TCC levanta debate sobre o cenário da violência sexual infantil em Presidente Prudente

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09/12/2021 às 16h02
Vinícius Coimbra, especial para a Escola de Comunicação

Na noite da última segunda-feira (06), cinco alunos viveram no auditório Carvalho da Escola de Comunicação para os últimos 20 minutos de uma jornada de quatro anos. O grupo composto pelos alunos Bruna Evelyn Pereira, Heloísa Schirmer Lupatini, Jady Eduarda Alves, Mayson Martins Ribeiro, Milene Gimenez dos Anjos, defenderam, diante da banca avaliadora, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) “Reportagem Multimídia: o cenário da violência sexual infantil em Presidente Prudente (SP)”

Com o objetivo de discutir o contexto do crime praticado contra crianças na capital do Oeste Paulista, os formandos identificaram divergências nos registros de casos dos órgãos de proteção. Os pesquisadores levantaram dados do Conselho Tutelar, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e da Polícia Civil. Dessa forma, conseguiram compreender o fluxo de denúncias e como ocorre a assistência às vítimas.  

O resultado desse trabalho jornalístico gerou uma reportagem multimídia em formato longform, com conteúdos em textos, imagens, vídeos, infográficos e áudios, disponibilizados na plataforma Prisma, da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Com a reportagem, os recém-formados jornalistas esperam, agora, contribuir para a identificação de novos casos, encorajar vítimas a denunciar e provocar um debate público referente aos números apurados. 

Ao avaliar o resultado final do TCC como excelente, a orientadora professora doutora Maria Luisa Hoffmann relembra que no início, o projeto tinha um caminho diferente, mas conforme a investigação foi avançando os pesquisadores descobriram informações que mudaram os rumos do trabalho. “A questão dos números acabou sobressaindo. Não existia um conhecimento acerca dos fluxos em Prudente. Então eu acho que o material ficou excelente. Realmente são materiais que vão impactar vidas”, explica.  

Estar diante da banca avaliadora foi o ponto final de uma jornada marcada por desafios ao longo do desenvolvimento do trabalho. A integrante do grupo, Heloísa Lupatini, conta que encontrar as vítimas foi apenas a primeira dificuldade superada. “A partir do momento que a gente já tinha levantado às vítimas, os dados também foram um problema, os órgãos em determinados momento não facilitaram até eles entenderem o que era o trabalho”, relembra. 

Após todas essas etapas, os alunos puderam celebrar, com seus pais, a conquista da graduação em Comunicação Social/Jornalismo. Agora oficialmente jornalistas, os sentimentos dos alunos são de alívio e gratidão. Os agradecimentos vão para as pessoas que estiveram com eles durante todo o caminho, como professores, colegas de grupo, amigos e, especialmente, os familiares.  

Joice Lupatini, mãe da formanda Heloísa, se surpreendeu com a superação da filha. “Eu não esperava que ela fosse se destacar desse jeito”, afirma. Como profissional da saúde, concluiu enaltecendo a importância do trabalho para a sociedade. “Foi de uma contribuição gigante. Eu que sou da área da psicologia vejo que é um tema que ninguém quer falar, mas ele existe e está aí, latente, com as pessoas pedindo ajuda”, desabafou a psicóloga. 

SERVIÇO 

A reportagem multimídia já está disponível para leitura e divulgação, e pode ser acessada no site da Prisma

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