EDUCAÇÃO SUPERIOR
João Pedro Roque e Vinicius Garcia, Especial para a Escola de Comunicação
03/06/2022 às 11h
Em um país onde tudo se torna mais caro e os salários ficam estagnados, o sonho de cursar uma universidade fica cada vez mais difícil. Com isso, as bolsas e programas estudantis disponibilizadas pelas instituições de ensino particulares e pelo o Governo Federal acabam se tornando uma alternativa concorrida e de enorme importância para o acesso dos estudantes ao ensino superior.
“Acho super interessante e necessário, pois isso é uma grande ajuda para os alunos que não podem arcar com uma mensalidade total e que querem continuar seus estudos, para assim poder investir na sua carreira futuramente”, comenta a aluna de Publicidade e Propaganda, Amanda Aparecida Miranda Bastos, 23 anos, sobre a importância das bolsas estudantis.
Um dos programas mais conhecidos e concorridos entre os jovens é o Prouni, que é destinado aos estudantes com uma renda familiar de no máximo a três salários mínimos. A bolsa cobre a duração total do curso, mas é preciso que o aluno tenha no mínimo 75% de aprovação nas disciplinas durante o período letivo. Mesmo com suas regras e imposições, o Prouni é uma grande porta de entrada para os estudantes que não teriam condições de cursar uma faculdade. “Eu estudo com a bolsa Prouni, na verdade não escolhi, eu não tinha dinheiro para pagar, então essa foi a única forma que encontrei de conseguir estudar”, explica a aluna de Jornalismo, Lilia Cimini Pedroso, 21 anos.
Recentemente o Prouni sofreu algumas modificações em suas regras, que agora terá uma priorização dos estudantes vindos do ensino público, na classificação para a distribuição de bolsas. Outra mudança significativa será para os alunos que estudaram em escolas privadas sem bolsa, que agora terão direito ao programa . As mudanças passarão a valer a partir de julho de 2022.
Outro programa conhecido e que possibilita o estudante estar dentro das universidades é o Fies. É constituído de um financiamento estudantil, no qual o Governo Federal custeia todas as mensalidades até a finalização do curso. O valor pago pela graduação é devolvido às contas públicas pelo estudante, após a conclusão do ensino superior. É estipulado 14 anos para a devolução total da dívida. “Atualmente eu utilizo o Fies, me ajuda bastante. Com a bolsa, ficou muito mais viável continuar meus estudos sem me preocupar com a falta de dinheiro”, relata Amanda. Para admissão no programa, é necessário ter realizado qualquer prova do Enem desde 2010, ter média de 450 pontos, obter nota superior a 0 na redação e ter renda familiar de no máximo três salários mínimos.
Da mesma forma que o Governo Federal, a Unoeste também disponibiliza um programa de financiamento para as pessoas que pretendem cursar o ensino superior, o Unocred. “O Unocred é destinado para alguns cursos (exceto Medicina), como uma ajuda de custo, uma forma de amenizar o valor pago pelo aluno mensalmente. Como todo financiamento, o aluno paga o valor financiado após a conclusão do curso”, explica o responsável pela área de bolsas da Unoeste, César Dias.
Os alunos que tiverem interesse podem acessar o site do programa e preencher a proposta online, que será analisada. O Unocred financia 25% da mensalidade e para tal é necessário possuir um fiador. O pagamento deverá ter início um mês após a conclusão do curso, tendo como prazo, o tempo que o programa foi utilizado.
Além do Unocred, a Universidade do Oeste Paulista ainda disponibiliza outros tipos de bolsas para alunos que pretendem alcançar o ensino superior. “A universidade tem convênio com algumas empresas e sindicatos de Presidente Prudente e Região. Alunos que fazem parte das empresas parceiras podem fazer jus ao percentual pactuado no contrato de parceria”, finalizou César.