TCC mostra trabalho voluntário por meio de exposição fotográfica

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06/12/2018 às 12:19 – Atualizado em: 10/12/2018 às 17:18 
Heloisa Lupatini e Larissa Biassoti

Matheus Rodolpho

Imagem Notícia

Na segunda noite das bancas de TCC do curso de Jornalismo (04/12), as estudantes do 8º termo Daniellen Oliveira Campos, Isabela Rocha Eugenio e Maria Fernanda Ferreira apresentaram o Fotodocumentarismo do trabalho voluntário em duas entidades de Presidente Prudente, que teve como banca os professores Fabiana Alves, Luiz Dale e como orientadora Maria Luisa Hoffmann.
 
A equipe, por meio da fotografia documental, registrou as ações voluntárias realizadas pela Casa Família Tra Noi Dom Sebastião Plutino, que desde 2004 acolhe familiares de pessoas que estão internadas em hospitais de Presidente Prudente e não possuem recurso financeiro para hospedagem em hotéis. A segunda entidade fotografada foi o Grupo de Apoio Amigas do Peito, que há 22 anos busca melhorar a vida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama.    
 
A exposição chamada de Doadores de tempo reuniu 30 fotos, sendo 15 de cada entidade, coloridas e P&B em formato 30×45. A integrante do grupo Maria Fernanda Ferreira falou que os planos e ângulos utilizados foram para contextualizar o local, além de destacar as expressões dos voluntários e seus trabalhos, entretanto, a maior dificuldade encontrada foi técnica fotográfica.
 
“Nenhuma de nós três sabíamos tirar foto, foi uma coisa totalmente nova, porque foi pouco o contato que tivemos com a câmera durante a graduação, então tínhamos que entender a teoria, aplicar na prática e conseguir passar o nosso olhar para o trabalho, tanto que tiramos em torno de 1000 fotografias”, comenta Maria.
 
O que ajudou na produção das imagens, ainda segundo Maria, foi o processo de imersão que tiveram com as entidades, já que a fotografia documental exige envolvimento com o objeto estudado e conhecimento prévio dos locais para assim desenvolverem o trabalho.

A professora da banca Fabiana Alves fala que a sensibilidade do olhar só foi conquistada por conta da vivência das discentes. “No momento que elas passam ser um elemento comum para os voluntários, eles ficam mais à vontade e esquecem que estão sendo fotografados. Quando quebra essas amarras, a formalidade do ato fotográfico, junto ao domínio das técnicas, você traz uma boa linguagem, expressão facial, detalhes”. 

Quem se sentiu representada pelo trabalho foi a orientadora Maria Luisa Hoffmann, pois para ela o grupo foi corajoso, produziram algo diferente e saíram do comodismo. “Vocês passaram por dificuldades para dominar o equipamento, mas no resultado final nós tivemos fotos de qualidade devido à ligação que tiveram com a realidade das entidades e também um bom texto científico que não é fácil de escrever”, comenta Maria Luisa e parabeniza as alunas.
 
 
APRENDIZADO

As fotos foram apresentadas no Grupo de Apoio Amigas do Peito, na Casa Família Trai Noi Dom Sebastião Plutino, na Praça 9 de Julho e também nos corredores da Facopp. Ao todo, 240 pessoas visitaram a exposição. A aluna Daniellen Campos conta que as reações foram diversas. “Muitos mostraram interesse pelas entidades, outros não conheciam uma delas e teve aqueles também que perguntaram como poderiam ajudar”. 

Maria Ferreira fala que a intenção do trabalho era chamar a atenção da população, pois, segundo ela, parte de Presidente Prudente não conhecia os cuidados oferecidos pela Casa Trai Noi e pelas Amigas do Peito, de forma que o grupo quis divulgar a importância delas para a sociedade.
Além de ter tido a oportunidade de aprender mais sobre o fotodocumentarismo e as técnicas fotográficas, Isabela Eugenio que faz parte do trio, comentou que compreendeu acima de tudo os aspectos do voluntariado.
 
“Eu nunca fui voluntária e de estar vivenciando as ações despertou em mim a vontade de ter essa experiência, lá eles lidam com os pacientes como se fossem a própria família, sem esperar algo em troca material, fazem por amor”, lembra Isabela.
 
Márcia Alessandra Rocha Eugenio, mãe Isabela que é cega, conta que a filha trazia os sentimentos após fazer as visitas nas entidades. “Ela gostou muito, dizia que era bonito e que as pessoas faziam tudo sem querer um retorno, mas o melhor foi ver que ela nunca desistiu, se superou e pode ter certeza que ela enxerga muito mais que a gente”, fala Márcia com lágrimas nos olhos.

O grupo ressalta que as contribuições pessoais foram equivalentes as profissionais. A professora Fabiana pontua outra colaboração, que é a construção da memória dos locais. “Essas instituições como são mantidas majoritariamente por voluntários, não há alguém para cuidar especificamente da comunicação, as coisas vão acontecendo e muitas vezes não são registradas. Por meio da fotografia as meninas cristalizaram alguns momentos que daqui alguns anos a gente vai poder retomar, pois foram documentadas.”

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