Acompanhar os lançamentos ou não: por que as pessoas trocam os celulares

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Lilia Cimini (repórter), Anelise Freitas (edição), João Victor Fernandes (pauteiro e fotografia), especial para Escola de Comunicação
15/09/2023 às 12h

As funcionalidades dos celulares agregam no cotidiano de todos os alunos, mas alguns fazem questão terem os melhores (Foto: João Victor Fernandes)

Caminhando pelo corredor da Escola de Comunicação da Unoeste, é bastante provável que você se depare com uma cena muito comum: alunos e professores imersos em seus smartphones, alguns de última geração, outros nem tanto. A busca constante de algumas pessoas pela última novidade levanta questionamentos: por que a necessidade de trocar de celular anualmente com o lançamento de um novo modelo?

Pensando nisso, conversamos com o professor Matheus Monteiro, especialista em comportamento do consumidor, ele conta que a troca frequente de celulares é impulsionada pela cultura e sociedade atuais. Como estamos constantemente conectados para conversar, trabalhar, criar e consumir conteúdos através da tecnologia, possuir um smartphone se tornou essencial para pertencer a essa sociedade tecnológica. Ele menciona a “obsolescência programada”, em que as marcas encurtam a vida útil dos produtos, lançando softwares avançados, isso incentiva as trocas de celulares.

“Uma vez que esses aparelhos vão ficando obsoletos, eles não têm capacidade de processamento desses novos softwares, fazendo com que o consumidor abandone o aparelho obsoleto velho e faça uma nova compra de um smartfone com novas ferramentas, com uma capacidade de hardware mais forte para poder processar essas novas interfaces”, pondera Matheus. 

Ele explica que as empresas procuram tendências no mercado seguindo o modo como se apresentam. Se uma marca é relacionada à tecnologia ou a um estilo de vida específico, as pessoas que se identificam, tendem a comprar seus produtos, porque se sentem conectadas à imagem que ela representa.

Embora o desejo de estar sempre atualizado possa ser visto como uma expressão de consumo exagerado, para muitos ela representa uma apreciação genuína pela inovação e pelas possibilidades que a tecnologia oferece. Este é o caso de Raphaela Mendes Alexandre de Souza, aluna do 6° termo de Publicidade, que tem um iPhone 11.

Ela sempre quis ter um celular de uma marca específica e demorou muito tempo para conseguir. No começo, era porque todos usavam, mas agora valoriza o aparelho não apenas pela moda, mas também pela sua funcionalidade. Raphaela conta que, se pudesse, trocaria de celular a cada lançamento.

“Eu uso porque ele é melhor, mais rápido, mais prático, o armazenamento é bom. Quando eu tive o primeiro contato com o iPhone, aí eu entendi e falei ‘caramba, agora entendi porque todo mundo usa’ é muito bom”, conta a futura publicitária.  

Samara Kalil  se mantém atualizada com os novos lançamentos dos smartphones (Foto: Cedida/Samara Kalil)

Já a Samara Kalil, egressa da Escola de Comunicação, começou a trocar de celular aos 15 anos e sempre preferiu os modelos mais modernos. Com o tempo, seu celular se tornou uma ferramenta de trabalho e ela passou a trocá-lo a cada dois anos por motivos de modernização, tecnologia e custo-benefício. Embora já tenha usado celulares de várias marcas, ela sempre menciona o iPhone como seu favorito. Ela acredita que seu celular é um dos mais atualizados do mercado e faz seu trabalho com excelência, superando outros aparelhos que têm funções semelhantes.

“Eu comprei esse ano o 14 Pro, que era o último que saiu, agora esse mês lançaram o 15. Quando eu comprei, não sabia que iria sair o 15, se não tinha esperado um pouquinho. Mas agora já tô de olho nos próximos”, afirma. 

Ela relata que sempre busca o melhor custo-benefício ao trocar frequentemente de celular, considerando isso um investimento para sua empresa, já que trabalha digitalmente e acredita que precisa investir na  tecnologia. Mesmo sendo julgada por gastar muito em aparelhos, ela não se importa, pois acredita que cada um pode gastar seu dinheiro como preferir.

Contracorrente

O professor Marcelo apenas troca de celular quando o aparelho já não está bom (Foto: João Victor Fernandes)

Contudo nem todos são assim, algumas pessoas preferem usar o produto enquanto ele estiver fazendo suas funções, como o Marcelo José Mota, professor da Escola de Comunicação e de Design, que usa produtos da Apple há quase 20 anos. Ele usou o mesmo celular dos mais simples por 8 anos e só decidiu trocar porque precisava de um telefone para o trabalho e o seu já apresentava problemas na bateria. Para ele, comprar um celular só pela marca e estilo é gastar dinheiro à toa. 

“Eu acho que é um desperdício de dinheiro, tem vários celulares bons, baratos, que fazem o mesmo serviço”, afirma o professor.

Para Marcelo, o aparelho deve ser escolhido sempre pela sua usabilidade e segurança, sem essas funcionalidades, o produto se torna apenas um gasto desnecessário. 

O aluno de Jornalismo, João Pedro Roque, do 8° termo, também pensa da mesma forma. Ele possui um Samsung Galaxy A01 há 3 anos. Roque acredita que, mesmo que tivesse mais recursos financeiros, trocaria seu aparelho apenas em caso de necessidade, contanto que o dispositivo funcione sem travamentos, ele está perfeito. 

“Eu só uso o aparelho para ligação, uma foto ou outra, então não vejo motivos pra ficar trocando de aparelho sem necessidade”, revela o aluno.

E você, usa smartfone pelo estilo e marca que ele representa ou pela sua utilidade?

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