Prudentino Vicentini Gomez trabalhou em sucessos da Globo e do SBT

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20/05/2020 às 09:30
Jady Alves e Heloísa Lupatini

Além de atuar, produzir e dirigir, Vicentini também é roteirista (Foto: Hugo Caserta)

Aos 63 anos, o prudentino Vicentini Gomez atuou em 24 produções televisivas, sete peças teatrais e três filmes. Além disso, produziu mais de nove filmes e venceu dezenove premiações nacionais e internacionais. Morando fora do Oeste Paulista há 45 anos, o ator, produtor e diretor lembra sua história e conta seus planos para o futuro.

Vicentini começou a carreira profissionalmente em 1977, quando pisou no palco do Teatro Brasileiro de Comédia na montagem de um espetáculo que teve 80% do texto cortado pela censura. Entretanto, a paixão pela arte começou aos sete anos, depois de ser convidado para participar de um espetáculo na escola.

Antes de entregar-se de vez a profissão, Gomez chegou a estudar Direito. “Adorava o curso, mas aquilo estava me sufocando. Comecei a estudar artes cênicas e um dia levantei da cadeira de Direito e nunca mais voltei. A arte tomou conta da minha vida.” 

O roteirista conta que tem uma espécie de ritual quando vai escrever seus textos, ele o faz de preferência de madrugada e não fala nem faz contato com ninguém. “Tenho que ter a mente fluindo sobre o assunto. Deixar as loucuras guardadas no cérebro voarem e ganharem vida com seus personagens e suas histórias”.

Dentre seus trabalhos mais marcantes, estão o sequestrador Serjão na novela Avenida Brasil e o delegado Cavalcante em Joia Rara, vencedora do Prêmio Emmy. Ambas produções da Rede Globo. Ele também interpretou o italiano Giuseppe Cavichioli na novela Cúmplices de um Resgate, transmitida no SBT.

Para o ator, existe aprendizado até mesmo em trabalhos que não deram tão certo. “Todos os trabalhos que realizei foram marcantes, mesmo aqueles que não foram frutíferos em questão de qualidade. Este fracasso me fez perceber o que eu não deveria fazer mais”, explica. 

Centenário de Presidente Prudente

Vicentini também foi responsável pela a direção e produção do filme “Histórias & Estórias – Cem Anos: Presidente Prudente”, ffilme que conta a história da fundação e lendas do centenário prudentino. 

O produtor afirma que o processo do filme foi um pouco dolorido, pois após aprovarem o projeto na lei de incentivo, foram atrás de patrocinadores, porém somente algumas empresas, como a Andorinha, as lojas Torra Torra e Garbo, toparam dar o aporte financeiro para o projeto.  

Para Vicentini, este projeto tinha algo de especial, afinal, era um filme sobre sua terra natal. “Tem o coração apertado envolvido na história. E foi um grande aprendizado.”, conta o profissional. 

Ele ainda adiantou uma novidade: em breve o longa da história de Presidente Prudente estará em um canal de televisão. 

Apesar de morar na capital desde 1975, ele ainda sente falta da cidade de origem, dos amigos, da tranquilidade e principalmente a proximidade dos rios Paraná e Paranapanema. 

Conquistas

Com 43 anos de carreira, Vicentini atribui seu sucesso ao preparo e a compara com uma guerra. “Se tem conhecimento estratégico de como caminhar e conquistar território, será bem-sucedido. Caso contrário, estará fadado ao fracasso. Preparei-me para conquistar o meu espaço. Cheguei com a única convicção de que não seria mais um”, revela o ator.

Para ele, sua maior conquista são “os amores vividos”. “As minhas grandes alegrias estiveram sempre com os amores vividos e o meu filho Pedro Paulo Vicentini que é consequência de um grande amor e parceria.”, conta o ator.

Futuro

Mesmo após tantos anos de profissão, Vicentini planeja continuar estudando, planejando, produzindo arte e lutando pela cultura no Brasil. “Fazer cultura em um país em que ela é mera formalidade e subjugada pela governança, é estar em guerra todos os dias”, afirma. 

Com todas as atividades suspensas durante a pandemia, o artista lançou um desafio ousado, fazer um longa-metragem em meio ao isolamento social. O longa intitulado “Doutor Hipóteses – Uma alma perdida na pandemia”, cujo o personagem principal e único humano em cena, angustiado com a reclusão, inventa uma clínica com bonecos e com estes se relacionam. O projeto busca contribuições que podem ser feita através de um site de colaboração.

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