07/05/2021 às 15h14
Jady Alves
Neste dia 9 de maio é comemorado o Dia das Mães e a Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste tem o prazer em ter mamães tão dedicadas como alunas. Para comemorar a data, vamos contar a história de três discentes que começaram o ensino superior mesmo com a responsabilidade da maternidade.
Andressa Passos, Bruna Evelyn e Giovana Cunha são alunas do 3º termo de Publicidade e Propaganda e do 7º e 1º termo de Jornalismo, respectivamente.
Bruna tinha de 16 quando engravidou, cursava o último ano do ensino médio e trabalhava em um supermercado. Apesar do susto e do medo, seguiu com a gestação e deu à luz a Eloá.
O sonho de ser jornalista acompanhou a evolução da mulher e ela não desistiu de cursar o que sempre quis. “Diversas vezes, no primeiro semestre, eu pensei em trancar o curso de Jornalismo por conta dela [Eloá], porque ela chorava muito, sentia muito a minha falta. Ela era acostumada a passar o dia inteiro comigo. Aquilo ia me corroendo de um jeito…”.
Agora, depois de alguns anos e prestes a se formar, Bruna se orgulha por não ter desistido da faculdade, por ter tido apoio da família e do marido, e se sente um exemplo para a filha. “Ela sempre fala que quando crescer que ser jornalista. Ela vê isso muito como um espelho. É muito inspirador para ela. Isso me deixa muito grata, porque eu vejo que estou fazendo a coisa certa. Se estou inspirando-a, se ela está falando isso para mim, é porque ela vê um futuro nisso”.
ANDRESSA E BIANCA
A estudante de Publicidade e Propaganda, Andressa, relata que, desde que descobriu a gravidez, contou para a família. A Bianca nasceu e elas sempre tiveram o apoio dos pais de Andressa, que sempre a incentivaram a não parar sua vida. Além disso, ajudam a cuidar e tratam a criança como uma filha.
“Eles não me deixaram casar com meu companheiro naquele momento, alegando que filho não era sinônimo de casório, e falaram que eu continuaria estudando. Então fiquei apenas um ano inteiro cuidando da minha filha e no outro, quando ela tinha feito um aninho, a coloquei meio período em um berçário para que eu pudesse estudar no tempo em que ela estivesse na escola. Porém, quando ela ficava doente, sempre batia com semana de provas, então era uma criança no colo e livro na mão”, relata Andressa aos risos.
Mesmo com as dificuldades ao longo do caminho, Andressa conseguiu firmar uma rotina e dar atenção a faculdade, ao trabalho e a filha, mesmo neste momento pandêmico.
“Ela [filha] estuda de manhã e por questão de covid, a escola resolveu fazer rodízio de quem vai para aula presencial e quem fica online. Então, em semanas online, meu olho é no home office e outro é no home schooling”.
Sobre o que ajuda a estudante a distrair a filha, Bianca revela que a internet é de grande ajuda. “É muito jogo online, filmes, desenhos e agora, principalmente, é fazer desenhos tanto em papeis como também em digital. Bianca gosta bastante de desenhar, então se você der um estojo com lápis de cor, borracha e uma folha sulfite, ela fica minutos e já pede outra folha”.
GIOVANA E HELOÍSA
Durante toda a sua infância, Giovana falava que queria ser jornalista, mas mesmo assim, já trabalhando em uma rádio, aos 18 anos, ingressou no curso de Direito. “Foram longos cinco anos estudando algo que com o qual não me via trabalhando. Eu sempre tentava não pensar que queria ser jornalista e não seria”.
Em 2018 a mulher engravidou da Heloísa, no susto, durante um namoro de três anos. Giovana conta que a filha veio ao mundo para dar sentido em sua vida e que a criança nasceu guerreira. “Foram 51 lutando na UTI pela vida, pois ela nasceu prematura. Após os primeiros meses intensos de cuidados com ela, percebi que eu deveria ser exemplo para minha filha e nunca desistir do que eu a acreditava, então decidi que voltaria a estudar”.
Mesmo depois de decidida, não foi fácil. Com uma criança para cuidar e um emprego para frequentar, a situação ficava difícil. Entretanto, após o pai de Giovana ver um anúncio na TV sobre o concurso de bolsas da Unoeste, incentivou a filha a prestar o vestibular.
“Concílio o trabalho e estudos de forma bem tranquila, pois posso contar com uma rede de apoio incrível, composta pela minha mãe e meu pai. E claro também com suporte do corpo docente, que está sempre aberto a entender as dificuldades dos alunos”.
Giovana se diz mãe coruja e confessa que fica a maior parte do tempo com a filha. “Até durante as aulas, que nesse momento são remotas, o pessoal sempre pode ver ela no meu colo ou próxima a mim brincando”.
MOMENTOS JUNTAS
O isolamento social serviu para aproximar mães e filhas. Serviu para fortalecer laços. Andressa diz que a filha é bem agitada e que não consegue ficar muito tempo parada. “Quando é o período que ela não tem aula, ela gosta de ficar perto, principalmente quando estou em reunião (risos). Nas minhas aulas, ela sempre acaba aparecendo nos vídeos ou por áudio, tem hora que ela quer dar boa noite aos professores ou aparecer na câmera”.
“Sempre tiro um tempinho. Tenho que a auxiliar nas atividades da escola. Vira e mexe ela quer que eu assista um filme ou um desenho ou brinque com ela. Às vezes eu estou trabalhando e ela fica pedindo para eu brincar com ela e com as Barbies”, explica Bruna sobre sua rotina com Eloá.
Giovana também conta o que faz com a filha: “Nossos momentos de lazer sempre envolvem música, que é a parte preferida dela, e fotografia, que é a minha, então brincamos de show a sessão de fotos. Por conta da pandemia, acabamos tendo nossos momentos de lazer a maioria das vezes aqui em casa mesmo”.
Desejemos a todas as mamães da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais um feliz dia. Que possam sempre ser exemplo de garra, conquista e espelho para os seus.
Veja na galeria abaixo momentos de mães comuniters e suas filhas:
