16/11/2017 às 15:00 – Atualizado em: 16/11/2017 às 16:59
Júnior França
Leandro Nogueira
“O importante é não desistir, porque a educação é fundamental”,diz
Você imaginou como seria viajar cerca de 230 km todos os dias para estudar? Pois é, aqui na Facopp, a aluna Ingrid Ferreira Tomimitsu de 22 anos, que cursa o 5º termo de Jornalismo, enfrenta as estradas de Itaguajé no Paraná (PR) até Presidente Prudente (SP) todos os dias.
Ingrid conta que, no início, tentou cursar Direito em uma universidade de Maringá, mas acabou não dando certo e decidiu ingressar em Jornalismo, sua segunda opção. Com o apoio da família, optou por tentar uma bolsa de estudos e nessa busca, foi contemplada com o Prouni, ingressando na Facopp em agosto de 2015.
Segundo a estudante, o apoio de seus pais foi fundamental nesse processo. Ingrid salienta que, sem a ajuda dos familiares, seria inviável conciliar a rotina de estudos com o deslocamento de casa até a faculdade. “Eles me incentivaram desde o início, estão firmes comigo me apoiando em tudo.”
A rotina da estudante começa às 17 horas, quando ela sai de Itaguajé e termina às 00h, quando retorna para casa. De acordo com Ingrid, ela ainda considera a rotina leve pelo fato de não trabalhar. “Mesmo chegando em casa tarde, tenho o bônus de não precisar levantar tão cedo. Então me organizo para fazer trabalhos entre outras coisas.”
Sobre as dificuldades no caminho, a aluna comenta que a estrada é a maior delas, não somente para ela, mas para todos os estudantes que têm o sonho da graduação longe de casa e propõem-se a realizá-lo. Em alguns momentos, a estudante sente um pouco de insegurança por conta da irresponsabilidade de alguns motoristas. “Teve uma vez que a peça de um caminhão que estava à nossa frente se soltou e bateu no para-brisa do ônibus, que acabou trincado. Ficamos todos assustados”, relembra.
A futura jornalista ressalta que a estrutura da Facopp é completa por conta dos laboratórios e docentes, além das vagas de estágios disponibilizadas, que são de extrema importância. Ela ainda afirma que as áreas com as quais mais se identifica são assessoria de imprensa, jornalismo especializado e jornalismo online.“O jornalismo especializado me ajuda a ter um aprofundamento sobre as editorias, já o online me interessa por seu estilo interativo e por sua plataforma dinâmica”, comenta.
Mesmo com algumas dificuldades, Ingrid reforça que, para quem tem força de vontade, a distancia não é nada. “A minha dica para as pessoas é que, se elas têm objetivos e fazem o curso que gostam, apenas valorizarem, pois a distância e o dia a dia corrido não vão conseguir atrapalhar. O importante é não desistir, porque a educação é fundamental”, finaliza.
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