Rayane Pedroso
05/06/2023 às 14h
Encerrando mais um semestre com chave de ouro, a turma do 7º termo de Jornalismo da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste apresentou na última segunda (29/05) e terça-feira (30/05) os resultados de seus projetos de intervenção no 8º Colóquio de Comunicação e Educação.
A proposta da disciplina de Comunicação e Educação é que os alunos conheçam a união entre as duas áreas e aprendam sobre as duas principais teorias: Mídia Educação e Educomunicação. Depois da parte teórica, individualmente, devem elaborar um projeto de intervenção baseado em uma das vertentes das teorias e que seja da familiaridade de cada um.
Ao todo, foram 21 projetos de Educomunicação divididos em dois dias de apresentação para a turma e aberto ao público para inscrição. Esta, de acordo com a professora responsável pela disciplina, Thaisa Bacco, foi a primeira edição do evento com 100% de entrega dos estudantes.
Em sua fala no início do primeiro dia de Colóquio, o coordenador da Escola de Comunicação Tchiago Inague expôs seu carinho e interesse pela matéria e seus resultados a cada 7º termo.
Como egresso, docente e agora coordenador, ele reforça a importância da contribuição social dos projetos e a evolução dos alunos no decorrer do semestre.
Durante 60 dias, os estudantes se programaram para cumprir o cronograma e etapas dos projetos, orientados toda semana pela professora Thaisa de forma individual. No Colóquio, apresentam brevemente as ferramentas utilizadas, cronograma, resultados e feedbacks. O evento aconteceu no Auditório Carvalho, bloco B3, Campus II, às 19h.
Destaques
Ao fim de cada apresentação, o público presente podia atribuir uma nota de 0 a 10 para o projeto, através de um formulário no Google pré-compartilhado. Os três com maior média de nota seriam presenteados pela docente.
Isabela Gomes ganhou o primeiro lugar com o projeto “Workshop educomunicativo de fotografia aplicado no cotidiano do primeiro setor”.
O projeto tinha como objetivo ensinar técnicas de fotografia para os funcionários da Prudenco, responsáveis pela limpeza da cidade. Em sua apresentação, Isabela, que é estagiária de Comunicação da entidade, explica que é impossível acompanhar todos os funcionários do setor, então, pensou em ensiná-los para que eles mesmos conseguissem registrar o trabalho com qualidade, para ser compartilhado nas redes sociais.
“Com o projeto, descobri que sou capaz de ensinar, de passar o conhecimento que recebi durante toda a faculdade e de aprender muito com pessoas ‘improváveis’, que por mais que não estudem a mesma coisa que você possuem vivências e experiências de vida muito valiosas”, conta Gomes.
A aluna confessa que a proposta foi um desafio, mas acredita que são esses momentos difíceis que os impulsionam a crescer e evoluir. “Nada vem fácil e quando realmente nos dedicamos e damos nosso melhor, os resultados vem”.
“Compasso Histórico: experiência educomunicativa com o uso de streaming de músicas no ensino fundamental II” foi o trabalho escolhido para o segundo lugar, da Jaqueline Félix.
O trabalho foi baseado em unir a comunicação com parte da história do Brasil, através de playlists com músicas que representem o governo Vargas. Intitulada Café com leite ou churrasco, foram ao todo nove encontros para estudo teórico e elaboração da mídia proposta.
Jaqueline demonstrou muito orgulho e satisfação com o resultado do trabalho. Ao ser anunciada entre os três escolhidos, a professora Thaisa destacou este como o melhor projeto em âmbito escolar já desenvolvido nos oito anos de Colóquio.
Unindo seu amor pelo ensino, história e comunicação, Félix se surpreendeu com o envolvimento dos alunos e o que conseguiram produzir. “A maior lição que tiro, é que você pode fazer a diferença sendo você e em em qualquer lugar. Eles mudaram a minha vida e sou muito grata por isso”, conclui.
No terceiro lugar, houve um empate Rayane Pedroso, Vinícius Antunes e Rodrigo Gonçalves.
Rayane apostou na execução de um blog com três mulheres de 22 a 28 anos para abordar até onde as inseguranças com o corpo podem limitar o dia a dia de uma jovem gorda, seus relacionamentos e autoestima. O projeto foi intitulado “Sem Medida: uso da educomunicação para a produção de um blog sobre as possíveis inseguranças de uma mulher gorda na fase adulta”. Já Rodrigo optou por instruir jovens na escrita de música e gravação de um clipe, frisando a importância da música e a influência das letras para a sociedade. Esse foi o projeto “Sons que libertam: estudo e aplicação de reflexões educomunicativas sobre mídia na produção musical”.
Vinícius Antunes conta que seu maior ganho com o projeto, foi poder desenvolver desde o início, algo como queria. “Por ser individual, foi um grande desafio, mas algo que me deixou muito orgulhoso do resultado”.
O estudante foi responsável pelo trabalho “Entreato: a educomunicação para produção de websérie sobre a realidade da Cia de Teatro Viva Arte”. A companhia de Teodoro Sampaio produziu uma websérie no YouTube com sete de episódios de quatro minutos aproximadamente, contando sobre aspectos do teatro que poucos sabem.
O resultado foi além do esperado por Antunes que, saindo da zona de conforto, se sente feliz por seu desempenho, mas atribui o mérito aos envolvidos. “Com certeza só foi possível por conta do grupo que conseguiu entregar o melhor”.
Conclusão
Thaisa trabalha na área de comunicação e educação há 25 anos e diz que se realiza todas as vezes que acompanha os alunos mobilizando os conhecimentos, as histórias de vida e interagindo com as pessoas, buscando a transformação da sociedade, mas também a transformação pessoal. “Tenho muito orgulho”.
Os projetos surpreenderam a docente em relação aos temas e propostas “muito inovadoras e diferenciadas”.
Além disso, Thaisa explica sobre a importância de expor em um evento os resultados. “Tornar público é como dar uma devolutiva do que os estudantes estão aprendendo e da contribuição social do curso”, afirma.
Todos os projetos são disponibilizados em um blog abastecido pelas turmas. Para conferir, clique aqui.
Confira os títulos dos outros projetos apresentados:
Pascom Mirim: experiência educomunicativa com membros da Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Terezinha de Marabá Paulista (SP) – Abner de Souza
Ouça a voz delas: produção de podcast educomunicativo sobre empoderamento e fortalecimento de vínculos femininos – Ágata Vieira
Desafiando a distração: produção de blog educomunicativo sobre vivências com TDAH – Allana Gomes
Arrasta pra cima: o uso da educomunicação para produção de conteúdo digital para o Tik Tok – Allysson Fortaleza
A importância da acessibilidade na comunicação: oficina educomunicativa – Beatriz Aiello
Todos têm uma história para contar: experiência educomunicativa a partir do uso de narrativas bíblicas – Fabiana Vernize
Jardim de Imagens: produção educomunicativa de um fotolivro sobre elementos da natureza – Fernanda Claro
Reflexões educomunicativas: análise do documentário “Quem matou Eloá?” em paralelo com os episódios recentes de ataques em massa no Brasil – João Pedro Bucchi
Podcast educar para comunicar: impactos na saúde mental causados pelo bullying – João Pedro Roque
Entre acordes e palavras: projeto educomunicativo para integração cultural de imigrantes venezuelanos em Osvaldo Cruz – Karina Moreira
Combate às mensagens falsas no Whatsapp: produção de cartilha a partir de uma experiência educomunicativa – Lívia Alves
Projeto de educomunicação: oficina prática com jovens católicos de Álvares Machado para criação de conteúdo nas redes sociais – Maria Eduarda Vasconcelos
Oficina educomunicativa de produção de conteúdo para redes sociais com funcionários do Educandário São José de Santo Anastácio (SP) – Milena Santos
Encenando a realidade: as consequências das fake news na sociedade através de uma peça teatral – Nathália Prado
Mural dos sonhos: fotografia educomunicativa na Casa da Criança Ruth Wirth de Osvaldo Cruz – Sabrina Vansella
Podcrer: implantação de podcast da Pastoral dos Adolescentes na Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja – Vinicius Garcia
