essa intensidade de isolamento, de fechar o comércio, é complicado também ao gestor, mas as medidas que foram tomadas priorizam o direito à vida”.

Uma coisa é clara, sempre existirão dois lados para o jornalista reportar, mas, acima de tudo, o profissional da comunicação precisa ouvir e analisar tudo o que acontece a sua volta, para que assim ele possa entregar para seu receptor as mensagens e deixar que ele decida o que lhe é plausível. Afinal, essa é uma das funções do jornalismo, instigar seu público a ser crítico, ativo e não passivo.

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