Tecnologia ajuda ou atrapalha em tempos de Covid-19?

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04/05/2020 às 09:30
Mayson Martins e Milene Gimenez

Viagem a Austrália resulta em isolamento de repórter de Presidente Prudente (Crédito: Milene Gimenez)

Agora com o novo coronavírus, é exigido do profissional de comunicação desenvoltura com a cobertura dos fatos para manter a população informada e longe das fake news.

Primeiro, em uma pesquisa feita pelo Datafolha, é possível ver os índices de confiança das pessoas em alguns veículos jornalísticos. De acordo com o levantamento de dados, a credibilidade de informações divulgadas tem a liderança em telejornais (61%), seguidos dos jornais impressos (56%), programas de rádio (50%) e site de notícias (38%)

Para Marco Vinicius Ropelli, 19 anos, estagiário na redação do jornal O Imparcial, fazer a cobertura da pandemia, agora, é comum no decorrer da semana. “A gente está trabalhando quase todos os dias sobre a doença, até porque as outras coisas pararam. O jornal é praticamente 90% feito sobre o coronavírus”, explica.

Porém, a pertence do grupo de risco, Ivacir Félix, 62 anos, a preferência é de se informar pelo telejornal. “Na televisão o profissional está se comprometendo, nas redes sociais não, a pessoa posta o que quer sem nem ter certeza”, afirma.

Segundo ainda os dados da pesquisa, os conteúdos divulgados em meios de comunicação informais apresentam níveis baixos de credibilidade. Neste caso, o nível de descrença nas informações atinge 58% no WhatsApp e 50% no Facebook.

Tecnologia com o bem-estar

No último mês, Anderson Camargo, repórter da emissora Band Paulista, viajou à Austrália. Nesta época ainda não havia casos de coronavírus no Brasil, então, seguiu tranquilo.

O passeio se tratava de férias que estavam planejadas há tempos. Ele não esperava que o vírus fosse se tornar tão grande em pouco tempo, o que afetou a viagem. “Eu não pude aproveitar 100%, alguns passeios tiveram que ser cancelados, muitas praias australianas foram fechadas e ruas vazias”, conta.

Hoje, Anderson está realizando as reportagens virtualmente, o que demanda certo esforço. “As entrevistas virtuais são mais complicadas tecnicamente, porque você não está ali com o entrevistado, não tem aquela troca, ele não fica confortável com você. Mas eu diria que é um transtorno mais técnico, a qualidade do áudio não fica boa, a imagem não fica boa”, afirma Camargo.

Ainda sobre esse transtorno, o estudante Marco Ropelli diz sobre as etapas do jornal, como a pauta, apuração, paginação e edição, eram realizadas no mesmo ambiente. “Antes todos estavam concentrados em um local só, agora com o isolamento está cada um em um lugar. Então essa ligação é um exercício desafiador e bom para perceber como a tecnologia é capaz de permitir essas ligações”, complementa Marco sobre o novo método do jornal.

Em suma, as tecnologias favorecem o processo de informação da população sobre o novo coronavírus, enquanto a rotina do jornalista está em processo contínuo de adequação para não perder o foco de noticiar e, por consequência, diminuir as fake news.

Cabe destacar que diante desse assunto, a própria faculdade também se modificou para adaptar a Covid-19, confira em nosso site informações sobre como a Facopp aplica ensino remoto durante a suspensão das aulas.

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