Maria Clara Catuchi, especial para Escola de Comunicação
21/06/2023 às 18h

Na noite de terça-feira (20), os alunos do 7° termo de Publicidade e Propaganda da Escola de COmunicação e Estratégias Digitais apresentaram a 11° edição do Vira Galo, que aconteceu no Teatro César Cava, na Unoeste. Nesta edição, o projeto foi feito para a CARIM (Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico e Transplantado), uma associação prudentina que atua nos cuidados e na prevenção da doença renal crônica.
O evento contou com a apresentação da banda Média7 e foi conduzido pela professora Mariangela Fazano, junto com os alunos que apresentaram cada etapa em seguida.
O Vira Galo é um projeto de extensão presente no 7° termo do curso de Publicidade e Propaganda. A ação tem a pretensão de trazer todas as disciplinas do semestre para dentro do contexto do projeto, que atende um cliente de uma empresa do terceiro setor. Mas o que é o Terceiro Setor?
Ele consiste no conjunto de organizações sem fins lucrativos, como associações comunitárias, fundações e entidades filantrópicas. Tais instituições também precisam cada vez mais de um profissional da comunicação para desenvolver um planejamento que ajude na sua divulgação, a fim de conseguir voluntários e toda a ajuda necessária para que ela possa continuar realizando o trabalho de ajudar e cuidar daqueles que necessitam.

“O projeto surgiu de reuniões do Núcleo Docente Estruturante entendendo que os estudantes tinham uma visão muito fragmentada da publicidade e de suas áreas. Então tínhamos que promover algo para que eles entendessem como elas se conectam. Estudamos as metodologias e pensamos em trazer um cliente real e fazer com que o aluno protagonize o conhecimento adquirido nas disciplinas e entender como uma área depende da outra. O aluno experimenta tudo e aprende que o terceiro setor também necessita de um planejamento de comunicação e um profissional dessa área”, pontua a professor Mariangela, que também é uma das docentes responsáveis pelo projeto.
O coordenador dos cursos da Escola de Comunicação, Tchiago Inague, comenta sobre o projeto e sua importância. “Além de ser um projeto inovador, é interessante porque ele traz um benefício à sociedade. São os alunos fazendo algo voltado para entidades e desenvolvendo algo que eles possam carregar, que é a identidade visual. É um trabalho voluntário, grandioso e altruísta, então, eu vejo todo o mérito e sucesso para poder prestigiar e publicizar esse evento”, pontua.
Os alunos também falaram sobre o projeto e o quanto ele influenciou na vida de cada um. Gabriel Botarelli conta sobre o que aprendeu ao desenvolver a iniciativa e as lições que levará para sua vida. “O maior aprendizado que eu vou levar do projeto é conhecer essa doença, porque era algo que eu não tinha noção de como acontecia, não imaginava a gravidade. Nós fomos visitar a entidade e também conhecemos os pacientes, com certeza eu vou levar isso pra vida”.
Botarelli comenta também sobre os desafios do projeto e as soluções que encontraram para que tudo fosse realizado da maneira correta. “O maior desafio do meu grupo foi o atendimento, porque fizemos três pesquisas. A primeira foi uma imersão com os funcionários, a segunda com o público geral, que foi realizada online pelo Google Forms, e a terceira com os pacientes, que, por serem pessoas de idade sem tanto acesso a tecnologia, nós tivemos que ir até a entidade fazer a pesquisa presencialmente com eles”.
“A maior lição que eu tive durante o projeto foi trabalhar em equipe e colaborar, porque não é fácil. Nós nos dividimos em sete equipes, então precisava haver a comunicação do dia-a-dia, separar o que cada um ficaria responsável por fazer e, claro, fazer com que tudo desse certo. Foi o mais difícil, mas foi uma lição muito importante porque eu cresci muito com esse projeto”, afirma o estudante Vinicius Ferreira.
Os professores que ministraram as matérias durante o semestre também contam sobre o quanto ele influencia na vida profissional dos alunos. “Esse projeto é quase uma porta de entrada para o mercado de trabalho. Porque todas as ações que eles pensam e todas as etapas que eles passam são vivenciadas dentro de uma agência, dentro de uma empresa de comunicação. Então, essa experiência de vivenciar o projeto, de experimentar, acertar e errar é algo que eles vão estar encontrando no próximo passo, quando eles se formarem. Por isso eu acho o projeto legal, não é apenas ir para a sala de aula e colocar teorias, é algo que eles estão vivenciando e colocando em prática”, reflete o professor Renato Pandur.
Sobre a CARIM
A associação foi uma iniciativa da fundadora Sumaia Zahra Zakir, que começou a acompanhar seu pai para realizar hemodiálise no ano de 2004. Após ver como as pessoas tinham pouca informação sobre a doença e como o ambiente de realização não era acolhedor para o paciente e sua família, Sumaia decidiu saber mais na tentativa de encontrar possibilidades que melhorassem a dignidade daquelas famílias. Assim, nasceu a CARIM, que hoje realiza atendimento de 200 pessoas mensalmente que se enquadram no grupo de risco da doença renal crônica.
A instituição realiza campanhas preventivas para que as pessoas saibam os riscos da doença e possam ajudar quem precisa. Veja as ações da Carim no instagram @carimpprudente e você também pode colaborar sendo um voluntário. Para contribuir, basta entrar no site.
Confira algumas fotos da noite da apresentação































