Ana Laura Rena, Rayane Pedroso e Sara Sant’ Anna Silva
08/05/2022 às 8h
O Dia das Mães é sempre uma data especial e marcada por grandes emoções. O papel da pessoa que se dedica a gerar e cuidar de uma nova vida é digno de grande admiração. Durante muito tempo, o maternar era tratado publicamente apenas pelos seus aspectos positivos. Contudo, nos últimos tempos, questiona-se se tudo era sempre tão bom e bonito quanto parecia. Qual é a realidade de ser mãe? Para tentar responder à pergunta, surge o debate sobre a “maternidade real”.
De acordo com a socióloga Olívia Almeida, a expressão vem sendo usada em contraposição à maternidade romantizada, que esconde as dores e desafios do maternar ao evidenciar apenas o lado da alegria e amor. Ela explica que socialmente é instaurada uma ideia de que a mulher tem um dom natural para o cuidado, que nasceu para cumprir o papel de mãe com excelência. “É claro que isso não condiz com a realidade, somos seres plurais, com realidades diversas e, por isso, encaramos as coisas de formas diferentes”, afirma.
Quando a mulher se depara com as fraquezas e, muitas vezes, com a quebra das expectativas sociais, sente-se culpada e incapaz. “A maternidade é um processo que se constrói como todos os outros e as dificuldades fazem parte disso”, avalia Olívia.
Normalmente, na televisão, redes sociais, “não aparece a rotina desgastante, os desequilíbrios emocionais e psicológicos, a solidão das tantas mães sem rede de apoio, as dúvidas, medos, culpas e avalanches de sentimentos diante da responsabilidade de zelar por uma nova vida”, completa a socióloga.
Olívia aponta qual seria o verdadeiro papel de uma mãe real.
“É rasgar os papéis. É escrever numa folha em branco a sua própria história, sem se apegar ao que outras pessoas escreveram antes, mas a partir de suas próprias experiências. Uma mãe real precisa de tempo e espaço para ser ela mesma, de amor e acolhimento como todo ser humano precisa, e de uma sociedade que se preocupe menos com expectativas e julgamentos e mais com o bem-estar das pessoas que fazem parte dela. Uma mãe real vai viver altos e baixos como todas as pessoas, vai ter desafios a enfrentar e certamente momentos incríveis de amor e alegria. Uma mãe real só precisa ser”.
REALmente mães
Para mostrar e inspirar a maternidade real, vamos conhecer as experiências de algumas mães da Escola de Comunicação.
Veja os desafios do maternar das professoras Giselle Tomé e Priscila Guidini, das estudantes Andressa Passos, Claudia Borges e Lilia Cimini, e das zeladoras Cristiane Nicacio e Eliane Ferreira.
Andressa Passos
Mãe da Bianca (7 anos)
Pior de ser mãe: educar e impor o certo e errado
Melhor de ser mãe: o abraço, o beijo e a pureza do amor
Cláudia Borges
Mãe da Isabella (11 anos)
Pior de ser mãe: moldar a personalidade tendo que dosar o “sim” e o “não”
Melhor de ser mãe: deitar junto no domingo de manhã e sentir o cheiro
Cristiane Nicacio
Mãe da Noemi (23 anos) e do Renan (17)
Pior de ser mãe: guiar para o caminho correto
Melhor de ser mãe: reunir os amigos dos filhos, ficar juntos, dançar e cantar
Eliane Ferreira
Mãe da Sheila (28 anos), do Leonardo (27) e da Maria Eduarda (19)
Pior de ser mãe: educar diante da sociedade atual
Melhor de ser mãe: estar presente e ver crescer
Giselle Tomé
Mãe da Sofia (9 anos) e da Maria Clara (5)
Pior de ser mãe: ver as filhas doentes
Melhor de ser mãe: vê-las crescendo como meninas educadas e carinhosas
Lilia Cimini
Mãe da Ísis (2 anos)
Pior de ser mãe: educar e ensinar o certo e errado
Melhor de ser mãe: ver a evolução, o aprendizado, o crescimento saudável
Priscila Guidini
Mãe do Alexandre (9 anos)
Pior de ser mãe: educar e impor valores e princípios
Melhor de ser mãe: receber amor e poder ter a companhia dele
Parabéns às mães da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste. Alunas, professoras e funcionárias que se dedicam aos filhos, ao trabalho, aos estudos, aos cuidados dos outros e pessoais com garra e sensibilidade.
FELIZ DIA DAS MÃES REAIS!